Otimismo embala Ibovespa a fechar com alta de 1,31%, aos 136.110 pontos

O dólar comercial oscilou muito durante o dia até conseguir uma recuo curto de 0,03%, a R$ 5,64.
4 de setembro de 2024

Com um dia de atraso, o mercado financeiro decidiu ficar otimista. Bom para o Ibovespa, que interrompeu, nesta quarta-feira (4), uma sequência de quatro quedas para fechar com uma alta considerável de 1,31%, aos 136.110 pontos.

Otimismo tardio porque ontem (3), dia em que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o PIB (Produto Interno Bruto) avançou 1,4% no segundo trimestre, acima da mediana projetada por analistas (+0,9%), o indicador fechou em baixa.

A subida de hoje foi a maior em um só dia desde 9 de agosto, quando o avanço foi de 1,52%. Com isso, o índice também vira para positivo tanto na semana quanto em setembro, com 0,08%, afastando pelo menos por ora o mau momento.

Por aqui, só boas notícias. Os estrategistas do BofA (Bank of America) mantiveram exposição overweight (equivalente à compra) em Brasil dentro da carteira de América Latina. “No futuro, achamos que o Brasil pode ser um beneficiário de taxas globais mais baixas”, avaliou o banco.

Hoje, o dado mais importante foi sobre a produção industrial brasileira que, em julho, caiu 1,4%, após alta de 4,3% (revisada para cima) de junho. Em relação a julho de 2023, teve crescimento significativo de 6,1%. No ano, o setor acumula alta de 3,2% e, em 12 meses, expansão de 2,2%. Ou seja, o dado de julho não precisa deixar ninguém preocupado, pois o setor mostra que está se recuperando e se trata apenas de uma correção de rota devido aos impactos da tragédia climática no Rio Grande do Sul.

Em outra frente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou hoje que o Brasil está crescendo com inflação baixa, afirmando que o país tem condições de obter novamente o grau de investimento.

Já a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, foi mais uma integrante do alto escalão do governo do presidente Lula a comemorar o desempenho da economia brasileira. “Todas as estimativas dos ministérios mostram que o Brasil não tem como crescer menos de 2,8% [este ano]. A nossa projeção bateu 2,9%. A Fazenda está mais conservadora, falando em 2,7% e 2,8%. Mesmo que o setor da indústria compareça menos [no segundo semestre], temos condições de crescer próximo a 3%”, disse.

Dólar

O dólar comercial oscilou muito durante o dia até conseguir uma recuo curto de 0,03%, a R$ 5,64. Já os juros futuros (DIs) recuaram com consistência por toda a curva – os vértices acima de 25 recuaram mais de 1%.

Mercado externo

As bolsas de Nova York oscilaram durante todo o dia. Ontem, a gigante de TI Nvidia ajudou a derrubar os principais índices locais. Hoje, além da queridinha de IA (Inteligência Artificial), os investidores olharam os dados econômicos, que se mostraram mistos. A abertura de postos de trabalho dos setores não-agrícolas nos EUA teve ligeiro recuo entre junho e julho, 7,910 milhões para 7,673 milhões, de acordo com o relatório Jolts,, enquanto as encomendas à indústria tiveram uma forte alta.

O Dow Jones teve ligeira alta de 0,09%, aos 40.974,28 pontos; o S&P 500, -0,16%, aos 5.520,01 pontos; e o Nasdaq, -0,30%, aos 17.084,30 pontos.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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