Em abril de 2023, a produção industrial nacional caiu 0,6% frente a março, na série com ajuste sazonal. Em relação a abril de 2022, na série sem ajuste sazonal, houve queda de 2,7%. O acumulado no ano foi de -1,0% e o acumulado em 12 meses, de -0,2%.
Duas das quatro grandes categorias econômicas e 16 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram recuo na produção. Entre as atividades, as influências negativas mais importantes vieram de produtos alimentícios (-3,2%), máquinas e equipamentos (-9,9%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,6%), com a primeira marcando o quarto mês consecutivo de queda na produção, período em que acumulou redução de 7,3%; a segunda eliminando o avanço de 6,7% registrado no mês anterior; e a terceira voltando a recuar após assinalar variação nula nos meses de março e de fevereiro últimos.
Outras contribuições negativas relevantes vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-9,4%), de indústrias extrativas (-1,1%), de bebidas (-3,6%), de produtos de metal (-3,3%), de outros equipamentos de transporte (-5,2%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,9%).
Já entre as nove atividades com alta na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,6%) exerceu o principal impacto em abril de 2023 e assinalou o terceiro resultado positivo consecutivo, período em que acumulou crescimento de 6,3%.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda frente ao mês anterior, bens de capital (-11,5%) e bens de consumo duráveis (-6,9%) assinalaram as taxas negativas em abril de 2023, com a primeira interrompendo dois meses seguidos de expansão na produção, período em que avançou 8,9%; e a segunda eliminando o crescimento de 2,2% registrado no mês anterior.
Por outro lado, os setores de bens de consumo semi e não duráveis (1,1%) e de bens intermediários (0,4%) apontaram os avanços em abril de 2023, com a primeira eliminando a perda de 0,6% acumulada no período fevereiro-março de 2023; e a segunda acumulando expansão de 1,8% em três meses consecutivos de crescimento na produção.
Média móvel trimestral varia 0,1% no trimestre encerrado em abril
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria foi de 0,1% no trimestre encerrado em abril de 2023 frente ao nível do mês anterior, após também avançar em março último (0,2%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na série com ajuste sazonal, bens intermediários (0,6%) teve a maior taxa positiva em abril de 2023 e intensificou o avanço registrado no mês anterior (0,2%). O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (0,2%) também apontou crescimento nesse mês, após recuar 0,2% no mês anterior, quando interrompeu a trajetória ascendente iniciada em novembro de 2022.
Já os segmentos de bens de consumo duráveis (-2,2%) e de bens de capital (-1,2%) assinalaram os resultados negativos em abril de 2023, com o primeiro marcando o terceiro mês seguido de queda e acumulando redução de 2,6% no período; e o segundo voltando a recuar após crescer 1,4% no mês anterior, quando interrompeu a trajetória descendente iniciada em maio de 2022.
Frente a abril de 2022, produção industrial diminui 2,7%
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial teve redução de 2,7% em abril de 2023, com resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas, 18 dos 25 ramos, 57 dos 80 grupos e 58,4% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que abril de 2023 (18 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (19).
As principais influências negativas na indústria vieram de produtos químicos (-12,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-9,7%) e máquinas e equipamentos (-14,3%). Também se destacaram equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-15,7%), metalurgia (-5,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,2%), produtos de metal
(-8,7%), produtos de minerais não metálicos (-9,6%), bebidas (-7,2%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-9,9%) e produtos de madeira (-15,9%).
Por outro lado, ainda frente a abril de 2022, entre as sete atividades em alta, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,2%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (18,1%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria. Outros impactos positivos importantes foram assinalados por ramos de produtos alimentícios (2,0%), indústrias extrativas (1,4%) e outros equipamentos de transporte (19,2%).
Categoria Bens de capital teve queda de 14,2% contra abril de 2022
Entre as grandes categorias econômicas, ainda no confronto com igual mês do ano anterior, os bens de capital (-14,2%) assinalaram a redução mais acentuada. O setor produtor de bens de consumo duráveis (-3,5%) também mostrou queda mais elevada do que a média nacional (-2,7%), enquanto os segmentos de bens intermediários (-2,6%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,2%) registraram os demais resultados negativos.
O setor produtor de bens de capital mostrou queda de 14,2% em abril de 2023 frente a igual período do ano anterior, oitava taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e a mais intensa desde agosto de 2020 (-14,5%).
A produção de bens de consumo duráveis recuou 3,5% em abril de 2023 frente a igual período do ano anterior, interrompendo três meses consecutivos de crescimento nessa comparação.
Ainda frente a abril de 2022, o segmento de bens intermediários mostrou redução de 2,6% em abril de 2023, quinta taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação.
O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis recuou 0,2% em abril de 2023, interrompendo quatro meses consecutivos de crescimento nessa comparação.
Acumulado no ano tem redução de 1,0%
O índice acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, foi de -1,0%, com resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 15 dos 25 ramos, 46 dos 80 grupos e 53,5% dos 789 produtos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências negativas no total da indústria foram registradas por produtos químicos (-8,1%), produtos de minerais não metálicos (-9,6%), metalurgia (-4,8%) e máquinas e equipamentos (-6,4%).
Vale destacar também as contribuições negativas de produtos de madeira (-17,5%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,5%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-9,5%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,5%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-9,1%) e de produtos de metal (-4,1%).
Por outro lado, entre as dez atividades em alta, indústrias extrativas (2,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,4%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (17,4%) exerceram as maiores influências. Outros impactos positivos importantes foram registrados por outros equipamentos de transporte (15,8%), produtos alimentícios (0,9%) e produtos de borracha e de material plástico (3,2%).
Entre as grandes categorias econômicas, os resultados para os quatro primeiros meses de 2023 mostraram menor dinamismo para bens de capital (-8,3%), pressionados, em grande parte, pelas reduções observadas na fabricação de bens de capital para fins industriais (-10,2%), para energia elétrica (-18,1%) e para equipamentos de transporte (-5,2%). O setor produtor de bens intermediários (-2,0%) também assinalou resultado negativo e com perda mais intensa do que a verificada na média da indústria (-1,0%). Por outro lado, o segmento de bens de consumo duráveis (5,8%) apontou o avanço mais acentuado no primeiro quadrimestre de 2023. O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (2,3%) também mostrou crescimento no indicador acumulado no ano.