Enquanto as bolsas europeias operam mistas, os índices futuros dos Estados Unidos estão em trajetória de alta nesta manhã de terça-feira (27), com os investidores à espera dos dados da confiança do consumidor de junho e de novas moradias de maio nos EUA. Na Europa, os agentes dos mercados acompanham os comentários de integrantes de diversos bancos centrais no Fórum do Banco Central Europeu (BCE), em Sintra, Portugal. O evento teve início ontem (26) e termina nesta quarta-feira (28).
A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse nesta manhã que a inflação ainda está muito alta e que ainda é muito cedo para declarar vitória sobre a alta de preços. “Mas a natureza do desafio da inflação na zona do euro está mudando”, disse Lagarde.
Para os mercados, isso significa que o ciclo de aperto monetário deve continuar nos próximos meses, sem data para acabar, pois muitos indicadores ainda se mostram bastante resilientes.
Amanhã (28), o principal painel do fórum será uma mesa redonda que contará com Lagarde; o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell; o presidente do BC da Inglaterra, Andre Bailey; e o presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda.
No Brasil, o radar do mercado está na divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), na qual os juros básicos da economia foram mantidos em 13,75% ao ano pela sétima vez consecutiva.
Na ata, divulgada agora há pouco, o Copom diz que a continuidade da queda da inflação pode permitir corte de juros em agosto.
Também sai hoje no Brasil a prévia do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), referente a junho.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (26) em queda, com temores de que uma recessão global esteja próxima. O principal índice da Bolsa de valores caiu 0,62%, aos 118.243 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, a sessão de ajuste veio mesmo com a forte alta nos papéis da Petrobras, que acompanharam a valorização do petróleo no exterior.
No mercado doméstico, a semana começou com a divulgação do Boletim Focus, relatório do Banco Central do Brasil (BC) que reúne as estimativas de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores do país.
Nas negociações do Ibovespa do dia, o dólar recuou 0,22% frente ao real cotado a R$ 4,767 na compra e na venda.
Europa
As bolsas da Europa operam sem direção definida, com investidores monitorando os comentários dos banqueiros centrais no Fórum do BCE, em Sintra, Portugal.
No âmbito das ações, os bancos lideraram os ganhos do setor, com alta de 0,76%, enquanto os automóveis caíram 0,62%. A Fintech Wise foi o principal destaque individual, subindo mais de 20% depois que os resultados do ano mostraram crescimento de lucro bruto de 73%.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,03%
DAX (Alemanha), -0,08%
CAC 40 (França), +0,04%
FTSE MIB (Itália), +0,13%
STOXX 600, -0,22%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam com leves ganhos, com investidores olhando para o próximo lote de dados econômicos e se preparando para o final do segundo trimestre.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,05%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,17%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,32%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam mistas, com algumas das principais bolsas da região impulsionadas pelo otimismo renovado sobre o apoio econômico na China. O primeiro-ministro Li Qiang disse durante um discurso que Pequim apresentaria políticas mais eficazes para expandir a demanda doméstica e abrir mercados. Também disse que seu país ainda está no caminho certo para atingir sua meta de crescimento anual de cerca de 5%.
Shanghai SE (China), +1,23%
Nikkei (Japão), -0,49%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,88%
Kospi (Coreia do Sul), -0,03%
ASX 200 (Austrália), +0,56%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com baixa após abertura positiva, com preocupações sobre a demanda global e instabilidade política na Rússia pesando sobre o mercado.
Petróleo WTI, -0,72%, a US$ 68,87 o barril
Petróleo Brent, -0,71%, a US$ 73,65 o barril
Agenda
Nos EUA, serão divulgados hoje o índice de bens duráveis de maio, dados da confiança do consumidor de junho e novas moradias de maio.
Por aqui, no Brasil, A reforma tributária será negociada após o retorno do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de viagem a Portugal. A informação foi dada ontem (26) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, o governo quer aprovar um tema complexo com o maior número de votos possível. Na seara econômica, investidores aguardam pela divulgação da ata da mais recente reunião do Copom hoje e a prévia do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), referente a junho. O consenso Refinitiv prevê estabilidade na comparação mensal, levando a taxa anual a 3,39%.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias