O Ibovespa bateu novo recorde nesta terça-feira (19). O principal indicador da bolsa brasileira terminou o dia aos 131.850,90 pontos, com avanço de 0,59%, no maior nível da história.
Ao longo do dia, o Ibovespa renovou a maior pontuação intraday da história ao alcançar os 132.046,93 pontos.
Por aqui, os investidores foram influenciados pelo apetite ao risco do mercado externo, em dia de petróleo em alta no mercado internacional, devido às tensões no Mar Vermelho.
Mas, no ambiente doméstico, três notícias trouxeram impacto às negociações na bolsa: a S&P elevou a nota da dívida do país pela primeira vez em 12 anos, de de BB- para BB, dois níveis abaixo do “grau de investimento”; relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) colocou o país como a nona maior economia do mundo, ultrapassando o Canadá; e a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central sinalizou que o ritmo de corte da taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto percentual é o “apropriado”, mas tudo vai depender do comportamento da inflação.
Além disso, os investidores acompanharam a aprovação do projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2024 no Congresso Nacional, que prevê a obrigatoriedade do pagamento de emendas parlamentares. A proposta vai à sanção presidencial.
Nas negociações do dia, o dólar foi pressionado e fechou com queda de 0,83%, cotado a R$ 4,8639 no mercado à vista.
Destaques do Ibovespa
O destaque positivo do Ibovespa foi a Braskem (BRKM5), cujos papéis lideraram os ganhos (+7,15%), após os rumores de o governo pode aportar recursos na petroquímica, por meio da Petrobras, para não atrapalhar a venda, mas sem o financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Isso significa que a estatal deve aumentar a participação na Braskem, com o objetivo de evitar um fatiamento da petroquímica.
Lembrando que a Braskem ficou sob os holofotes nos últimos dias depois do rompimento de uma mina de extração de sal gema em Maceió (AL). A empresa é acusada de crime ambiental no estado.
Na ponta negativa do Ibovespa hoje está a Gerdau (GGBR4), cujas ações foram pressionadas pelo rebaixamento de recomendação de compra para neutra pelo Itaú BBA. Os papéis da empresa caíram 2,46%.
O grupo GPA, dono do Pão de Açúcar (PCAR3), caiu 2,70% em meio aos rumores de venda da empresa.
Mercado externo
As bolsas de Nova York terminaram o dia em tom positivo, impulsionadas pelo desempenho das ações do setor de energia na esteira do petróleo em alta.
O S&P 500 fechou com alta de 0,59%, aos 4.768,37 pontos; o Dow Jones, com +0,68%, aos 37.557,92 pontos; e a Nasdaq também no positivo, com +0,66%, aos 15.003,22 pontos.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias