Em dia de divulgação do payroll, relatório de empregos nos Estados Unidos, os índices futuros e as bolsas mundiais estão operando no campo positivo, nesta manhã de sexta-feira (4), revertendo o movimento negativo da véspera.
O consenso Refinitiv, com a média das projeções do mercado, aponta para a criação de 200 mil empregos formais no mês passado e que a taxa de desemprego, mais uma vez, tenha se mantido em 3,6%.
Ontem, as bolsas de Nova York fecharam em baixa ainda repercutindo o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela agência Fitch Ratings. Mas, após a divulgação do resultado corporativo acima das expectativas da varejista online Amazon no after market, os mercados amanhecem hoje operando positivamente.
Ainda sobre ontem, um salto nos rendimentos no Tesouro dos EUA de 10 anos pesou sobre as ações na sessão, com os três principais índices fechando em baixa.
Apesar da valorização de hoje, os três principais índices estão a caminho de terminar a semana em baixa.
Na Europa, as bolsas operam com alta hoje, com os investidores digerindo o aumento das taxas de juros do Banco da Inglaterra (BoE), ontem (3), em 0,25 ponto percentual, para 5,25% ao ano, em linha com as projeções de analistas.
Trata-se da maior alta em 15 anos, enquanto os formuladores de políticas tentam combater a inflação persistente.
Na Ásia, a maioria dos mercados também fechou em alta, repercutindo o movimento das ações da região.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (3) em queda, após passar boa parte do pregão oscilando entre altas e baixas. O principal índice da Bolsa brasileira fechou em baixa de 0,32%, aos 120.859 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores passaram o dia repercutindo a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, que reduziu a taxa Selic em 0,50 ponto percentual (p.p.), levando a taxa de 13,75% para 13,25% ao ano.
Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar fechou em alta de 1,94% frente ao real, cotado a R$ 4,898 na compra e a R$ 4,899 na venda.
Europa
As bolsas da Europa operam com alta nesta sexta-feira, com os investidores digerindo o aumento das taxas do Banco da Inglaterra (BoE), ontem (3), em 0,25 ponto percentual.
Por lá, os investidores também estão atentos a uma série de resultados de bancos europeus hoje.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,07%
DAX (Alemanha), +0,18%
CAC 40 (França), +0,43%
FTSE MIB (Itália), +0,24%
STOXX 600, +0,16%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam com ganhos nesta manhã de sexta-feira, com investidores repercutindo os resultados da Amazon acima do esperado, enquanto aguardam pelo relatório de emprego (payroll) de julho.
Analistas esperam que o crescimento lento nos salários por hora possa sinalizar ao Fed (Federal Reserve) que os aumentos anteriores das taxas de juros tiveram os efeitos pretendidos na economia.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,19%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,38%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,51%
Ásia
A maioria dos mercados da Ásia fechou no positivo, exceto o Kospi, da Coreia do Sul. Por lá, os investidores repercutiram o aumento dos rendimentos dos títulos americanos de 10 anos, que continou a pressionar as ações após o rebaixamento do crédito dos EUA.
Na frente de dados, as vendas no varejo de Cingapura subiram 1,1% em relação ao ano anterior em junho, marcando o quarto mês consecutivo de desaceleração do crescimento.
O Nikkei, do Japão, subiu 0,1%, e terminou o dia em 32.192,75, enquanto o Kospi da Coreia do Sul fechou em baixa de 0,1%, estendendo sua seqüência de derrotas para três dias,
Shanghai SE (China), +0,23%
Nikkei (Japão), +0,10%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,61%
Kospi (Coreia do Sul), -0,10%
ASX 200 (Austrália), +0,19%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com alta e caminham para a sexta alta semanal, depois que a Arábia Saudita e a Rússia, segundo e terceiro maiores produtores de petróleo do mundo, prometeram reduzir a produção até o mês que vem.
Petróleo WTI, +0,38%, a US$ 81,86 o barril
Petróleo Brent, +0,35%, a US$ 85,44 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, os investidores aguardam a divulgação do payroll do mês de julho, que vai ser apresentado pelo Departamento de Trabalho dos EUA, às 9h30 (horário de Brasília). O consenso Refinitiv prevê a criação de 200 mil empregos formais no mês passado e que a taxa de desemprego tenha se mantido em 3,6%.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reconheceu ontem (3) que o texto da reforma tributária aprovada na Casa não chegou a agradar a todos, mas destacou que ele tem uma “espinha dorsal”. Ele pontuou que cabe ao relator da matéria no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), aprimorar o texto. Na seara econômica, a agenda de indicadores está esvaziada nesta sexta-feira.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias