Os mercados mundiais operam majoritariamente em alta, nesta manhã de segunda-feira (20), com mais falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) no radar dos agentes. Por aqui, é aguardada a divulgação do Boletim Focus, com previsões macroeconômicas do mercado financeiro.
As ações avançam hoje nos Estados Unidos e na Europa, em uma sessão de preços recordes do cobre, do minério de ferro e do ouro, que contribuem para ganhos no setor de commodities.
Ainda nos EUA, o destaque da semana com agenda de indicadores mais esvaziada será a divulgação da ata da última reunião do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto, na tradução para o português) do Fed, que manteve as taxas de juros por lá inalteradas.
O documento será divulgado na quarta-feira (22), detalhando a decisão que optou pela manutenção dos juros nos EUA na banda entre 5,25% a 5,50% ao ano.
Entre as commodities, os preços do petróleo operam com baixa, em meio à incerteza política nos principais países produtores, depois que o presidente do Irã morreu em um acidente de helicóptero e o príncipe herdeiro saudita cancelou uma viagem ao Japão, citando problemas de saúde com o rei.
Além do Boletim Focus, por aqui é aguardada a divulgação da segunda prévia do IGP-M de maio pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Brasil
Pode-se dizer que dois dos grandes nomes do Ibovespa operaram como um cabo de guerra na sexta-feira (17). Enquanto a Vale ajudou a impulsionar o indicador para cima, a Petrobras o puxou para baixo. No fim, a petroleira pesou mais a mão. O principal indicador da Bolsa brasileira terminou o pregão com leve queda de 0,10%, aos 128.150 pontos.
As ações da petroleira (PETR4) fecharam em queda de 1,66%, ficando entre as quatro mais negociadas do dia. Não podia ser diferente, pois o assunto da semana por aqui foi a demissão de Jean Paul Prates da presidência da estatal. Enquanto não for oficialmente definido o sucessor (ou sucessora) do ex-CEO, muito provavelmente a empresa vai continuar a viver nesse looping na Bolsa.
Apesar disso, o Ibovespa conseguiu terminar a semana no azul, com alta acumulada de 0,44%.
Já o dólar à vista seguiu perdendo força e fechou o dia a R$ 5,10, com baixa de 0,55%. Na semana, a moeda norte-americana recuou 1,09%.
Europa
As bolsas da Europa operam em leve alta nas negociações desta manhã, com destaques para ações de empresas impulsionadas por commodities.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,22%
DAX (Alemanha): +0,33%
CAC 40 (França): +0,32%
FTSE MIB (Itália): -1,28%
STOXX 600: +0,18%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam com leves ganhos, após o Dow Jones fechar acima do nível de 40.000 pontos pela primeira vez na sexta-feira.
No âmbito corporativo, na quarta-feira saem os resultados fiscais do primeiro trimestre da Nvidia, empresa do setor de IA (Inteligência Artificial).
Dow Jones Futuro: +0,02%
S&P 500 Futuro: +0,11%
Nasdaq Futuro: +0,17%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam com alta hoje, com as empresas chinesas ampliando ganhos em reação às medidas anunciadas pelo governo chinês para o combalido setor imobiliário, anunciadas no fim da semana passada.
Hoje, o banco central chinês (PBoC) deixou suas principais taxas de juros – as chamadas LPRs – inalteradas por mais um mês. A LPR de 5 anos é a taxa de referência para hipotecas.
Shanghai SE (China), +0,54%
Nikkei (Japão): +0,73%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,42%
Kospi (Coreia do Sul): +0,64%
ASX 200 (Austrália): +0,02%
Petróleo
Os preços do petróleo caem após abertura positiva, em meio à incerteza política nos principais países produtores depois que o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, morreu em um acidente de helicóptero e o príncipe herdeiro saudita cancelou uma viagem ao Japão, citando problemas de saúde com o rei.
Petróleo WTI, -0,35%, a US$ 79,78 o barril
Petróleo Brent, -0,17%, a US$ 83,84 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, são aguardados hoje discursos de membros do Fed, como Raphael Bostic, presidente da autoridade monetária de Atlanta.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o programa Desenrola Brasil chega ao fim nesta segunda-feira (20), tendo atingido a meta de renegociar R$ 50 bilhões em dívidas de pessoas físicas, mas sob alerta de novos endividamentos dos consumidores que tiveram o poder de compra reativado. A FGV divulga a segunda prévia do IGP-M de maio; o Banco Central divulga o Boletim Focus.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg