Índices futuros e maioria das bolsas mundiais em alta com indicadores inflacionários nos EUA e Europa no radar dos investidores

No Brasil, é aguardada a divulgação a Pnad Contínua. A expectativa é de que o levantamento apresente queda na taxa de desemprego, de 8,5% para 8,3%
30 de junho de 2023

A maioria das bolsas mundiais e os índices futuros dos Estados Unidos operam em trajetória positiva nesta manhã de sexta-feira (30), antes da divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE), principal indicador de inflação observado pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) para definir a política monetária do país.

O consenso Refinitiv prevê uma variação mensal de 0,4% no núcleo do indicador de maio, na comparação com abril, levando a taxa de 12 meses a 4,7%.

Na Europa, os mercados também sobem na última sessão do primeiro semestre, com investidores digerindo a inflação da zona do euro abaixo das expectativas dos analistas, mas o núcleo da inflação, que exclui energia e alimentos, subiu para 5,4%.

Por sua vez, os mercados asiáticos fecharam sem direção única, repercutindo o terceiro mês consecutivo de contração da atividade fabril na China.

Por aqui, é aguardada a divulgação da Pnad Contínua. A expectativa é de que o levantamento apresente queda na taxa de desemprego, de 8,5% para 8,3%.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (29) em alta, com investidores de olho na decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), que decidiu mudar o formato das regras que definem as metas de inflação. O principal índice da Bolsa brasileira avançou 1,46%, aos 118.382 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, a inflação foi um dos temas centrais de importantes discussões que aconteceram longo do dia. Ontem de manhã, o presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que um estudo feito pela autarquia indicou que a adoção de uma meta de inflação contínua, diferente do atual formato de fixação de uma meta para cada ano, “é mais eficiente” para o país.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar ficou estável frente ao real, com queda de 0,01%, a R$ 4,847 na compra e na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam no campo positivo, após a inflação na zona do euro vir abaixo do esperado, o que é importante, uma vez que o BCE (Banco Central Europeu) se pauta no indicador para definir sua política monetária.

Para os próximos dois anos, a autoridade monetária da zona do euro revisou suas expectativas de inflação. Ele agora antecipa que a inflação atingirá 5,4% este ano, 3% em 2024 e 2,2% em 2025.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,54%
DAX (Alemanha), +0,87%
CAC 40 (França), +0,76%
FTSE MIB (Itália), +0,87%
STOXX 600, +0,70%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA avançam no último dia do primeiro semestre, à espera de mais dados inflação, que podem impactar os próximos movimentos de política de monetária do banco central.

Os três principais índices caminham para fechar a semana no azul, com o S&P 500 e o Dow subindo mais de 1% cada, e o Nasdaq acompanhando um aumento de 0,7%.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,14%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,21%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,41%

Ásia

Por sua vez, as bolsas da Ásia fecharam sem direção definida, embora a maioria em alta, com investidores da região repercutindo dados vindos da China e do Japão.

A atividade fabril da China, medida pelo índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês), retraiu no mês de junho, e o PMI industrial do NBS ficou em 49, registrando contração pelo terceiro mês consecutivo.

As ações japonesas caíram após o índice de preços ao consumidor de Tóquio permanecer em níveis acima da meta do banco central por treze meses consecutivos.

A produção industrial na Coreia do Sul, por sua vez, aumentou 3,2% em maio em relação ao mês anterior.

Shanghai SE (China), +0,62%
Nikkei (Japão), -0,14%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,09%
Kospi (Coreia do Sul), +0,56%
ASX 200 (Austrália), +0,12

Petróleo

Os preços do petróleo operam em alta, com uma queda acentuada nos estoques de petróleo e os planos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) de cortar a produção superando os temores de demanda decorrentes do aumento das taxas de juros.

Petróleo WTI, +0,76%, a US$ 70,39 o barril
Petróleo Brent, +0,89%, a US$ 75,00 o barril

Agenda

Agenda internacional da semana termina com a divulgação do PCE, índice de preços de gastos com consumo nos Estados Unidos. O consenso Refinitiv prevê uma variação mensal de 0,4% no núcleo do indicador de maio, na comparação com abril, levando a taxa de 12 meses a 4,7%. O PCE é o principal índice de inflação observado pelo Federal Reserve em suas decisões de política monetária.

Na Europa, será divulgado o índice harmonizado de preços ao consumidor da zona do euro (HICP). O consenso Refinitiv prevê inflação de 5,6% no acumulado de 12 meses.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o CMN (Conselho Monetário Nacional) definiu na véspera meta de inflação em 3% para 2026 e alterou regime para meta contínua a partir de 2025, o que fortaleceu apostas mais agressivas de queda da Selic. Na seara econômica, será divulgada a PNAD Contínua, que deve apresentar queda na taxa de desemprego, de 8,5% para 8,3%.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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