Produção industrial varia 0,1% em setembro

Entre as atividades, a influência positiva mais importante veio de indústrias extrativas, que avançou 5,6% no mês, após acumular perda de 5,6% no período julho-agosto de 2023
1 de novembro de 2023

Em setembro de 2023, a produção industrial nacional variou 0,1% frente a agosto, na série com ajuste sazonal. Em relação a setembro de 2022, na série sem ajuste sazonal, houve alta de 0,6%. O acumulado no ano foi de –0,2% e o acumulado em 12 meses apresentou variação nula (0,0%).

Na comparação com agosto de 2023, somente uma das quatro grandes categorias econômicas e cinco dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram crescimento na produção. Entre as atividades, a influência positiva mais importante veio de indústrias extrativas, que avançou 5,6% no mês, após acumular perda de 5,6% no período julho-agosto de 2023.

Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos químicos (1,5%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,5%).

Por outro lado, entre as 20 atividades com redução na produção, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-16,7%), máquinas e equipamentos (-7,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,1%) exerceram os principais impactos negativos, com a primeira interrompendo dois meses de alta, período em que acumulou ganho de 30,2%; e as duas últimas voltando a recuar após os avanços no mês anterior: 4,9% e 5,7%, respectivamente.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens intermediários (0,3%) foi a única taxa positiva em setembro de 2023 e interrompeu quatro meses consecutivos de queda, período em que acumulou perda de 1,4%.

Por outro lado, o setor de bens de consumo duráveis (-4,3%) assinalou a queda mais intensa nesse mês e eliminou parte do avanço de 7,9% registrado em agosto. Os segmentos de bens de capital (-2,2%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-1,4%) também mostraram resultados negativos, com o primeiro voltando a recuar após crescer 4,5% no mês anterior; e o segundo eliminando parte da expansão de 4,1% verificada no período junho-agosto de 2023.

Média móvel trimestral apresenta variação nula (0,0%)

Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação nula (0,0%) no trimestre encerrado em setembro de 2023 frente ao nível do mês anterior, repetindo, dessa forma, os resultados de agosto e julho últimos.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na série com ajuste, bens de capital (-1,8%) apontou a taxa negativa mais acentuada nesse mês e manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2023.

Os segmentos de bens de consumo duráveis (-0,3%) e de bens intermediários (-0,2%) também assinalaram resultados negativos em setembro de 2023, com o primeiro no quarto mês seguido de queda e acumulando redução de 1,9% nesse período; e o segundo permanecendo com a trajetória descendente desde maio de 2023.

Já o setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (0,6%) mostrou a única taxa positiva nesse mês, após avançar em agosto (1,4%), julho (0,5%) e junho (0,3%) últimos.

Frente a setembro de 2022, produção industrial sobe 0,6%

Na comparação com igual mês de 2022, o setor industrial avançou 0,6% em setembro de 2023, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 10 dos 25 ramos, 28 dos 80 grupos e 38,8% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que setembro de 2023 (20 dias) teve 1 dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (21).

As principais influências positivas no total da indústria foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (11,3%), indústrias extrativas (9,1%) e produtos alimentícios (6,7%). Vale destacar também a contribuição positiva assinalada pelo ramo de impressão e reprodução de gravações (17,3%).

Por outro lado, ainda na comparação com setembro de 2022, entre as quinze atividades que apontaram redução na produção, veículos automotores, reboques e carrocerias (-15,8%) e máquinas e equipamentos (-12,4%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria. Outros impactos negativos importantes foram assinalados por máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-11,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,0%), produtos químicos (-3,0%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-10,0%), couro, artigos para viagem e calçados (-13,4%), produtos de metal (-6,9%), produtos de minerais não metálicos (-6,6%), produtos diversos (-12,3%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,2%).

No ano, houve altas em bens semi e não duráveis (2,8%) e bens intermediários (1,2%)

Entre as grandes categorias econômicas, ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo semi e não duráveis (2,8%) e bens intermediários (1,2%) assinalaram, em setembro de 2023, as expansões entre as grandes categorias econômicas. Por outro lado, os setores produtores de bens de consumo duráveis (-3,0%) e de bens de capital (-12,9%) registraram as taxas negativas nesse mês.

O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis mostrou avanço de 2,8% em setembro de 2023 frente a igual período do ano anterior, segunda taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação.

A produção de bens intermediários cresceu 1,2% em setembro de 2023 frente a igual período do ano anterior, segunda taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento bens de consumo duráveis recuou 3,0% em setembro de 2023, após avançar 2,8% em agosto último, quando interrompeu dois meses de taxas negativas consecutivas nesse tipo de comparação.

O setor produtor de bens de capital mostrou queda de 12,9% em setembro de 2023 frente a igual período do ano anterior, sexta taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação.

Acumulado no ano tem variação negativa de 0,2%

O índice acumulado para janeiro-setembro de 2023, frente a igual período do ano anterior, assinalou redução de 0,2%, com resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 17 dos 25 ramos, 52 dos 80 grupos e 56,8% dos 789 produtos pesquisados. As principais influências negativas vieram de produtos químicos (-7,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-5,8%), máquinas e equipamentos (-6,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-11,1%) e produtos de minerais não metálicos (-7,4%).

Vale destacar também as contribuições negativas assinaladas pelos ramos de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-9,2%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,9%), de produtos de madeira (-12,1%), de metalurgia (-2,6%), de produtos de metal (-3,5%) e de produtos diversos (-8,2%).

Já entre as oito atividades com expansão na produção, ainda na comparação com janeiro-setembro de 2022, indústrias extrativas (6,0%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,8%) e produtos alimentícios (3,9%) exerceram as maiores influências sobre a média da indústria. Outros impactos positivos importantes vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,4%) e outros equipamentos de transporte (12,3%).

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os nove meses de 2023 mostrou menor dinamismo para bens de capital (-10,4%), pressionada, em grande parte, pelas reduções na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (-12,6%), para energia elétrica (-28,3%) e para fins industriais (-7,5%). O setor produtor de bens intermediários (-0,3%) também assinalou resultado negativo e com perda ligeiramente mais intensa do que a verificada na média da indústria (-0,2%).

Por outro lado, o segmento de bens de consumo duráveis (3,2%) apontou o avanço mais acentuado no período janeiro-setembro de 2023, impulsionado, em grande medida, pela maior produção de eletrodomésticos (8,9%), de automóveis (3,2%) e de motocicletas (13,4%). O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (1,8%) também mostrou crescimento no indicador acumulado no ano.

Da Agência de Notícias do IBGE

 

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