Em seis meses, BNDES supera desembolsos para exportações destinados no ano de 2022

Nos seis primeiros meses de 2023, foram US$ 670 milhões destinados a exportações, contra US$ 627 milhões entre janeiro e dezembro do ano passado.
12 de julho de 2023

O valor do desembolso do BNDES para apoiar exportações já supera todo o montante disponibilizado em 2022 com a mesma finalidade, de acordo com o presidente da instituição Aloizio Mercadante. No setor agropecuário, o banco já elevou os investimentos em 50% no primeiro semestre deste ano, comparando os números com 2022. A perspectiva é de que, com a redução da taxa de juros a partir de agosto, os financiamentos sejam ainda mais procurados. A declaração foi dada durante a abertura da conferência “Ambição Brasileira: Infraestrutura e Transição Climática”, que ocorreu na terça-feira (11).

Nos seis primeiros meses de 2023, foram US$ 670 milhões destinados a exportações, contra US$ 627 milhões entre janeiro e dezembro do ano passado.

Em reportagem publicado no jornal O Globo, o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, Jose Luis Gordon, explicou que o valor destinado pela instituição para exportações saiu de R$ 10 bilhões em 2010 para menos de R$ 600 milhões.

“Precisamos exportar, ganhar mercado. Temos só 1,5% do total do mercado de exportação no Brasil. O restante está fora. Então, precisamos que as empresas ganhem competitividade”, disse Gordon à reportagem.

Desembolso do BNDES caiu para 18% nos últimos seis anos. No passado, alcançava 45% do volume total

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Crédito: Envato

O desembolso do BNDES para o setor industrial, que chegou a ser 45% do volume total ofertado pelo banco entre 2000 e 2010, caiu para 18% nos últimos seis anos. No caso de inovação, o montante reservado passou de 6% para menos de 1%, no mesmo intervalo de comparação.

O objetivo para os próximos meses, de acordo com o diretor, é estimular o desenvolvimento de uma agroindústria sustentável e digital; favorecer a produção de insumos fármacos no Brasil para diminuir a dependência estrangeira; apoiar a infraestrutura e a mobilidade sustentável, com linhas de financiamento específicas para carros e ônibus elétricos; e priorizar a agenda de bioeconomia e transição energética.

Gordon ainda apontou para a necessidade do crescimento da indústria de transformação digital local e destacou, na reportagem publicada no jornal O Globo, que o BNDES vai voltar a ter papel estratégico no setor industrial, fomentando a produtividade e eficiência do uso de recursos.

Redação ICL Economia
Com informações do jornal O Globo e das agências de notícias

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