Dados da China derrubam os índices futuros e os mercados mundiais nesta manhã de 3ª feira (8)

No Brasil, o Copom divulga, nesta terça-feira, a ata da última reunião, em que numa decisão apertada o colegiado reduziu a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, de 13,75% para 13,25% ao ano.
8 de agosto de 2023

Os índices futuros e os mercados mundiais amanhecem operando no campo negativo, nesta terça-feira (8), com os investidores repercutindo dados da balança comercial da China bem abaixo do esperado e aguardando a divulgação dos índices de inflação no final da noite.

A China registrou queda de 14,5% em relação ao ano anterior nas exportações, enquanto as importações caíram 12,4% em relação ao ano anterior. Analistas esperavam queda de 12,5% nas exportações e de 5% nas importações.

Nos Estados Unidos, são aguardados para hoje discursos de membros do Fed (Federal Reserve), que poderão sinalizar os próximos passos da autoridade monetária na definição dos juros, e dados da balança comercial do país.

Porém, o dado mais aguardado da semana é o relatório do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, que será divulgado na quinta-feira (10), indicador que poderá dar uma dimensão a analistas das próximas diretrizes da política monetária.

No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) divulga, nesta terça-feira, a ata da última reunião, em que numa decisão apertada o colegiado reduziu a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, de 13,75% para 13,25% ao ano.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (7) em baixa, acompanhando um dia de maior aversão global aos ativos de risco. O movimento vem em meio ao crescente receio do mercado com as perspectivas de que os Estados Unidos possam passar por um período de recessão econômica. Com esse cenário, o principal índice da Bolsa brasileira recuou 0,11%, aos 119.380 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, expectativas pela divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e de dados de inflação no Brasil e nos EUA também ficaram no radar, bem como os balanços corporativos previstos para a semana.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar ganhou 0,40% frente ao real, negociado a R$ 4,894 na compra e a R$ 4,895 na venda.

Europa

As bolsas da Europa registram queda generalizada nesta terça-feira, enquanto investidores aguardam dados importantes sobre a inflação, previstos para o final desta semana.

Outra notícia que mexeu com os mercados na região foi a decisão do governo italiano de instituir um imposto de 40% sobre os lucros extras de bancos para o restante de 2023.

O vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, disse, em entrevista coletiva ontem (7), que os recursos arrecadados com a taxação serão usados para cortar impostos e oferecer apoio financeiro aos detentores de hipotecas.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,17%
DAX (Alemanha), -0,31%
CAC 40 (França), -0,25%
FTSE MIB (Itália), -1,58%
STOXX 600, -0,23%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam com baixa, com os investidores avaliando as perspectivas para a política monetária do Fed (Federal Reserve) antes dos comentários dos membros do BC americano hoje e dos principais dados de inflação esperados para esta semana.

No campo corporativo, a temporada balanços tem sido melhor do que o esperado. Aproximadamente 85% das ações do S&P 500 relataram resultados trimestrais e quase 80% delas superaram as expectativas de Wall Street, de acordo com o FactSet.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,24%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,32%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,35%

Ásia

A maioria das bolsas da Ásia fechou em baixa, depois dos dados econômicos decepcionantes divulgados pela China. O gigante asiático registrou queda de 14,5% nas exportações em julho, em relação ao ano anterior, e queda de 12,4% nas importações.

No Japão, os gastos das famílias caíram 4,2% na comparação anual em junho, uma queda mais acentuada do que os 4% registrados em maio, refletindo o quarto mês consecutivo de queda, segundo dados oficiais.

Shanghai SE (China), -0,25%
Nikkei (Japão), +0,38%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,81%
Kospi (Coreia do Sul), -0,26%
ASX 200 (Austrália), +0,03%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com baixa, depois que a China, maior importador de petróleo do mundo, divulgou dados econômicos abaixo do esperado, em mais um sinal de uma lenta recuperação pós-Covid.

Petróleo WTI, -1,03%, a US$ 81,10 o barril
Petróleo Brent, -1,05%, a US$ 84,44 o barril

Agenda

Para esta terça-feira, são aguardados discursos de membros do Fed e dados da balança comercial dos EUA.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o TCU (Tribunal de Contas da União) está iniciando uma auditoria para analisar a tributação de renda no Brasil, próxima fase das mudanças no sistema de impostos que vai ser tocada pelo governo Lula. Segundo o órgão, o objetivo é “avaliar a tributação sobre a renda no país a partir de padrões internacionais que orientam sobre como o sistema tributário poderá contribuir para a criação de uma sociedade justa, abordando os aspectos da neutralidade e equidade”. O relator será o ministro Augusto Nardes. Na seara econômica, o Copom (Comitê de Política Monetária) vai ser divulgada, nesta terça-feira, a ata da última reunião, em que o colegiado reduziu a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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