As negociações em torno do teto da dívida dos Estados Unidos continuam pautando o andamento dos mercados. Nesta manhã de segunda-feira (22), os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas mundiais estão operando sem direção definida.
Além disso, os investidores estão na expectativa da divulgação da ata da última reunião do Fomc (comitê de política monetária dos Estados Unidos), na qual a taxa de juros do país foi elevada em 0,25 ponto percentual, na próxima quarta-feira (24). A divulgação do documento é importante para que sejam avaliados os próximos passos da política monetária.
Outros indicadores no radar dos investidores são a segunda leitura do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA, na quinta-feira (25), e os dados da inflação dos gastos de consumo pessoal (PCE), na sexta-feira (26), que são importantes para se medir a saúde da economia norte-americana.
Ainda sobre o teto da dívida dos Estados Unidos, o presidente Joe Biden e o presidente da Câmara , Kevin McCarthy, devem se encontrar nesta segunda-feira para continuar as negociações sobre o tema.
Ontem, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que “escolhas difíceis” precisarão ser feitas sobre quais contas não serão pagas se o teto da dívida não for aumentado e reafirmou seu alerta de que a maior economia do mundo pode deixar de pagar sua dívida já em 1º de junho.
Por aqui, as atenções estão voltadas para a votação do mérito do arcabouço fiscal, na quarta-feira, pela Câmara dos Deputados.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (19) em alta, em sessão marcada pelo vencimento de opções sobre ações. O principal índice da Bolsa brasileira avançou 0,58%, aos 110.745 pontos. Com o resultado do dia, o Ibovespa encerrou a semana passada com alta de 2,10%.
Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores repercutiram no pregão a tramitação do arcabouço fiscal brasileiro e a renegociação do teto da dívida dos Estados Unidos.
Nas negociações do Ibovespa, o dólar fechou em alta de 0,56% frente ao real, a R$ 4,995 na compra e a R$ 4,996 na venda.
Europa
As bolsas da Europa operam sem direção definida, com investidores de olho nas negociações sobre o teto da dívida nos Estados Unidos e, também, no resultado das eleições gregas.
Na Grécia, o Índice Composto Geral de Atenas subiu 7% depois que o partido conservador governista, Nova Democracia, garantiu uma liderança firme nas eleições realizadas ontem. As negociações agora começarão sobre a formação de um governo de coalizão, já que ficou aquém da maioria parlamentar.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,32%
DAX (Alemanha), -0,06%
CAC 40 (França), -0,04%
FTSE MIB (Itália), -0,16%
STOXX 600, +0,18%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam entre leves perdas e ganhos, com os investidores acompanhando o desenrolar das negociações sobre o teto da dívida do país e à espera da ata da última reunião do comitê de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) e dados econômicos importantes ao longo da semana.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,01%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,03%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,05%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta hoje, com destaque para as ações em Tóquio, Japão. Além disso, a China manteve sua taxa básica de juros de empréstimo de 1 ano inalterada em 3,65% e sua taxa básica de empréstimo de 5 anos inalterada em 4,30%, em linha com as expectativas de economistas.
Shanghai SE (China), +0,39%
Nikkei (Japão), +0,90%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,17%
Kospi (Coreia do Sul), +0,76%
ASX 200 (Austrália), -0,22%
Petróleo
Os preços do petróleo operam entre perdas e ganhos, com a cautela em torno das negociações do teto da dívida dos EUA e as preocupações com a recuperação da demanda na China compensando a menor oferta do Canadá e dos países da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais a Rússia).
Petróleo WTI, -0,14%, a US$ 71,45 o barril
Petróleo Brent, +0,12%, a US$ 75,67 o barril
Agenda
Na agenda de hoje nos EUA, são aguardados discursos de membros do Fed (Federal Reserve). Já na Europa, será divulgado o índice de confiança do consumidor.
Por aqui, no Brasil, no campo político, todos os olhos estarão voltados para a votação do novo projeto de arcabouço fiscal no plenário da Câmara dos Deputados, que está prevista para quarta-feira (24). O relator do projeto, deputado Claudio Cajado, apresentou sua versão final aos líderes partidários na segunda-feira passada (15) e, dois dias depois, a Câmara dos Deputados aprovou o pedido de urgência do projeto de lei do marco fiscal (PL 93/23). Na seara econômica, será divulgado o Boletim Focus e a Balança Comercial Semanal.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e InfoMoney
