Um dia depois do feriado da Independência nos Estados Unidos, os índices futuros de Nova York e as bolsas mundiais estão em trajetória negativa nesta manhã de quarta-feira (5). Hoje, está no radar dos investidores a divulgação da ata da última reunião do Fomc (Comitê de Mercado Aberto), que pausou o ciclo de alta de juros.
No comunicado com a decisão, a autoridade monetária dos Estados Unidos apontou que, apesar da pausa, ao menos dois novos ajustes de 0,25 ponto percentual devem ocorrer na taxa até o fim deste ano. A indicação foi reforçada por falas recentes de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), devido aos indicadores inflacionários continuarem inspirando atenção.
A ata, portanto, deve trazer pistas importantes sobre os rumos das taxas de juros nos Estados Unidos. Os mercados estão precificando atualmente uma probabilidade de 89,9% de um aumento de 25 pontos-base nas taxas de juros em julho, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.
O presidente do Fed de Nova York, John Williams, deve falar hoje, às 17h, na Reunião Anual da Central Bank Research Association (CEBRA) na cidade de Nova York.
Os mercados hoje também repercutem a desaceleração da atividade do setor de serviços da China em junho. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da Caixin de junho ficou em 53,9, uma taxa de expansão mais lenta do que os 57,1 registrados em maio.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (4) em queda, em mais um dia de atenções voltadas, ao andamento de pautas econômicas no Congresso Nacional. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 0,50% aos 119.076 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores repercutiram a aprovação do ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Gabriel Galípolo pelo Senado para a diretoria do Banco Central do Brasil (BC). Galípolo é visto como um possível sucessor para a presidência da instituição ao fim do mandato de Roberto Campos Neto, que vai até o ano que vem.
Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar avançou 0,67% frente ao real, negociado a R$ 4,84 na compra e a R$ 4,841 na venda.
Europa
As bolsas da Europa abriram em baixa nesta quarta-feira, com investidores avaliando o mais recente sinal de que a recuperação econômica da China está vacilando e também à espera da divulgação da ata da última reunião da autoridade monetária norte-americana.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,44%
DAX (Alemanha), -0,45%
CAC 40 (França), -0,49%
FTSE MIB (Itália), -0,15%
STOXX 600, -0,44%
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York abriram com baixa na volta do feriado da Independência, com as expectativas voltadas para divulgação da ata da última reunião do Fomc, a qual deve fornecer pistas sobre os próximos passos da autoridade monetária na definição da política monetária.
Também são aguardados para hoje os dados de pedidos de fábrica de maio. Economistas consultados pela Dow Jones estão antecipando um aumento de 0,6%, o que seria maior do que o aumento de 0,4% no mês anterior.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,27%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,29%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,47%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam com baixa generalizada, à medida que investidores digeriram a divulgação de pesquisas privadas sobre a atividade de serviços da região.
A atividade de serviços no Japão e na China permaneceu em território de expansão no mês, enquanto o ritmo de crescimento desacelerou.
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da Caixin de junho ficou em 53,9, uma taxa de expansão mais lenta do que os 57,1 registrados em maio.
No Japão, o PMI de serviços do Jibun Bank caiu de um recorde de 55,9 em maio para 54 em junho.
Shanghai SE (China), -0,69%
Nikkei (Japão), -0,25%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,57%
Kospi (Coreia do Sul), -0,55%
ASX 200 (Austrália), -0,35%
Petróleo
As cotações do petróleo tipo Brent operam com baixa, revertendo parte dos ganhos do dia anterior, devido aos temores de que uma desaceleração econômica global prejudique a demanda por combustível.
Petróleo WTI, +1,45%, a US$ 70,80 o barril
Petróleo Brent, -0,70%, a US$ 75,72 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, o fato mais importante da agenda hoje é a divulgação da ata da última reunião do Fomc (Comitê de Mercado Aberto), que pausou o ciclo de alta de juros. Também são aguardados os dados das encomendas à indústria de maio.
Por aqui, no Brasil, no campo político, estão no radar dos investidores as dificuldades políticas que ameaçam frustrar as expectativas de que a Câmara teria uma semana com grandes avanços na agenda econômica. Parlamentares buscam aparar as arestas para votar a reforma tributária, embora tenha uma ala que já admita que a proposta pode ficar para agosto. Na seara econômica, sai o Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) de junho.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias