Os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas mundiais operam em trajetória de alta nesta manhã de quinta-feira (18), com os investidores repercutindo o avanço das negociações a respeito do teto da dívida do governo norte-americano.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mobilizou todos os membros da Casa Branca para discutirem o tema. Agora, ao que parece, o governo se aproxima de um acordo com lideranças do Congresso para aumentar o teto da dívida dos EUA e, assim, evitar um default (calote) da dívida que vence em junho.
O presidente da Câmara de Deputados dos EUA, Kevin McCarthy, disse ontem (17) que não acredita que os EUA vão dar calote em sua dívida, em consonância com o discurso de Biden. O presidente norte-americano afirmou em comentários estar confiante de que os legisladores se uniriam para chegar a um acordo e evitar um calote.
Ainda nos Estados Unidos, para hoje, os investidores aguardam a divulgação dos dados iniciais de pedidos de auxílio-desemprego e falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), que podem fornecer pistas sobre os rumos da política monetária nos próximos meses.
Na Ásia, as bolsas também fecharam no campo positivo repercutindo a alta de Wall Street na véspera, devido ao otimismo com a proximidade de um acordo sobre teto da dívida americana.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (17) em alta, com expectativas sobre a renegociação do teto da dívida nos Estados Unidos e investidores repercutindo a alta do minério e o noticiário político brasileiro. O principal índice da Bolsa brasileira avançou 1,17%, aos 109.459 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, as atenções seguem voltadas ao andamento do novo arcabouço fiscal no Congresso Nacional. O mercado espera que a nova regra fiscal seja votado até a próxima semana, o que traz mais otimismo aos investidores.
Nas negociações do dia, o dólar caiu 0,17% frente ao real, cotado a R$ 4,93 e R$ 4,935 na venda.
Europa
As bolsas da Europa também operam no campo positivo, também repercutindo o otimismo em relação às negociações em torno do teto da dívida americana. As ações de automóveis lideraram ganhos com alta de 1,4%, seguidas pelas de tecnologia, que subiram 1,1%.
Das notícias da região, o Deutsche Bank concordou em pagar US$ 75 milhões às vítimas do magnata norte-americano Jeffrey Epstein, acusado tráfico sexual de mulheres jovens. Um processo federal investigou a participação do banco no crime, sob acusação de facilitar e se beneficiar dele. As ações do Deutsche Bank caíram 0,6% no início do pregão.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,65%
DAX (Alemanha), +1,48%
CAC 40 (França), +0,90%
FTSE MIB (Itália), +1,14%
STOXX 600, +0,55%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA avançam nesta manhã, em meio a um maior otimismo com o andamento das negociações para elevar o teto da dívida do país.
No âmbito corporativo, os investidores aguardam pelos resultados trimestrais do gigante do varejo Walmart ainda nesta manhã, um importante indicativo para medir a saúde das finanças do consumidor.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,06%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,13%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,15%
Ásia
As bolsas da Ásia também fecharam no campo positivo, acompanhando a alta de Wall Street na véspera, quando otimismo com avanço das negociações sobre teto da dívida americana aumentou.
Das notícias da região, o déficit comercial do Japão caiu quase pela metade em abril, caindo para de 854,93 bilhões para 432,41 bilhões.
Shanghai SE (China), +0,40%
Nikkei (Japão), +1,60%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,85%
Kospi (Coreia do Sul), +0,83%
ASX 200 (Austrália), +0,52%
Petróleo
Diferentemente do que ocorre no mercado de ações, os preços do petróleo operam em baixa, com os traders mais cautelosos em relação às negociações para aumentar o teto da dívida americana.
Petróleo WTI, -0,55%, a US$ 72,49 o barril
Petróleo Brent, -0,58%, a US$ 76,51 o barril
Agenda
Na agenda de hoje nos EUA, o destaque é a divulgação dos pedidos de seguro-desemprego semanal nos EUA, com consenso Refinitiv prevendo 254 mil solicitações no período. Além disso, também são esperadas falas de membros do Fed, o banco central dos EUA.
Por aqui, no Brasil, no campo político, a Câmara dos Deputados aprovou ontem (17) o pedido de urgência para apreciação do novo arcabouço fiscal, em vitória com margem mais larga que o esperado – 367 votos a 102. Com isso, o texto será apreciado diretamente pelo plenário, o que deve acontecer na próxima quarta-feira (24), sem passar pelas comissões temáticas. Agenda de indicadores esvaziada nesta quinta-feira.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e InfoMoney
