Os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas ao redor do mundo operam no campo negativo nesta manhã de quinta-feira (6), com os investidores repercutindo a divulgação da ata do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), que deu indicação de que a maioria dos membros do colegiado espera ao menos uma nova alta na taxa de juros do país até o fim do ano.
Além disso, os analistas esperam pela divulgação de dados do mercado de trabalho americano hoje.
Ainda sobre a taxa de juros, a ferramenta do CME Group aponta para 88,7% de chance de o Fed aumentar a taxa básica em 25 pontos-base neste mês, para o intervalo entre 5,25% e 5,50%. O nível é semelhante ao observado antes da divulgação do relatório.
Outros dados econômicos que serão divulgados hoje nos Estados Unidos são: dados de folhas de pagamento privadas da ADP para junho, relatório JOLTS e pedidos de seguro-desemprego semanal, além de uma leitura do PMI de serviços da S&P Global e do PMI de serviços ISM.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (5) em alta, com investidores repercutindo a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e de olho nos desdobramentos da reforma tributária. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,40%, aos 119.549 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, na volta do feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos, investidores ficaram atentos à divulgação da ata do Fed. No documento divulgado ontem (4), a indicação foi a de que “quase todos” os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) concordaram com a manutenção das taxas feitas pela autarquia em junho, mas mostrou que a maioria ainda espera uma nova alta de pelo menos 0,25 ponto percentual até o final do ano.
Nas negociações do Ibovespa do dia, o dólar teve alta de 0,20% frente ao real, cotado a R$ 4,85 na compra e na venda.
Europa
As bolsas estão em trajetória negativa nesta quinta-feira (6), com investidores digerindo o lento crescimento econômico global.
Entre as notícias que estão sendo repercutidas pelos investidores hoje estão a atividade do setor de serviços da China, que desacelerou consideravelmente em junho.
Já na zona do euro, as vendas do varejo frustraram a projeção de avanço de 0,3% em maio, com estagnação em abril e queda anual de 2,9%. A única notícia que trouxe alívio aos mercados foi a alta inesperada das encomendas à indústria alemã em maio.
FTSE 100 (Reino Unido), -1,08%
DAX (Alemanha), -0,88%
CAC 40 (França), -1,56%
FTSE MIB (Itália), -1,10%
STOXX 600, -1,11%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em com baixa nesta manhã de quinta-feira, com expectativas voltadas para divulgação de importantes dados do mercado de trabalho americano e com a repercussão da ata do Fomc.
Para o relatório JOLTS, o consenso Refinitiv prevê 9,9 milhões de vagas em maio, número menor que o de abril (10,1 milhões). Já a pesquisa ADP deve mostrar a criação de 228 mil empregos no setor privado em junho, de acordo com a média das projeções do mercado. Enquanto pedidos de seguro-desemprego devem atingir a marca de 245 mil solicitações na semana passada.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,44%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,43%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,44%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam no negativo hoje, depois que a ata do Fed revelou que o banco central dos EUA vê mais aumentos de juros pela frente em um ritmo mais lento.
Das notícias da região, o índice Hang Seng, de Hong Kong, liderou as perdas na região, caindo 3% em sua última hora de negociação. Na China continental, o Shanghai Composite caiu 0,54% para fechar em 3.205,57.
Shanghai SE (China), -0,54%
Nikkei (Japão), -1,70%
Hang Seng Index (Hong Kong), -3,02%
Kospi (Coreia do Sul), -0,88%
ASX 200 (Austrália), -1,24%
Petróleo
Os preços do petróleo sobem no pregão de hoje, com a perspectiva de oferta mais apertada com cortes na produção da Arábia Saudita e da Rússia e uma queda maior do que o esperado nos estoques de petróleo dos EUA compensando preocupações com uma lenta recuperação da demanda na China.
Petróleo WTI, +0,61%, a US$ 72,23 o barril
Petróleo Brent, +0,46%, a US$ 77,00 o barril
Agenda
A agenda de hoje tem como destaque os dados do mercado de trabalho norte-americano. Para o relatório JOLTS, o consenso Refinitiv prevê 9,9 milhões de vagas em maio, número menor que o de abril (10,1 milhões). Já a pesquisa ADP deve mostrar a criação de 228 mil empregos no setor privado em junho, de acordo com a média das projeções do mercado.
Por aqui, no Brasil, no campo político, com a agenda de indicadores esvaziada, as atenções seguem voltadas para discussões de pautas econômicas no Congresso Nacional. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pautou a discussão em primeiro turno da reforma tributária no plenário da Casa. A intenção de Lira é votar o mérito da matéria em primeiro turno nesta quinta-feira à noite (6).
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias