Bolsas da Ásia fecham mistas depois de resultado do PIB chinês vir maior que o esperado

PIB chinês cresceu 4,5% no primeiro trimestre na comparação anual. O crescimento é maior que os 2,9% do trimestre anterior e supera as previsões dos analistas de uma expansão de 4,0%
18 de abril de 2023

As bolsas da Ásia fecharam o pregão desta terça-feira (18) em alta, depois que a China divulgou crescimento de 4,5% do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre na comparação anual. O crescimento é maior que os 2,9% do trimestre anterior e supera as previsões dos analistas de uma expansão de 4,0%, o que mostra uma recuperação da segunda maior economia do mundo depois do fim da política de Covid Zero. Enquanto isso, os índices futuros dos EUA e as bolsas europeias operam em alta, com investidores na expectativa da divulgação de balanços de grandes corporações norte-americanas.

Hoje, divulgam seus balanços a Johnson & Johnson, Bank of America e Goldman Sachs, que informarão seus resultados trimestrais antes da abertura dos mercados. A partir desses dados, os analistas terão pistas do impacto da economia dos EUA nos balanços das empresas.

Ontem (17), os mercados repercutiram os resultados da State Street e da Charles Schwab. As ações desta última subiram após a divulgação de lucro no primeiro trimestre do ano, enquanto as ações da State Street caíram após resultados fracos.

Ainda nesta terça-feira, os investidores estarão de olho na divulgação dos dados dos últimos lançamentos de moradias nos Estados Unidos e dados de licenças de construção. O início das habitações em março deve cair 3,4%, para 1,40 milhão de unidades, de acordo com estimativas de consenso do Dow Jones.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (17) em queda, em dia de visita do chanceler russo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O principal índice da Bolsa brasileira caiu 0,25%, aos 106.015 pontos.  Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores continuam a monitorar ainda eventuais sinais sobre os próximos passos do Fed (Federal Reserve) e sobre o avanço do debate fiscal no Brasil.

Na agenda local, o principal destaque ficou mesmo com o encontro do presidente Lula com o chanceler russo, Sergei Lavrov. A vinda de Lavrov a Brasília ocorre em meio às críticas de Lula a postura dos americanos, de fornecerem armas para a Ucrânia. O presidente brasileiro disse que os Estados Unidos precisam parar de incentivar a guerra.  Já os Estados Unidos veem a Rússia como responsável pela guerra e, desde o início, comandaram a imposição de sanções econômicas ao país presidido por Vladimir Putin.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar teve alta de 0,45% frente ao real, cotado a R$ 4,97.

Europa

As bolsas da Europa operam em alta nesta manhã, com os investidores aguardando os dados de grandes corporações dos Estados Unidos e repercutindo dados econômicos locais.

Das notícias da região, a taxa de desemprego do Reino Unido aumentou 0,1 ponto percentual para 3,8% no período de dezembro a fevereiro de 2023, o que sugere uma estabilidade no mercado de trabalho. Por outro lado, a taxa de inatividade econômica caiu 0,4 pontos percentuais, segundo informações do Escritório Nacional de Estatísticas.

Por sua vez, os salários cresceram mais do que o esperado, 5,9% incluindo bônus e 6,6% sem bônus. O crescimento salarial foi de 6,9% no setor privado e de 5,3% no setor público.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,23%
DAX (Alemanha), +0,26%
CAC 40 (França), +0,39%
FTSE MIB (Itália), +0,40%
STOXX 600, +0,26%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam no campo positivo, ampliando os ganhos da sessão passada, com investidores acompanhando a divulgação dos balanços do primeiro trimestre de 2023 das grandes corporações.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,14%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,23%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,45%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam mistas, depois que a China divulgou crescimento do PIB do primeiro trimestre deste ano maior que o esperado.

Ainda na China, as vendas no varejo cresceram 10,6% em março, acima das expectativas de analistas de crescimento de 7,4%. O mesmo ocorreu com a produção industrial, que subiu 3,9% no mês, abaixo da previsão de 4%.

Por sua vez, no Japão, o Banco japonês considerará a introdução de uma nova meta de inflação para uma taxa de variação ano a ano na faixa superior de 1% em 2025.

Shanghai SE (China), +0,23%
Nikkei (Japão), +0,51%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,63%
Kospi (Coreia do Sul), -0,19%
ASX 200 (Austrália), -0,29%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com baixa, ampliando as perdas da véspera, quando foi puxado para baixo pela fortalecimento do dólar. Isso porque cresce entre os traders o sentimento de que o Fed (Federal Reserve) subirá a taxa de juros em maio, o que poderia diminuir as esperanças de uma recuperação econômica.

Petróleo WTI, -0,32%, a US$ 80,57 o barril
Petróleo Brent, -0,37%, a US$ 84,44 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem os dados do início de construções de março para hoje. Também é aguardado o discurso da diretora do Fed, Michelle Bowman.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o ministro da Secretaria das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o governo deve entregar o texto do projeto do arcabouço fiscal aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta terça-feira (18), no Palácio do Planalto. Na seara econômica, a agenda de indicadores está esvaziada.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e do InfoMoney

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