Segundo o ministro, "a pretendida desaceleração da economia pelo Banco Central chegou forte". Haddad ainda pediu "muita cautela com o que pode acontecer se as taxas forem mantidas na casa de 10% o juro real ao ano".
Os economistas do ICL Deborah Magagna e André Campedelli avaliam que já passou da hora de o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, olhar de modo mais abrangente para a economia, reduzindo a taxa Selic.
A queda vai na contramão do esperado pelo consenso Refinitiv, que previa estabilidade (0,0%) no índice mensal.
Para 2024, o mercado também elevou sua projeção de crescimento da economia, de 1,28% para 1,30%, enquanto a de 2025 avançou de 1,80% para 1,88%, e a de 2026, de 1,88% para 1,90%.
O acumulado das vendas no ano chegou a 1,3%, enquanto nos últimos 12 meses ficou em 0,8%.
Com o resultado, o setor opera 11,5% acima do patamar pré-pandemia. Entre as cinco atividades analisadas pela pesquisa, quatro avançaram em maio. O maior impacto veio do setor de transportes, que cresceu 2,2%.
Segundo o IBGE, essa é a menor variação do IPCA para o mês de junho desde 2017, quando o índice foi de -0,23%.
Para o economista do ICL André Campedelli, "a deflação ocorrida em junho não pode ser atribuída à política de taxa de juros do Banco Central". Principal consequência da Selic alta, segundo ele, foi impedir retomada econômica mais vigorosa da economia brasileira
"Estamos lendo com calma o texto final da Câmara e eu entendo que o Senado tem um papel de talvez dar uma limada no texto", disse Haddad a jornalistas nesta manhã de terça-feira (11)
Neste artigo, os economistas do ICL Deborah Magagna e André Campedelli fazem uma análise aprofundada sobre a ata da última reunião do Copom