A dívida bruta do Brasil registrou ligeira alta em novembro, quando o setor público consolidado apresentou déficit primário R$ 37,27 bilhões. No acumulado dos onze primeiros meses do ano, o rombo das contas públicas foi de R$ 119,55 bilhões, ante superávit de R$ 137,8 bilhões no mesmo período de 2022, ou 1,5% do PIB. Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (5), pelo Banco Central (leia aqui a estatística completa).
Em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), a dívida pública bruta fechou novembro em 73,8%, contra 73,7% no mês anterior, sob impacto dos juros nominais apropriados (aumento de 0,6 ponto percentual), e do efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,5 p.p.).
Já a dívida líquida foi de 59,2% a 59,5%, refletindo os impactos dos juros nominais apropriados (aumento de 0,4 p.p.), do déficit primário (aumento de 0,3 p.p.), da valorização cambial de 2,4% no mês (aumento de 0,3 p.p.), do ajuste de paridade da cesta de moedas que integram a dívida externa líquida (redução de 0,3 p.p.), e da variação do PIB nominal (redução de 0,4 p.p.).
O déficit primário acontece quando as despesas com impostos ficam acima das receitas, desconsiderando os juros da dívida pública. Quando acontece o contrário, há superávit. O resultado engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais.
Dívida pública: governo central tem déficit de R$ 137 bilhões no acumulado do ano
Os dados divulgados pelo BC mostram que o governo central teve déficit de R$ 38,92 bilhões em novembro, enquanto estados e municípios registraram superávit primário de R$ 1,99 bilhão e as estatais tiveram saldo negativo de R$ 343 milhões.
Nos 12 meses encerrados em novembro, o setor público consolidado foi deficitário em R$ 131,4 bilhões, equivalente a 1,22% do PIB.
No recorte entre os entes, o governo federal registrou déficit de R$ 137 bilhões no acumulado do ano; estados e municípios tiveram saldo superavitário de R$ 20,7 bilhões; e empresas estatais apresentaram rombo de R$ 3,21 bilhões.
O saldo negativo parcial do ano representa o pior resultado para esse período desde 2020, quando, no início da pandemia da Covid-19, o governo elevou gastos com benefícios para a população. De janeiro a novembro daquele ano, o rombo nas contas públicas somou R$ 651,11 bilhões.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias