Os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas da Europa estão em trajetória de alta nesta manhã de sexta-feira (5), com os investidores repercutindo o reajuste de 25 pontos-base na taxa de juros de zona do euro ontem (4) e à espera dos dados do mercado de trabalho norte-americano (payroll) ainda hoje, informações determinantes para medir os efeitos das medidas que vêm sendo tomadas sobre a economia.
O consenso Refinitiv, com a média das projeções do mercado, aponta para a criação de 180 mil vagas de trabalho em abril. Já a expectativa é que a taxa de desemprego fique em 3,6%.
As bolsas norte-americanas também repercutem os resultados da Apple, que registrou lucro líquido de US$ 24,16 bilhões no segundo trimestre fiscal de 2023 (entre janeiro e março), baixa de 3,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando somou US$ 25,01 bilhões. O lucro diluído por ação ficou estável, em US$ 1,52, enquanto o lucro operacional caiu para US$ 28,3 bilhões, contra US$ 29,9 bilhões reportado um ano antes. O resultado veio acima das expectativas dos analistas de Wall Street e foi impulsionado pelas vendas de iPhones.
Por outro lado, ainda há temores renovados de risco de contágio do setor bancário regional, depois de três bancos regionais colapsarem em março. Há especulações sobre o futuro de Western Alliance, PacWest e First Horizon, cujas ações caíram ao longo da semana.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (4) em alta, um dia após as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,37%, aos 102.174 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, a alta foi puxada pelo bom desempenho da Petrobras e de grandes bancos. Na noite desta quarta-feira (4), o Copom do Banco Central do Brasil (BC) manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano, mesmo patamar desde agosto do ano passado.
Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar fechou estável frente ao real, com alta de 0,02%, a R$ 4,992 na compra e a R$ 4,993 na venda.
Europa
As bolsas da Europa operam com alta nesta manhã, à medida que investidores repercutem o reajuste em 25 ponto percentual na taxa de juros do Banco Central Europeu.
Para esta sexta-feira, são aguardados alguns dados econômicos, como os PMIs de construção de abril e números de vendas no varejo de março das principais economias da zona do euro.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,53%
DAX (Alemanha), +0,68%
CAC 40 (França), +0,56%
FTSE MIB (Itália), +1,25%
STOXX 600, +0,33%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam no campo positivo nesta manhã de sexta-feira, após quatro sessões consecutivas de perdas, com investidores à espera de dados do mercado de trabalho em abril, enquanto digerem resultados acima do previsto da Apple.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,36%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,49%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,50%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam mistas, com os investidores repercutindo os recentes temores em relação à saúde financeira de bancos e, também, dados econômicos da região.
Na frente de dados econômicos, o índice de gerentes de compras de serviços Caixin da China para abril caiu para 56,4 em relação à leitura de março de 57,8, mas permaneceu em expansão, enquanto o PMI de manufatura Caixin caiu em território de contração.
Os mercados no Japão e na Coreia do Sul estão fechados por causa do feriado.
Shanghai SE (China), -0,48%
Nikkei (Japão), fechado por feriado
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,50%
Kospi (Coreia do Sul), fechado por feriado
ASX 200 (Austrália), +0,37%
Petróleo
As cotações do petróleo operam com alta nesta sexta-feira, mas caminham para terceira semana consecutiva de perdas depois que os mercados testemunharam fortes quedas devido aos temores de um enfraquecimento da economia dos EUA e desaceleração da demanda chinesa.
Petróleo WTI, +1,76%, a US$ 69,77 o barril
Petróleo Brent, +1,81%, a US$ 73,81 o barril
Agenda
Na agenda desta sexta-feira, sai a divulgação do payroll nos EUA, com consenso Refinitiv prevendo a criação de 180 mil vagas em abril, e alguns indicadores das principais economias da zona do euro.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que já esperava a decisão do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, que revogou decisão que suspendia julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ). No julgamento, o STJ decidiu, por unanimidade, que empresas não podem continuar abatendo do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) benefícios dados pelos Estados. A decisão, tomada na semana passada, é favorável ao governo e considerada crucial para o sucesso do novo arcabouço fiscal. O governo espera arrecadar R$ 90 bilhões por ano com a medida. Na seara econômica, agenda de indicadores econômicos esvaziada nesta sexta-feira.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e InfoMoney
