O Ibovespa encerrou o pregão, desta quarta-feira (29), em baixa de 0,29%, aos 126.165 pontos, acompanhando o desenrolar de diversos assuntos, tanto no Brasil quanto no exterior.
No campo corporativo, houve recuo de 1,04% da Petrobras (PETR4) na véspera da assembleia geral extraordinária, que tem a provisão de dividendos como pauta. A estatal é um dos maiores ativos do Ibovespa e, portanto, contribuiu para puxar o índice para baixo.
Além disso, foram divulgados hoje alguns indicadores econômicos, como o IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado), que acelerou a 0,59% em novembro, ante 0,50% em outubro; o ICS (Índice de Confiança de Serviços) do FGV IBRE, que caiu 0,9 ponto em novembro, para 94,4 pontos; e o ICOM (Índice de Confiança do Comércio) do FGV IBRE, que também recuou pelo terceiro mês consecutivo em novembro, agora em 2,7 pontos, para 86,5 pontos.
Ainda, o STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou que os estados podem cobrar o diferencial de alíquota do ICMS desde abril de 2022, por seis votos favoráveis a cinco contra; o Senado aprovou, de forma simbólica, a proposta que prevê a taxação dos fundos exclusivos e de offshores. O texto agora vai à sanção presidencial; e, por fim, o Tesouro Nacional divulgou novos números das contas públicas.
A dívida pública federal (DPF) encerrou outubro em R$ 6,172 trilhões, uma alta de 1,58% em relação a setembro. O impacto dos juros na DPF é de R$ 50,66 bilhões no mês.
No exterior, os investidores nos Estados Unidos também reagiram a uma série de dados econômicos. A leitura do PIB (Produto Interno Bruto) do país apontou crescimento de 5,2% no terceiro trimestre na base anual.
Já o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), indicador preferido do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) para inflação, avançou 2,8% entre julho e setembro, também na comparação anual.
Por fim, o Livro Bege reforçou a perspectiva de que os juros nos Estados Unidos já atingiram o pico e que o Fed deve mantê-los na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano na próxima reunião, prevista para 13 de dezembro. O mercado já precifica um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros em março.
O dólar fechou a R$ 4,8876, com avanço de 0,32%, no mercado à vista.
Destaques do Ibovespa
Na ponta positiva, os papéis da Lojas Renner (LREN3) operou o dia entre as maiores altas, subindo 4,14%. O motivo foi uma fala do presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, de que “o próximo passo é taxar compras internacionais de até US$ 50″.
Essa foi a mesma razão que impulsionou outros papéis do varejo, como Guararapes (GUAR3), que disparou 4,54%; e C&A (CEAB3), que avançou 4,64%:
Na ponta negativa, Gol (GOLL4) recuou 5,16% após o Citi rebaixar a recomendação para o papel da companhia aérea de neutra/alto risco para venda/alto risco.
Mercado externo
A despeito das indicações de que as taxas de juros nos Estados Unidos atingiram o pico, na reta final da sessão, as bolsas de Nova York zeraram os ganhos do dia e encerraram em queda em sua maioria.
O S&P 500 caiu 0,09%, a 4.550,58 pontos; o Dow Jones subiu 0,04% a 35.430,42 pontos; e a Nasdaq também fechou em baixa de 0,16%, 14.258,49 a pontos.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias