Os índices futuros dos Estados Unidos operam majoritariamente com leves ganhos, nesta manhã de terça-feira (18), com os investidores de olho nos dados de vendas no varejo estadunidense de maio, previstos para hoje. O consenso LSEG espera um crescimento de 0,2% em relação a abril.
Ainda por lá, também são aguardados para hoje dados da produção industrial e estoques empresariais, além de falas de vários membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), incluindo a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, e o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin.
Na Europa, as seguem os ganhos dos papéis asiáticos, após um rali em grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos levar Wall Street a outro recorde histórico.
Por aqui, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central inicia hoje a reunião de dois dias que pode encerrar o ciclo de afrouxamento monetário.
Enquanto isso, depois de reunião com ministros sob pressão por corte de gastos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concede entrevista ao Jornal da CBN e tem reuniões com ministros.
Brasil
O Ibovespa seguiu, na segunda-feira (17), a mesma toada dos últimos dias, desde que o mercado financeiro decidiu apostar nas falas que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem feito por aí, de que a situação fiscal do Brasil é preocupante.
O principal indicador da Bolsa brasileira encerrou o pregão deste início de semana com baixa de 0,44%, aos 119,137 pontos.
Mais cedo, o BC divulgou o seu Boletim Focus, com prognósticos de 150 analistas de instituições financeiros para o futuro de indicadores econômicos e, pela sétima vez seguida, eles elevaram a projeção de inflação para este ano.
O dólar à vista subiu 0,73%, a R$ 5,421 na compra e na venda. Na máxima, chegou a R$ 5,43. Já o contrato futuro de primeiro vencimento avançava 0,86%, aos 5.429 pontos por volta das 17h30.
Europa
As bolsas da Europa operam com ganhos, com investidores se preparando para a decisão do Banco da Inglaterra (BoE) sobre a taxa de juros na quinta-feira (20). A expectativa é de manutenção da taxa de juros por lá, em 5,25% ao ano.
Na seara de indicadores, o dado final da inflação da zona do euro em maio confirmou a divulgação prévia e apontou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) anualizado acelerou de 2,4% em abril para 2,6% no mês passado, segundo informações do Eurostat, o serviço de estatísticas da União Europeia. Um ano antes, a taxa era de 6,1%. Já a taxa de inflação mensal ficou em 0,2%, ante 0,6% em abril.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,50%
DAX (Alemanha): +0,45%
CAC 40 (França): +0,50%
FTSE MIB (Itália): +1,13%
STOXX 600: +0,53%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA com leve alta, em sua maioria, após um dia de ganhos em Wall Street, com os investidores se preparando para os dados e falas de integrantes do BC americano.
Dow Jones Futuro: -0,02%
S&P 500 Futuro: +0,01%
Nasdaq Futuro: +0,16%
Ásia
Já os mercados asiáticos fecharam com alta, em sua maioria, com a recuperação de Wall Street durante a noite.
Shanghai SE (China), +0,48%
Nikkei (Japão): +1,00%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,11%
Kospi (Coreia do Sul): +0,72%
ASX 200 (Austrália): +1,01%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em baixa, revertendo os ganhos da sessão anterior devido a uma perspectiva de demanda mais forte e à confiança dos investidores de que os produtores da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais aliados) poderiam pausar ou reverter os planos de aumentar a oferta a partir do quarto trimestre deste ano.
Petróleo WTI, -0,29%, a US$ 80,10 o barril
Petróleo Brent, -0,31%, a US$ 83,99 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem hoje os dados de vendas no varejo de maio. O consenso LSEG espera crescimento de 0,2% em relação a abril. Também são aguardados discursos de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu foco da equipe econômica nas medidas mais fáceis e rápidas para solucionar os problemas fiscais de curto prazo deste ano e do projeto de Orçamento de 2025. Em reunião ontem (17) com os ministros da área econômica, o presidente pediu mais informações sobre formas de conter os chamados gastos tributários (incentivos, benefícios e subsídios) e o impacto fiscal potencial da revisão de gastos. A agenda de aumento de arrecadação terá que continuar para fechar o Orçamento do ano que vem. Sem indicadores relevantes na agenda, destaque do dia é o início da reunião do Copom do BC. O anúncio da decisão sobre a taxa básica de juros sai amanhã (19).
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg