Índices futuros em alta e bolsas sem direção definida, com eleições na Espanha e reuniões do Fed e do BCE no radar dos investidores

No Brasil, o Ministério do Planejamento divulga o relatório de avaliação de receitas e despesas primárias do segundo bimestre de 2023, que será comentado em entrevista coletiva às 14h.
21 de julho de 2023

Enquanto as bolsas mundiais operam sem direção única, os índices futuros dos Estados Unidos têm trajetória de alta nesta manhã de sexta-feira (21), em dia de agenda de indicadores esvaziada, tanto lá fora quanto no Brasil.

Com isso, os investidores já estão de olho na próxima semana, em meio às expectativas pelas decisões de política monetária do Fed (Federal Reserve) e do BCE (Banco Central Europeu), além do PIB (Produto Interno Bruto) e inflação PCE nos EUA.

Os últimos dados darão mais subsídios a respeito dos próximos passos da política monetária do Fed, com foco nas decisões sobre as taxas de juros. A expectativa é de que o Banco Central dos EUA diminua o ritmo de ajustes, após a pausa da última reunião.

Em outra frente, a temporada de balanços norte-americana continua superando expectativas, com 73% das empresas do S&P 500 tendo superado as expectativas dos analistas, de acordo com dados do FactSet.

Na Ásia, os mercados fecharam sem direção definida, com investidores digerindo os números do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Japão para junho. A taxa básica de inflação do país (exclui os custos de alimentos frescos) ficou em 3,3%, em linha com as expectativas de analistas.

Na Europa, os índices também operam sem direção única, com investidores digerindo uma nova rodada de resultados corporativos e antecipando uma eleição importante na Espanha neste fim de semana.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (20) em alta. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,45%, aos 118.083 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, o Itaú Unibanco ficou entre os principais suportes do dia, em pregão que marcou a véspera do vencimento de opções sobre ações. Os papéis do banco avançaram 1,86% neste pregão.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar fechou em alta de 0,36% frente ao real, a R$ 4,802 na compra e a R$ 4,803 na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam sem direção definida, com investidores repercutindo resultados corporativos e o cenário político, como as eleições que ocorrerão no fim de semana na Espanha e no Reino Unido.

Ontem (20), o Partido Conservador do primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, sofreu um duro golpe em uma série de eleições parciais durante a noite, perdendo duas cadeiras no parlamento para o principal partido da oposição, o Partido Trabalhista, e o centrista Liberal Democrata. Os resultados foram ameaçadores para o partido governista de Sunak, que se prepara para uma eleição geral em 2024.

No domingo (23), será a vez dos eleitores espanhóis irem às urnas para uma eleição geral, que pode encerrar o mandato de quatro anos do primeiro-ministro esquerdista Pedro Sanchez e marcar uma mudança para a direita na sexta maior economia da Europa.

No aspecto econômico, as vendas no varejo do Reino Unido aumentaram 0,7% mês a mês em junho, bem acima dos 0,2% previstos por analistas.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,05%
DAX (Alemanha), -0,42%
CAC 40 (França), +0,19%
FTSE MIB (Itália), +0,13%
STOXX 600, +0,01%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA registram ganhos nesta manhã de sexta-feira e o Dow Jones e o S&P 500 estão a caminho de terminar a semana em alta, enquanto o Nasdaq deve terminar em queda.

Os rendimentos do Tesouro dos EUA caíram ligeiramente na sessão de hoje, com os investidores avaliando as perspectivas para política monetária e especialmente as taxas de juros antes da reunião do Fed (Federal Reserve) na próxima semana.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,11%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,22%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,41%

Ásia

As bolsas da região fecharam sem direção única hoje, com investidores digerindo uma leve alta da inflação no Japão no mês de junho antes da reunião do Banco Central japonês (BOJ, na sigla em inglês) na próxima semana.

A taxa básica de inflação do Japão (excluindo os custos de alimentos frescos) ficou em 3,3%, em linha com as expectativas do consenso Refinitiv. Isso é ligeiramente superior ao valor de 3,2% de maio e também acima da meta de 2% do Banco do Japão.

Shanghai SE (China), -0,06%
Nikkei (Japão), -0,57%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,78%
Kospi (Coreia do Sul), +0,37%
ASX 200 (Austrália), -0,15%

Petróleo

As cotações do petróleo operam com alta, à medida que os mercados avaliam estoques de petróleo bruto mais baixos nos EUA e aumentos nas taxas de juros contra dados econômicos fracos da China que podem limitar a demanda.

Petróleo WTI, +0,69%, a US$ 76,17 o barril
Petróleo Brent, +0,65%, a US$ 80,16 o barril

Agenda

A semana termina sem a divulgação de indicadores relevantes no exterior.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assinar entre hoje (21) e segunda-feira (24) a Medida Provisória (MP) para regulamentar o mercado de apostas esportivas no Brasil. A taxação das apostas esportivas é uma das estratégias do governo para aumentar a arrecadação federal. Na seara econômica, o Ministério do Planejamento divulga o relatório de avaliação de receitas e despesas primárias do segundo bimestre de 2023 (13h30), que será comentado em entrevista coletiva às 14h.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.