Futuros e bolsas europeias em alta, com decisão sobre os juros e inflação ao consumidor dos EUA no radar

Por aqui, será divulgada a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com expectativa de alta de 0,2% na comparação mensal.
12 de junho de 2024

Os futuros de Nova York e os mercados europeus estão em trajetória positiva, nesta manhã de quarta-feira (12), dia em que todos os olhos dos investidores estão voltados aos Estados Unidos. Hoje é dia de divulgação da decisão sobre a política monetária pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) e, também, da inflação ao consumidor norte-americano.

A respeito da decisão em si, a expectativa dos analistas é de que haja manutenção dos juros na banda de 5,25% a 5,50% ao ano. O que é mais importante para os agentes é a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre a decisão. É nela que eles poderão balizar as apostas futuras.

Mais cedo, às 9h30, investidores recebem os dados o índice preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA.

Na Europa, as ações sobem nesta manhã, com investidores à espera dos dados de inflação ao consumidor nos EUA e da decisão do Fed sobre juros. O núcleo deve mostrar leve desaceleração na taxa anual para 3,5% em maio, versus 3,6% em abril – e variação mensal de 0,3%, como no mês anterior, segundo o consenso da Bloomberg.

Ainda por lá, o mercado continua a reprecificar ativos na França depois da decisão de Emmanuel Macron de convocar eleições: alguns títulos do país, antes considerados entre os mais seguros da Europa, estão pagando um prêmio acima do de países como Portugal.

Por aqui, será divulgada a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com expectativa de alta de 0,2% na comparação mensal.

Na frente política, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem à noite que o governo não tem plano B para compensar a arrecadação esperada com a MP que foi devolvida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, mas que uma nova solução terá que ser buscada em conjunto com o Congresso.

Brasil

Após dias de queda, o Ibovespa voltou a fechar no positivo na terça-feira (11), no que o mercado chama de “dia de ajustes” para o indicador. Dos últimos 20 pregões, a bolsa caiu em 15.

O grande destaque do dia no Brasil foi a divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que avançou 0,46% em maio, puxado pelos alimentos. Porém, no acumulado do ano a inflação acumulada é de 2,27% e, nos últimos 12 meses encerrados em maio, é de 3,93%. Ou seja, abaixo do teto da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional).

O dólar à vista fechou o dia a R$ 5,3610, com alta de 0,08% no mercado à vista. A moeda norte-americana manteve os ganhos da sessão anterior na expectativa pela decisão sobre os juros nos Estados Unidos amanhã.

Europa

Os mercados europeus operam com ganhos antes da decisão de juros nos Estados Unidos.

Das notícias da região, dados do Reino Unido divulgados hoje mostraram que o crescimento econômico do país permaneceu estável em abril. A leitura mensal do PIB (Produto Interno Bruto) ficou em linha com as expectativas, mas foi inferior à expansão de 0,4% de março.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,61%

DAX (Alemanha): +0,30%

CAC 40 (França): +0,17%

FTSE MIB (Itália): +0,42%

STOXX 600: +0,35%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em leve alta, enquanto investidores esperam a decisão do Fed sobre a taxa de juros.

Dow Jones Futuro: +0,09%

S&P 500 Futuro: +0,12%

Nasdaq Futuro: +0,14%

Ásia

Já na Ásia, os mercados fecharam mistos, após dados da inflação chinesa. O índice de preços ao consumidor na China avançou em maio e atingiu a taxa de 0,3%, mesmo resultado registrado no mês anterior, segundo os dados publicados nesta quarta-feira pelo Escritório Nacional de Estatísticas.

Esse foi o quarto mês consecutivo de aumentos de preços, mas os analistas alertam que é necessário estimular ainda mais a demanda para acelerar a lenta recuperação pós-covid da segunda maior economia do mundo.

Shanghai SE (China), +0,31%

Nikkei (Japão): -0,66%

Hang Seng Index (Hong Kong): -1,31%

Kospi (Coreia do Sul): +0,84%

ASX 200 (Austrália): -0,51%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem devido ao otimismo com a procura global por parte da Administração de Informação sobre Energia dos EUA e da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). A EIA elevou a sua previsão de crescimento da procura mundial de petróleo em 2024 de 900.000 bpd (barris por dia) para 1,10 milhões. Já a Opep manteve a sua previsão para 2024 de um crescimento relativamente forte na procura global de petróleo, citando expectativas para viagens e turismo no segundo semestre.

Petróleo WTI, +1,30%, a US$ 78,91 o barril

Petróleo Brent, +1,15%, a US$ 82,86 o barril

Agenda

A agenda de hoje traz a decisão de juros do Fomc e dados de inflação ao consumidor nos EUA.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a Câmara encerrou ontem (11) a votação do projeto de lei que regulamenta o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). Uma das mudanças feitas pelo Senado no texto foi rejeitada e as outras foram acatadas. Os incentivos para montadoras e a chamada “taxa das blusinhas”, o imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50 incluído na proposta, vão agora para sanção presidencial. Na seara de indicadores, o IBGE divulga os dados do setor de Serviços de abril. O consenso LSEG projeta alta mensal de 0,2% e de 4% na base anual.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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