Em janeiro de 2023, o volume de vendas no varejo nacional subiu 3,8% frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal. Com isso, a média móvel trimestral para o varejo foi de 0,1% no trimestre encerrado em janeiro. Frente a janeiro de 2022, as vendas do comércio varejista cresceram 2,6%, sua sexta alta consecutiva. O acumulado nos últimos 12 meses (1,3%) superou o de dezembro (1,0%).
No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de Veículos, motos, partes e peças, Material de construção e Atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo, o volume de vendas variou 0,2% ante dezembro de 2022. A média móvel do trimestre encerrado em janeiro foi 0,0%. Comparadas a janeiro de 2022, as vendas do varejo ampliado cresceram 0,5%. Nos últimos 12 meses, o varejo ampliado acumulou queda de -0,5%, resultado próximo ao de dezembro (-0,6%).
Em janeiro de 2023, sete das oito atividades do comércio varejista tiveram taxas positivas: Tecidos, vestuário e calçados (27,9%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (7,4%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,3%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,0%), Combustíveis e lubrificantes (1,5%), Móveis e eletrodomésticos (1,3%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%). A única atividade em queda foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: -1,2%.
Já as duas atividades adicionais, que compõem o varejo ampliado, tiveram trajetórias opostas: Veículos, motos, partes e peças variou -0,2% e Material de Construção cresceu 2,9%
Vendas no varejo crescem 2,6% frente a janeiro de 2022, com alta em seis das oito atividades
Em relação a janeiro de 2022, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 2,6%, com altas em seis das oito atividades pesquisadas: Combustíveis e lubrificantes (26,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (15,2%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (14,8%), Móveis e eletrodomésticos (3,4%), Tecidos, Vestuário e Calçados (2,3%) e Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,2%).
Já as duas atividades com as vendas em queda foram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-7,6%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-6,5%).
Considerando o comércio varejista ampliado, Veículos, motos, partes e peças cresceu 4,4% em relação a janeiro de 2022, Material de Construção teve aumento de 1,1% e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo caiu 0,9%.
As vendas da atividade de Combustíveis e lubrificantes subiram 26,7% em relação a janeiro de 2022. Esse resultado foi maior do que o de dezembro de 2022 (23,8%), na comparação com o mesmo período do ano anterior. Desde fevereiro de 2022, o setor mostra resultados positivos nessa comparação. No acumulado dos últimos doze meses, o setor se manteve em crescimento (19,4%), com aumento de ritmo em relação ao acumulado anterior (16,6%).
O setor de Livros, jornais, revistas e papelaria cresceu 15,2% frente a janeiro de 2022, maior taxa positiva desde setembro de 2022, quando havia registrado 31,0%. Em doze meses o setor acumula alta de 13,9%, taxa menor que a de dezembro de 2022 (14,8%).
O grupamento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação na comparação interanual, cresceu 14,8% ante janeiro de 2022, a primeira após dois meses de variações próximas à estabilidade (-0,2% em novembro e 0,1% em dezembro de 2022). O acumulado nos últimos doze meses foi de 1,7% até dezembro de 2022 para 3,4% em janeiro.
O grupo de Móveis e eletrodomésticos cresceu 3,4% nas vendas frente a janeiro de 2022, terceira no campo positivo após sete meses registrando queda. O acumulado dos últimos doze meses (-5,6%) se mantem no campo negativo desde outubro de 2021 (-0,7%).
Após seis meses de quedas no indicador interanual (-16,2%, -5,5%, -9,5%, -15,0%, -16,4% e -11,9% em julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2022, respectivamente), as vendas em Tecidos, vestuário e calçados cresceram 2,3% em janeiro de 2023. A atividade foi uma das que mais acumulou perdas no período inicial de pandemia de Covid-19, em 2020, com posterior recuperação em 2021. O acumulado em 12 meses foi negativo em dezembro e em janeiro (-0,5%, em ambos os meses).
Com alta de 2,2% frente a janeiro de 2022, a atividade de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou a terceira alta consecutiva no indicador interanual.
Já setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou queda de 7,6%, na comparação do mês contra mesmo mês do ano anterior, primeiro resultado no campo negativo no indicador interanual desde outubro de 2021 (-0,2%). Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 6,3% até dezembro de 2022 para 4,5% até janeiro de 2023, o setor mostra diminuição na intensidade de crescimento.
Empresas de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, setor que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., contabilizaram -6,5% frente a janeiro de 2022, nona queda consecutiva, apesar de ser a menos intensa no indicador interanual. Além disso, o indicador acumulado dos últimos 12 meses continua a registrar queda (-8,5% para janeiro 2023) desde junho de 2022.
No comércio varejista ampliado, as vendas de Veículos e motos, partes e peças subiram 4,4% frente a janeiro de 2022, primeira alta, na base interanual, desde maio de 2022 (0,8%). O acumulado dos últimos doze meses, no entanto, foi negativo pelo sexto mês (-1,5%).
Já o setor de Material de construção cresceu 1,1% frente a janeiro de 2022, após nove meses de queda nesta comparação. O setor também se destacou pelo seu crescimento no início da pandemia de Covid-19, com resultados positivos de junho de 2020 (22,6%) até junho de 2021 (5,4%), iniciando trajetória de queda desde então (apenas março de 2022 teve resultado positivo: 1,2%). Nos últimos doze meses, o acúmulo é de -8,1%, de menor intensidade do que nos meses anteriores: -8,8% até novembro e -8,7 até dezembro de 2022.
Por fim, as vendas das empresas de Atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo recuaram 0,9% em janeiro de 2023, frente a janeiro de 2022.
Vendas têm alta em 23 UFs na comparação com dezembro de 2022
Em janeiro de 2023, na série com ajuste sazonal, o comércio varejista teve resultados positivos em 23 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Espírito Santo (8,8%), Tocantins (8,7%) e Roraima (7,4%). Por outro lado, pressionando negativamente, o destaque é para Mato Grosso (-1,7%), Amapá (-1,6%) e Paraíba (-1,7%).
Na mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação foi de 0,2% com altas em 18 UFs, com destaque para: Sergipe (8,7%), Espírito Santo (6,6%) e Roraima (6,4%). Tocantins (-4,8%), Mato Grosso (-4,2%) e Pará (-3,0%).
Já frente a janeiro de 2022, a alta de 2,6% das vendas no comércio varejista teve predomínio de taxas positivas também para 23 UFs, com destaque para: Paraíba (15,9%), Maranhão (12,9%) e Tocantins (11,0%). Entre os resultados negativos na comparação interanual, destacam-se Rio de Janeiro (-2,2%), Paraná (-1,4%) e Pará (-1,3%).
Já para o varejo ampliado, a comparação entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023 teve resultados positivos em 10 Unidades da Federação, com destaque para: Espírito Santo (14,1%), Paraíba (13,9%) e Acre (12,9%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram oito UFs, com destaque para Pernambuco (-15,4%), Bahia (-7,7%) e Pará (-6,7%).