O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) anunciaram, na segunda-feira (18), chamada pública, no valor de quase R$ 12 milhões, para aprimorar o sistema de emissão de alertas de risco de inundações e deslizamentos de terra. O edital visa a fomentar pesquisas que contribuam para o desenvolvimento de ferramentas para emissão de alertas em duas linhas de atuação: “Pesquisa de curto prazo e eventos hidrológicos” e “Previsão de curto prazo e eventos geodinâmicos”, informa a reportagem publicada no jornal O Estado de S Paulo. O prazo para submissão de propostas é 16 de outubro, e a divulgação dos resultados está prevista para dezembro.
Emissão de gases do efeito estufa, poluentes, extinção em massa de espécies, desmatamentos, vastidão de áreas para pasto e monoculturas. Tudo isso passa a ter relevância fundamental na dinâmica climática do planeta, provocando esses eventos climáticos
O Painel Intergovernamental sobre IPCC (Mudanças Climáticas da ONU) divulgou estudo em fevereiro do ano passado sobre impactos dos eventos climáticos. Entre as mais de 2.500 páginas do levantamento está a previsão de chuvas mais concentradas e menos regulares no Brasil, com mais impacto na região Sudeste. O artigo cita, expressamente, “aumento de temporais e inundações” na região.
No início de setembro, a passagem de um ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul deixou 47 mortos no Estado. Também como efeito direto das mudanças climáticas, uma massa de ar extremamente quente vai cobrir o Brasil nos próximos dias e altas temperaturas, com marcas próximas de 40ºC, devem ser registradas nos Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Rondônia, Amazonas, Pará, Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão e no Distrito Federal.
Desafios para prever a ocorrência de desastres naturais, como inundações e deslizamentos, no Brasil, é a curta duração dos eventos
Na entrevista para a reportagem do jornal o Estado de S Paulo, o diretor do Departamento para o Clima e Sustentabilidade do MCTI, Osvaldo Moraes, explicou que um dos maiores desafios para prever a ocorrência de desastres naturais, como inundações e deslizamentos, no Brasil, atualmente, é a curta duração dos eventos. O diretor disse que esses eventos possuem baixa previsibilidade nos modelos numéricos e o Brasil ainda não possui um serviço operacional de previsão nestas escalas.
Segundo Moraes, na notícia publicada, os projetos serão desenvolvidos em rede e acompanhados por um conselho. O objetivo é que tais produtos auxiliem a atuação dos serviços de alerta de desastres e, também, a preparação para esses eventos de inundações e deslizamentos, por exemplo.
Por meio do edital, o objetivo é fomentar o desenvolvimento de produtos que possam ser aplicados, principalmente, para enxurradas, inundações e deslizamentos de encostas. Os projetos serão desenvolvidos em rede e serão acompanhados, rotineiramente, por um conselho avaliador, explicou o diretor na reportagem publicada pelo jornal O Estado de S Paulo.
Redação ICL Economia
Com informações do jornal O Estado de S Paulo e das agências de notícias