O Ibovespa fechou com alta de 0,64%, nesta terça-feira (28), retomando a casa dos 126 mil pontos (126.538 pontos), próximo da máxima do ano.
O principal índice da bolsa brasileira reagiu aos indicadores econômicos divulgados por aqui, sendo o principal deles o IPCA-15, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Considerado uma prévia da inflação oficial, o indicador registrou alta de 0,33% em novembro, acima do consenso. O índice ficou 0,12 ponto percentual (p.p.) acima do que foi registrado em outubro (0,21%).
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,30% e, em 12 meses, de 4,84%, abaixo dos 5,05% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2022, a taxa foi de 0,53%.
Apesar do avanço, a leitura do mercado é de que o processo de desinflação segue em curso e corrobora para a continuidade dos cortes na taxa Selic pelo Banco Central.
No âmbito político, a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado aprovou novos indicados do governo Lula para a diretoria do Banco Central. Os indicados agora serão submetidos à sabatina do plenário da Casa. São eles Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira.
No mercado externo, os investidores também acompanharam as declarações de dirigentes do BCE (Banco Central Europeu), entre eles, a presidente da instituição, Christine Lagarde.
Nos EUA, saíram o índice de confiança do consumidor, que veio acima do esperado. Houve também falas de membros do Fed (Federal Reserve), como o diretor Christopher Waller, que afirmou que a economia norte-americana começou a dar sinais de desaceleração e que a política monetária está contribuindo para a melhoria da inflação.
As falas do dirigente reforçaram a expectativa de manutenção dos juros na maior economia do mundo, o que pode ser lido como certo alívio da política mais restritiva.
O dólar encerrou o dia a R$ 4,8719, com baixa de 0,57%, no mercado à vista.
Destaques do Ibovespa
O destaque positivo foi a Vibra (VBBR3), que esteve novamente entre as ações mais negociadas do dia. Os papéis da empresa tiveram alta de 0,78%, refletindo a proposta de fusão feita ontem (27) pela Eneva (ENEV3), que hoje caiu 3,06%.
Após fechamento do mercado, a Vibra soltou comunicado dizendo que analisou a proposta da Eneva e que a relação de troca é “injustificável”, com termos sem “qualquer atratividade” para os seus acionistas. Mas se a Eneva melhorar a proposta, o assunto pode voltar à mesa novamente.
Na ponta negativa, a rede Magazine Luiza (MGLU3) caiu hoje pela terceira sessão seguida (-2,55%). O papel não tem respondido nem mesmo aos DIs (juros futuros), que hoje encerraram em queda na sua ponta longa, ou aos resultados mais moderados da inflação, como foi hoje o IPCA-15 de novembro.
Mercado externo
As bolsas de Nova York encerraram o pregão com alta. O otimismo tomou conta dos mercados após declarações do diretor do Fed, Christopher Waller, indicarem que os juros podem ter chegado ao seu pico.
O Dow Jones fechou com alta de 0,24%, aos 35.416,98 pontos; o S&P 500, +0,10%, aos 4.554,89 pontos; e o Nasdaq, +0,29%, aos 14.281,76 pontos.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias