A maioria das bolsas mundiais e os índices futuros dos Estados Unidos caminham para encerrar a semana em movimento positivo, com os investidores à espera da divulgação dos dados da inflação do consumo de fevereiro (PCE, em inglês), nesta sexta-feira (31), um dos principais termômetros do Fed (Federal Reserve) para definir a política monetária.
Para hoje, também são aguardadas novas falas de membros do banco central dos EUA, que poderão dar mais sinais sobre as próximas decisões.
A expectativa de analistas é que o núcleo do indicador (excluindo os custos de energia e de alimentos) tenha avançado 0,4% em fevereiro ante o mês anterior, com aumento para 4,7% na base anual.
Ontem (30), foram divulgados os dados de pedidos semanais de auxílio-desemprego, que aumentaram em 7.000, para 198.000, refletindo certo desaquecimento do mercado de trabalho dos EUA. Diante disso, espera-se que o Fed possa reduzir o ritmo do aperto monetário, mas disso depende também dos dados do PCE desta sexta-feira.
As bolsas da Europa operam no positivo, após a divulgação de dados de inflação da zona do euro, que encerrou março em 6,9% na base anual, e à espera da inflação PCE nos EUA.
Já na Ásia, os mercados fecharam com alta, acompanhando o movimento positivo registrado em Wall Street na véspera.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (30) em alta, com investidores repercutindo a divulgação do novo arcabouço fiscal brasileiro. O principal índice da Bolsa brasileira avançou 1,89%, aos 103.713 pontos.
Segundo os analistas do mercado financeiro, o principal destaque do dia foi a divulgação dos detalhes do novo arcabouço fiscal brasileiro, apresentado pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet. Se aprovada pelo Congresso, a nova regra para as contas públicas vai substituir o teto de gastos em vigor desde 2017 como novo parâmetro para limitar os gastos do governo.
Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar comercial caiu 0,73, a R$ 5,098 na venda e a R$ 5,097 na compra.
Europa
As bolsas da Europa operam no campo positivo hoje, após a divulgação de dados de inflação da zona do euro de março terem vindo abaixo do registrado no período anterior. O indicador encerrou março com alta na base anual de 6,9%, ante 8,5% vistos em fevereiro.
No entanto, o núcleo da inflação (exclui preços voláteis de energia, alimentos, álcool e tabaco), ou seja, aquilo que afeta diretamente o bolso da população, aumentou ligeiramente em relação ao mês anterior, chegando a 5,7% em março, ante 5,6% em fevereiro.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,13%
DAX (Alemanha), +0,13%
CAC 40 (França), +0,29%
FTSE MIB (Itália), -0,32%
STOXX 600, +0,16%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de sexta-feira, com investidores à espera da divulgação do índice de preços de gastos de consumo pessoal (PCE), um dos principais indicadores usados pelo Fed para definir a política de juros, pois reflete o comportamento dos gastos realizados pela população.
Também são aguardadas para hoje as falas de integrantes do banco central americano, incluindo os diretores do Fed Lisa Cook e Christopher Waller.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,04%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,09%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,03%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam no positivo hoje, acompanhando o movimento de Wall Street da véspera. Das notícias da região, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla inglês) de manufatura da China atingiu 51,9 em março, ligeiramente acima das expectativas de 51,5 de analistas, mas abaixo dos 52,6 vistos em fevereiro.
Por outro lado, o PMI não manufatureiro foi de 58,2, superior à leitura de fevereiro de 56,3, juntamente com aumentos notáveis na atividade no setor de construção.
No Japão, o Ministério do Comércio disse que vai impor controles de exportação de equipamentos usados na fabricação de chips. A medida está alinhada com a pressão dos EUA em outubro para restringir a capacidade da China de produzir chips de alta tecnologia.
Shanghai SE (China), +0,36%
Nikkei (Japão), +0,93%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,45%
Kospi (Coreia do Sul), +0,97%
ASX 200 (Austrália), +0,78%
Petróleo
Os preços do petróleo passaram a operar em baixa após abertura positiva, quando foram impulsionados por um crescimento da atividade industrial na China, segundo maior consumidor de petróleo do mundo, e com o aumento das preocupações sobre a oferta no Oriente Médio.
Petróleo WTI, -0,62%, a US$ 73,91 o barril
Petróleo Brent, -0,83%, a US$ 78,61 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, é aguardada para esta sexta-feira (31) a divulgação do deflator do consumo de fevereiro (PCE, em inglês), com projeção de núcleo de alta de 0,4% ante janeiro e de avanço de 4,7% na base anual. Também são aguardados os dados da confiança do consumidor de março.
Por aqui, no Brasil, o mercado reagiu bem ao anúncio do novo arcabouço fiscal. A propósito, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) soltou uma nota de apoio às medidas anunciadas pela equipe econômica do governo federal. No entendimento da instituição, a iniciativa do Ministério da Fazenda representa um avanço, porque “procura combinar as prioridades sociais do país com o necessário controle da expansão dos gastos públicos”. Para hoje, é aguardada a divulgação da taxa de desemprego no Brasil (9h, horário de Brasília).
Redação ICL Economia
Com informações das agências