Pelo terceiro dia consecutivo, os mercados mundiais amanhecem otimistas. Nesta sexta-feira (15), os investidores continuam repercutindo as indicações de que o Fed (Federal Reserve) começará, no próximo ano, o ciclo de redução das taxas de juros e, principalmente, o fato de que o Dow Jones renovou sua máxima histórica na véspera.
Os principais índices dos EUA caminham para a sétima semana consecutiva no azul. O Dow Jones acumula alta de 2,8% na semana. Já o S&P 500 subiu 2,5%, enquanto o Nasdaq Composite subiu 2,5% esta semana.
Na avaliação dos agentes dos mercados, os EUA alcançarão um pouso suave da economia, dando ao Fed espaço para se orientar em direção a cortes nas taxas mais cedo do que o esperado.
Para hoje, os investidores estadunidenses acompanham a divulgação da produção industrial de novembro, que deve trazer alta de 0,3% em relação ao mês anterior, conforme o consenso LSEG.
Na Europa, as bolsas também operam no azul, após o BCE (Banco Central Europeu) e o BoE (Banco da Inglaterra) terem mantido suas taxas de juros estáveis.
Na Ásia, somente o índice Shanghai SE (China) fechou em baixa de 0,56%, após o governo chinês ter anunciado que a produção industrial em novembro expandiu ao ritmo mais rápido desde fevereiro do ano passado, mas o crescimento das vendas no varejo ficou aquém das expectativas.
Por aqui, sai hoje o IGP-10, mas os investidores ficarão de olho mesmo nas movimentações em Brasília. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou ontem (14), em plenário, que a reforma tributária deverá ser analisada nesta sexta-feira (15).
Brasil
O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira (14) com alta de 1,06%, aos 130.842 pontos. É o maior patamar da história, superando o recorde nominal de 130.776,27 pontos alcançado em 7 de junho de 2021. De segunda-feira (11) até ontem, o principal índice da B3 avançou 2,95%.
O principal indicador da bolsa brasileira manteve o otimismo da quarta-feira (13), após as decisões do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) e do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central sobre as taxas de juros terem trazido ânimo aos mercados.
Nos primeiros minutos do pregão de ontem, o Ibovespa chegou a bater o recorde intradiário ao alcançar os 131.259 pontos, mas arrefeceu ao longo do dia.
Além de repercutirem o movimento da antevéspera, os investidores acompanharam a movimentação em Brasília, com a votação de propostas importantes para o governo.
Nas negociações do dia, o dólar à vista terminou o dia a R$ 4,9151, com recuo de 0,12%.
Europa
As bolsas europeias também operam no terreno positivo hoje e caminham para encerrar a semana no azul após várias de decisões política monetária dos principais bancos centrais.
Ontem (14), o BoE (Banco da Inglaterra) e o BCE (Banco Central Europeu) mantiveram suas respectivas taxas de juros inalteradas. Mas, ao contrário do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) indicou que o ciclo de aperto monetário deve acabar no ano que vem, na Europa, a sinalização é de que a política monetária provavelmente precisará ser restritiva por um longo período de tempo.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,02%
DAX (Alemanha), +0,57%
CAC 40 (França), +0,39%
FTSE MIB (Itália), +0,63%
STOXX 600, +0,34%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de sexta-feira, depois que o Dow Jones atingiu um novo recorde, rumo à sua melhor sequência de vitórias semanais desde 2019.
As ações subiram esta semana depois que o Fed apontou na quarta-feira que seus esforços para conter a inflação estão se consolidando e indicou que três cortes nas taxas de juros ocorrerão em 2024, estimulando o otimismo dos investidores.
Na seara de indicadores, ontem foram divulgados os dados de vendas no varejo de novembro, que foram mais fortes do que o esperado.
Enquanto isso, os rendimentos do Tesouro caíram esta semana. O rendimento do Tesouro de 10 anos caiu para menos de 4%, apesar de ter atingido 5% em outubro.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,25%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,23%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,27%
Ásia-Pacífico
As bolsas da Ásia fecharam com ganhos em sua maioria, liderados por Hong Kong, seguindo o otimismo dos mercados mundiais.
A exceção por lá foi o Shanghai SE (-0,56%), após a China ter divulgado que a produção industrial de novembro registrou a maior expansão desde fevereiro de 2022, mas o crescimento das vendas no varejo tenha ficado abaixo das expectativas.
A produção industrial cresceu 6,6% em novembro em relação ao ano anterior, superando as expectativas de 5,6% de analistas.
Por sua vez, as vendas no varejo aumentaram 10,1% em novembro em relação ao ano anterior, em ritmo de crescimento mais rápido desde maio. Contudo, os analistas esperavam um aumento de 12,5% após uma base baixa em 2022. Em outubro, as vendas no varejo cresceram 7,6%.
Shanghai SE (China), -0,56%
Nikkei (Japão), +0,87%
Hang Seng Index (Hong Kong), +2,38%
Kospi (Coreia do Sul), +0,76%
ASX 200 (Austrália), +0,88%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com alta e caminham para atingir seu primeiro aumento semanal em dois meses, depois de se beneficiarem de uma previsão otimista da Agência Internacional de Energia sobre a demanda por petróleo para o próximo ano e de um dólar mais fraco.
Petróleo WTI, +0,63%, a US$ 72,03 o barril
Petróleo Brent, +0,60%, a US$ 77,07 o barril
Agenda
A semana termina com a divulgação da produção industrial de novembro nos EUA, que deve trazer alta de 0,3% em relação ao mês anterior, conforme consenso LSEG. Também saem os índices de gerentes de compras da indústria e do serviços de dezembro.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou na última quinta-feira (14) em Plenário que a reforma tributária deverá ser analisada nesta sexta-feira (15). “Hoje terminamos os ajustes para votar a tributária amanhã de maneira virtual”, disse. Lira passou o dia reunido com lideranças da Câmara e do Senado em busca de acordo para a votação da reforma. Um dos pontos controversos da negociação é a manutenção de benefícios fiscais para a Zona Franca de Manaus. O texto aprovado pelo Senado determina a cobrança da Cide sobre bens similares aos produzidos na Zona Franca para manter as vantagens da região. Na seara de indicadores, será divulgado hoje o IGP-10 de dezembro.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg