As bolsas mundiais e os índices futuros dos Estados Unidos estão operando em direção mista nesta manhã de terça-feira (16), com os investidores de olho na agenda de indicadores econômicos e repercutindo os dados divulgados pela China, que vieram abaixo do esperado.
Para hoje, há vários assuntos no radar dos investidores. Na agenda de indicadores, serão divulgados os dados da produção industrial e as vendas no varejo realizadas em abril nos Estados Unidos. Eles também aguardam ansiosamente pelo resultado da reunião entre os líderes do Congresso e o presidente dos EUA, Joe Biden, sobre o teto da dívida do país. Há uma pressão da Casa Branca sobre parlamentares do partido de oposição, os republicanos, para que haja aumento do teto antes de 1º de junho.
Ontem (15), a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que o país enfrenta a possibilidade de default (calote) já no início de 1º de junho, a chamada “data X”, caso um acordo entre a Casa Branca e o Congresso não seja alcançado.
Do lado asiático, as vendas no varejo da China dispararam 18,4%, a produção industrial subiu 5,6% e o investimento em ativos fixos avançou 5,2%. Apesar do aumento, todos os indicadores vieram abaixo das previsões de analistas.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (15) em alta, puxado pela valorização das commodities e pelo noticiário político brasileiro. O principal índice da Bolsa brasileira avançou 0,52% aos 109.029 pontos
Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores acompanharam os mercados internacionais e ficaram na expectativa pelo parecer do arcabouço fiscal e pelos balanços corporativos do dia.
Ontem (15), os economistas elevaram as projeções para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para este ano mais uma vez. De acordo com o Boletim Focus, as expectativas para a inflação oficial do país em 2023 subiram de 6,02% para 6,03%.
Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar caiu 0,71% frente ao real, cotado a R$ 4,88.
Europa
As bolsas da Europa também caminham sem direção definida, com os investidores repercutindo dados econômicos pelo mundo e à espera das negociações sobre o teto da dívida dos EUA, o que, a depender do resultado, pode contaminar os mercados globais.
Das notícias da região, a taxa de desemprego do Reino Unido subiu para 3,9% nos três meses até março, acima do esperado.
Além disso, a primeira prévia do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre de 2023 da zona do euro subiu 0,10% na base trimestral e 1,30% na base anual, em linha com estimativa do consenso Refinitiv de avanço trimestral de 0,1% e de 1,3% no comparativo anual.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,16%
DAX (Alemanha), +0,14%
CAC 40 (França), +0,03%
FTSE MIB (Itália), +0,37%
STOXX 600, -0,04%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam sem direção única nesta manhã, com investidores à espera de dados da produção industrial e as vendas no varejo realizadas em abril no país. Além disso, também está no radar de analistas a reunião entre o presidente Joe Biden e lideranças do Congresso sobre o teto da dívida.
Para a indústria, o consenso Refinitiv prevê avanço de 0,7% na comparação com março, mês em que houve retração na atividade industrial. Para o varejo, a previsão é de estabilidade.
Também estão programadas para hoje falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), o que poderá dar indicações sobre os próximos passos da política monetária norte-americana.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,05%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,02%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,08%
Ásia
As bolsas da Ásia também fecharam mistas, com os investidores repercutindo os dados econômicos da China, que vieram menores que o esperado.
As vendas no varejo do gigante asiático aumentaram 18,4%, ficando abaixo da previsão dos economistas de um aumento de 21%, enquanto a produção industrial de abril subiu 5,6% na comparação anual, ante os 10,9% esperados por economistas.
Os investimentos em ativos fixos, por sua vez, cresceram 4,7%, ante expectativa de 5,5%. Enquanto isso, a taxa de desemprego juvenil atingiu um recorde de 20,4%.
Shanghai SE (China), -0,60%
Nikkei (Japão), +0,73%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,04%
Kospi (Coreia do Sul), +0,04%
ASX 200 (Austrália), -0,45%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com baixa, depois que dados da China mais fracos do que o esperado deixaram incertas as perspectivas de demanda do maior importador de petróleo do mundo.
Petróleo WTI, -0,72%, a US$ 70,60 o barril
Petróleo Brent, -0,70%, a US$ 74,70 o barril
Agenda
Nos EUA, serão divulgados hoje os dados da produção industrial e as vendas no varejo realizadas em abril no país, além de estoques empresariais de março.
Na zona do euro, sai a primeira prévia do PIB do bloco no primeiro trimestre de 2023, com estimativa de avanço trimestral de 0,1% e de 1,3% no comparativo anual.
Por aqui, no Brasil, no campo político, a Petrobras anunciou que vai encerrar a política de paridade de importação para os preços do diesel e da gasolina, conforme comunicado divulgado hoje pela estatal. Na agenda de indicadores econômicos, será divulgada hoje a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), referente ao mês de março. O consenso Refinitiv aponta para um crescimento de 0,6% na comparação com fevereiro e alta anual de 4,6%.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias