Inflação do Reino Unido e dados corporativos dos EUA trazem otimismo aos mercados mundiais nesta manhã de 4ª feira (19)

Inflação do Reino Unido veio abaixo do esperado por analistas. Nos EUA, das 38 empresas do S&P 500 que divulgaram resultados, 82% superaram as expectativas, segundo dados da FactSet.
19 de julho de 2023

A maioria dos mercados mundiais opera em trajetória de alta nesta manhã de quarta-feira (19), com os investidores repercutindo os dados de inflação do Reino Unido e da zona do euro, e aguardando mais balanços corporativos nos Estados Unidos. Tudo isso junto e misturado contribui para que eles possam medir a saúde da economia global e como os bancos centrais devem conduzir as políticas monetárias.

A temporada de balanços do segundo trimestre dos EUA começou de forma bastante positiva. Das 38 empresas do S&P 500 que divulgaram resultados, 82% superaram as expectativas, segundo dados da FactSet.

Esses dados, somados aos da inflação da semana passada, reforçou em analistas o sentimento de que o Fed (Federal Reserve) poderá conduzir a política monetária de modo mais suave.

Para hoje, os analistas aguardam a divulgação dos balanços do segundo trimestre do Goldman Sachs, antes da abertura dos mercados, e da Netflix, Tesla e IBM, depois do fechamento.

Além dos balanços, também está no radar de investidores os dados do mercado imobiliário de junho nos EUA. Espera-se que a construção de novas moradias tenha caído 9,3%.

Na Europa, a inflação anual dos preços ao consumidor no Reino Unido ficou em 7,9% em junho, abaixo da estimativa de consenso de 8,2% e abaixo dos 8,7% de maio.

O índice HICP, que mede os preços ao consumidor da zona do euro, referente ao mês de junho, teve alta anual de 5,5%, em linha com as projeções do consenso Refinitiv, que apontava para uma variação positiva de 5,5% em bases anuais.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (18) em queda, após passar boa parte do pregão oscilando entre leves altas e baixas. Investidores passaram o dia monitorando os mercados internacionais, de olho em dados econômicos e em resultados corporativos norte-americanos. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 0,32%, aos 117.841 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, o dia hoje foi sem grandes novidades no noticiário doméstico. Os investidores continuaram a repercutir os dados do IBC-Br, divulgados pelo Banco Central do Brasil (BC) na segunda-feira. Esse indicador é considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) oficial do país e mostrou que, em maio, a atividade econômica brasileira recuou 2% em relação a abril.

Nas negociações do dia do Ibovespa, a moeda americana fechou próxima da estabilidade, com uma ligeira alta de 0,04%, cotado a R$ 4,808 na compra e R$ 4,809 na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam com alta, depois que a inflação no Reino Unido ficou mais baixa do que o esperado e o indicador que mede os preços ao consumidor da zona do euro permaneceu dentro do esperado.

FTSE 100 (Reino Unido), +1,49%
DAX (Alemanha), +0,26%
CAC 40 (França), +0,60%
FTSE MIB (Itália), +0,22%
STOXX 600, +0,39%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de quarta-feira (19), com investidores à espera de mais resultados corporativos, incluindo os números trimestrais do Goldman Sachs, Netflix, Tesla, IBM e United Airlines, além de dados da construção de novas moradias.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,19%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,07%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,07%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam em alta, com exceção do índice Hang Seng, de Hong Kong. Por lá, os investidores também repercutiram os resultados melhores do que o esperado de Wall Street na véspera.

No Japão, o Nikkei 225 subiu 1,24% e fechou em 32.896 pontos, apesar de o sentimento empresarial entre os fabricantes japoneses ter caído pela primeira vez em seis meses, em julho.

Shanghai SE (China), +0,03%
Nikkei (Japão), +1,24%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,33%
Kospi (Coreia do Sul), +0,02%
ASX 200 (Austrália), +0,55%

Petróleo

As cotações do petróleo operam com alta, impulsionados pela promessa da China de apoiar o crescimento econômico, oferta mais restrita da Rússia e estoques semanais de petróleo bruto mais baixos nos EUA.

Petróleo WTI, +0,50%, a US$ 76,13 o barril
Petróleo Brent, +0,73%, a US$ 80,22 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, a agenda desta quarta-feira tem como destaque os dados imobiliários de junho nos EUA. A expectativa de analistas é de que a construção de novas moradias tenha caído 9,3%.

Por aqui, no Brasil, na seara política, uma eventual proposta do governo para desonerar a folha de pagamentos só deve ser enviada ao Congresso Nacional junto com a segunda fase da reforma tributária, que tratará sobre o Imposto de Renda (IR), disse na última terça-feira (18) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No campo econômico, a agenda de indicadores está esvaziada.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e do InfoMoney

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