A maioria dos mercados mundiais opera em trajetória de alta nesta manhã de quarta-feira (19), com os investidores repercutindo os dados de inflação do Reino Unido e da zona do euro, e aguardando mais balanços corporativos nos Estados Unidos. Tudo isso junto e misturado contribui para que eles possam medir a saúde da economia global e como os bancos centrais devem conduzir as políticas monetárias.
A temporada de balanços do segundo trimestre dos EUA começou de forma bastante positiva. Das 38 empresas do S&P 500 que divulgaram resultados, 82% superaram as expectativas, segundo dados da FactSet.
Esses dados, somados aos da inflação da semana passada, reforçou em analistas o sentimento de que o Fed (Federal Reserve) poderá conduzir a política monetária de modo mais suave.
Para hoje, os analistas aguardam a divulgação dos balanços do segundo trimestre do Goldman Sachs, antes da abertura dos mercados, e da Netflix, Tesla e IBM, depois do fechamento.
Além dos balanços, também está no radar de investidores os dados do mercado imobiliário de junho nos EUA. Espera-se que a construção de novas moradias tenha caído 9,3%.
Na Europa, a inflação anual dos preços ao consumidor no Reino Unido ficou em 7,9% em junho, abaixo da estimativa de consenso de 8,2% e abaixo dos 8,7% de maio.
O índice HICP, que mede os preços ao consumidor da zona do euro, referente ao mês de junho, teve alta anual de 5,5%, em linha com as projeções do consenso Refinitiv, que apontava para uma variação positiva de 5,5% em bases anuais.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (18) em queda, após passar boa parte do pregão oscilando entre leves altas e baixas. Investidores passaram o dia monitorando os mercados internacionais, de olho em dados econômicos e em resultados corporativos norte-americanos. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 0,32%, aos 117.841 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, o dia hoje foi sem grandes novidades no noticiário doméstico. Os investidores continuaram a repercutir os dados do IBC-Br, divulgados pelo Banco Central do Brasil (BC) na segunda-feira. Esse indicador é considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) oficial do país e mostrou que, em maio, a atividade econômica brasileira recuou 2% em relação a abril.
Nas negociações do dia do Ibovespa, a moeda americana fechou próxima da estabilidade, com uma ligeira alta de 0,04%, cotado a R$ 4,808 na compra e R$ 4,809 na venda.
Europa
As bolsas da Europa operam com alta, depois que a inflação no Reino Unido ficou mais baixa do que o esperado e o indicador que mede os preços ao consumidor da zona do euro permaneceu dentro do esperado.
FTSE 100 (Reino Unido), +1,49%
DAX (Alemanha), +0,26%
CAC 40 (França), +0,60%
FTSE MIB (Itália), +0,22%
STOXX 600, +0,39%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de quarta-feira (19), com investidores à espera de mais resultados corporativos, incluindo os números trimestrais do Goldman Sachs, Netflix, Tesla, IBM e United Airlines, além de dados da construção de novas moradias.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,19%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,07%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,07%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam em alta, com exceção do índice Hang Seng, de Hong Kong. Por lá, os investidores também repercutiram os resultados melhores do que o esperado de Wall Street na véspera.
No Japão, o Nikkei 225 subiu 1,24% e fechou em 32.896 pontos, apesar de o sentimento empresarial entre os fabricantes japoneses ter caído pela primeira vez em seis meses, em julho.
Shanghai SE (China), +0,03%
Nikkei (Japão), +1,24%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,33%
Kospi (Coreia do Sul), +0,02%
ASX 200 (Austrália), +0,55%
Petróleo
As cotações do petróleo operam com alta, impulsionados pela promessa da China de apoiar o crescimento econômico, oferta mais restrita da Rússia e estoques semanais de petróleo bruto mais baixos nos EUA.
Petróleo WTI, +0,50%, a US$ 76,13 o barril
Petróleo Brent, +0,73%, a US$ 80,22 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, a agenda desta quarta-feira tem como destaque os dados imobiliários de junho nos EUA. A expectativa de analistas é de que a construção de novas moradias tenha caído 9,3%.
Por aqui, no Brasil, na seara política, uma eventual proposta do governo para desonerar a folha de pagamentos só deve ser enviada ao Congresso Nacional junto com a segunda fase da reforma tributária, que tratará sobre o Imposto de Renda (IR), disse na última terça-feira (18) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No campo econômico, a agenda de indicadores está esvaziada.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e do InfoMoney