Mercados mundiais operam no campo positivo, embalados pela decisão do Fed sobre os juros

Para esta quinta-feira (27), é aguardada a divulgação sobre os juros da zona do euro. O BCE (Banco Central Europeu) também deve elevar a taxa em 0,25 p.p., conforme esperado por analistas e investidores.
27 de julho de 2023

Um dia depois da decisão do Fed (Federal Reserve), de elevar a taxa de juros dos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual, conforme esperado por analistas e investidores, os mercados mundiais operam, nesta manhã (27), no campo positivo.

Para esta quinta-feira, os investidores aguardam novos dados econômicos nos Estados Unidos, incluindo pedidos iniciais de auxílio-desemprego, de bens duráveis ​​em junho, uma leitura preliminar do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre e vendas pendentes de residências.

Na véspera, após o anúncio da decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que os juros podem voltar a subir em setembro, uma vez que alguns dados econômicos ainda se mostram resilientes, como o mercado de trabalho norte-americano.

Para esta quinta-feira, é aguardada a divulgação sobre os juros da zona do euro. O BCE (Banco Central Europeu) também deve elevar a taxa em 0,25 p.p., conforme esperado por analistas e investidores. Os juros no bloco econômico, atualmente em 3,5% ao ano, estão no maior patamar em 22 anos.

Ainda nos Estados Unidos, os investidores também repercutem dados corporativos.  Ontem, os papéis da Meta, dona do Facebook, saltaram quase 7% no after hours, após resultados melhores do que o esperado e forte orientação.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (26) em alta, após a elevação da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch Ratings e com a repercussão da decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,45%, aos 122.560 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, o grande destaque do dia ficou mesmo com a elevação do patamar de juros dos EUA pelo Federal Reserve, que decidiu aumentar a taxa básica norte-americana em 0,25 ponto percentual, para uma faixa de 5,25% a 5,50%, o maior patamar em 22 anos.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar recuou 0,46% frente ao real e fechou em R$ 4,72, no menor patamar desde abril de 2022.

Europa

As bolsas da Europa operam com alta generalizada, com investidores digerindo o aumento dos juros dos Estados Unidos ontem e se preparando para mais uma decisão de juros do Banco Central Europeu, nesta quinta-feira.

Os analistas esperam um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa da zona do euro hoje, uma vez que a economia da região continua dando alertas preocupantes.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,30%
DAX (Alemanha), +0,95%
CAC 40 (França), +1,53%
FTSE MIB (Itália), +1,25%
STOXX 600, +1,05%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de quinta-feira, com investidores avaliando os rumos da política monetária no país após o Fed elevar os juros para o maior patamar em mais de 22 anos.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,14%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,55%
Nasdaq Futuro (EUA), +1,19%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam em alta, com exceção da Bolsa de Shanghai, na China, depois que o Fed elevou as taxas de juros para seu nível mais alto em mais de 22 anos, deixando a porta aberta para mais aperto.

Na frente de dados locais, os lucros anuais arrecadados pelas empresas industriais da China caíram 16,8% no acumulado do ano, pelo sexto mês consecutivo.

Shanghai SE (China), -0,20%
Nikkei (Japão), +0,68%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,41%
Kospi (Coreia do Sul), +0,44%
ASX 200 (Austrália), +0,73%

Petróleo

As cotações do petróleo sobem nesta quinta-feira, com expectativa de aperto na oferta compensando preocupações com aumentos de taxas de juros.

Petróleo WTI, +0,94%, a US$ 79,52 o barril
Petróleo Brent, +0,78%, a US$ 83,57 o barril

Agenda

Na agenda internacional desta quinta-feira, o destaque é a decisão de política monetária do BCE (Banco Central Europeu). O consenso Refinitiv prevê mais um ajuste para cima em 25 pontos-base.

Nos Estados Unidos, a agenda macroeconômica traz ainda a primeira leitura do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre de 2023. O consenso Refinitiv prevê alta de 1,6%. Também está prevista a divulgação dos pedidos de seguro-desemprego semanais.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse ontem (26) que há espaços para os senadores fazerem ajustes na versão da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que trata da reforma tributária dos impostos sobre o consumo aprovada pela Câmara dos Deputados (PEC 45/2019). Na seara econômica, hoje serão divulgados os dados do emprego do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), referente ao mês de junho.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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