Embora tenha oscilado muito durante o dia, o Ibovespa acabou encerrando o pregão, desta quarta-feira (26), em trajetória positiva. A alta do indicador foi de 0,25%, aos 122.641,30 pontos.
O dia foi de agenda cheia. Teve a divulgação do aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para mudar o regime de meta de inflação; reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), oscilações no exterior e a divulgação do IPCA-15, que veio abaixo das expectativas do mercado, só para citar os mais importantes.
Mas o que agitou mesmo a Bolsa brasileira foi a entrevista do presidente Lula ao UOL. Assim como aconteceu no dia 18 de junho, na entrevista à Rádio CBN, o mercado fez a sua interpretação das falas do presidente.
O presidente disse, por exemplo, “que o salário mínimo não será mexido enquanto eu for presidente da República”, que não pretende desvincular o aumento das aposentadorias e pensões do reajuste do salário mínimo e que dar aumento real do salário mínimo não é gasto.
“Não posso penalizar a pessoa que ganha menos. Eu não considero isso gasto. O salário mínimo é o mínimo que uma pessoa precisa para sobreviver. Se eu acho que vou resolver a economia brasileira apertando o mínimo do mínimo, eu estou desgraçado, eu não vou pro céu, eu ficaria no purgatório”, brincou Lula.
Obviamente, não era o que o mercado queria ouvir e Lula deixou claro na entrevista que não trabalha pensando no que o mercado quer.
Dólar
O dólar comercial disparou mais uma vez, com 1,20%, a R$ 5,51 – na máxima da sessão, bateu nos R$ 5,52. E os Dis (juros futuros) apresentaram altas consistentes por toda a curva.
Mercado externo
As bolsas de Nova York também oscilaram muito nesta quarta-feira, em um dia de ajustes nos preços das ações por lá, principalmente nos papéis de empresas de tecnologia.
O Dow Jones subiu 0,04, aos 39.128,26 pontos; o S&P 500, +0,16, aos 5.477,91 pontos; e o Nasdaq, +0,49, aos 17.805,16 pontos.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias