Em dia pauta de indicadores esvaziada, índices futuros dos EUA e maioria das bolsas mundiais operam no azul

Por aqui, a grande notícia do dia é a divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.
19 de dezembro de 2023

Os índices futuros dos Estados Unidos e a maioria das bolsas mundiais estão operando no campo positivo, nesta manhã de terça-feira (19), repercutindo a decisão do Banco do Japão (BOJ), de manter sua política monetária ultra-frouxa – conforme amplamente esperado pelo mercado -, e a inflação menor que o esperado da zona do euro.

O BOJ manteve a taxa de juro de referência em -0,1%. O presidente da autoridade monetária japonesa, Kazuo Ueda, insiste que precisa de mais evidências de que a meta de estabilidade de preços será cumprida.

Já na Europa, a inflação ao consumidor anual da zona do euro foi de 2,4% em novembro de 2023, ante 2,9% em outubro, segundo dados finais divulgados hoje pelo Eurostat, o escritório de estatísticas da União Europeia. Um ano antes, a taxa era de 10,1%. A variação mensal dos preços entre outubro e novembro foi de -0,6%.

Nos Estados Unidos, saem dados do setor imobiliário, enquanto o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, deve falar sobre a economia americana em evento.

Por aqui, a grande notícia do dia é a divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que deve trazer mais indicações sobre o cenário que o BC considera para os próximos passos da política monetária brasileira.

No campo político, o Congresso Nacional convocou sessão conjunta para esta terça-feira (19), às 12 horas, para analisar o projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias – PLN 4/23), aprovado na semana passada pela CMO (Comissão Mista do Orçamento).

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (18) com alta de 0,68%, aos 131.083 pontos. Esse é o maior nível de fechamento da história, que havia sido renovado na última quinta-feira (14), quando o índice encerrou aos 130.842,09 pontos.

O principal indicador da bolsa brasileira foi impulsionado pelo forte avanço do petróleo no mercado internacional.

Em dia de agenda fraca de indicadores, os investidores focaram as atenções em Brasília. Após a aprovação da reforma tributária no Câmara dos Deputados na semana passada, a expectativa é de que a proposta seja promulgada ainda na quarta-feira (20).

Nas negociações do dia, o dólar encerrou cotado a R$ 4,9048, com queda de 0,66%.

Europa

As bolsas da Europa operam majoritariamente em alta hoje, recuperando-se das negociações fracas do pregão anterior, com a inflação na zona do euro no radar dos investidores.

O dado ficou em linha com o esperado (segundo consenso LSEG) ao subir 2,4% na comparação anual.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,10%
DAX (Alemanha), +0,25%
CAC 40 (França), -0,11%
FTSE MIB (Itália), +0,01%
STOXX 600, +0,13%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam com leves ganhos nesta manhã de terça-feira, em dia de agenda fraca de indicadores por lá.

Investidores da região devem acompanhar de perto falas do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, e dados do início de construções de novembro.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,04%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,07%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,01%

Ásia-Pacífico

A maioria dos mercados asiáticos fechou no campo positivo, com destaque para alta de mais de 1% do índice Nikkei, do Japão, depois que o banco central do país deixou a principal taxa básica inalterada em sua última reunião do ano.

Shanghai SE (China), +0,05%
Nikkei (Japão), +1,41%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,75%
Kospi (Coreia do Sul), +0,07%
ASX 200 (Austrália), +0,84%

Petróleo

Os preços do petróleo operam mistos, enquanto os petroleiros evitavam o Mar Vermelho após ataques intensificados de militantes Houthi apoiados pelo Irã na região, que interromperam as rotas marítimas internacionais.

Os navios-tanque de gás natural liquefeito estão desviando suas rotas do Mar Vermelho, já que a violência ligada à guerra entre Israel e Hamas ameaça viagens mais longas e atrasos no fornecimento.

Petróleo WTI, -0,86%, a US$ 71,85 o barril
Petróleo Brent, +0,09%, a US$ 78,02 o barril

Agenda

Nos EUA, saem os dados do início de construções de novembro.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o Congresso Nacional analisa, nesta terça-feira, o projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2024 em sessão conjunta com início previsto ao meio-dia. Trata-se de uma das pautas mais importantes que devem ser analisadas antes do recesso parlamentar, que começa no próximo sábado (23). O texto havia sido aprovado pela CMO (Comissão Mista de Orçamento), na semana passada. Na agenda do dia, será divulgada a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central. Na quarta passada, o Copom cortou os juros em 0,5 ponto percentual, para 11,75% ao ano.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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