Depois das bolsas de Wall Street encerrarem o pregão de ontem (19) no campo positivo, impulsionados pelo desempenho das ações do setor de energia na esteira do petróleo em alta, os índices futuros dos Estados Unidos e a maioria das bolsas da Europa amanhecem em baixa, nesta quarta-feira (20), um dia antes da divulgação do indicador de inflação PCE, o preferido do Fed (Federal Reserve) para balizar a política monetária norte-americana.
Nesta quarta-feira, serão divulgados nos Estados Unidos os dados de vendas de moradias usadas de novembro e confiança do consumidor de dezembro pelo Conference Board.
Por sua vez, as bolsas da Ásia operam majoritariamente no azul, com as ações do Japão estendendo os ganhos para mais uma sessão, depois que o banco central do país manteve a sua política monetária ultra-flexível.
O Banco Popular da China também manteve a taxa preferencial de empréstimo de um e de cinco anos inalteradas.
Por aqui, sai o índice IBC-Br de atividade econômica de outubro, para o qual o mercado projeta leve avanço de 0,10%, e os números semanais de fluxo cambial.
Do lado político, foi adiada para hoje a votação, no Senado, da MP das subvenções, que muda as regras de tributação de incentivos fiscais concedidos por Estados para empresas. A previsão é que o texto seja votado a partir das 16h.
Brasil
O Ibovespa bateu novo recorde na terça-feira (19). O principal indicador da bolsa brasileira terminou o dia aos 131.850,90 pontos, com avanço de 0,59%, no maior nível da história.
Ao longo do dia, o Ibovespa renovou a maior pontuação intraday da história ao alcançar os 132.046,93 pontos.
Por aqui, os investidores foram influenciados pelo apetite ao risco do mercado externo, em dia de petróleo em alta no mercado internacional, devido às tensões no Mar Vermelho.
Mas, no ambiente doméstico, três notícias trouxeram impacto às negociações na bolsa: a S&P elevou a nota da dívida do país pela primeira vez em 12 anos, de de BB- para BB, dois níveis abaixo do “grau de investimento”; relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) colocou o país como a nona maior economia do mundo, ultrapassando o Canadá; e a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central sinalizou que o ritmo de corte da taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto percentual é o “apropriado”, mas tudo vai depender do comportamento da inflação.
Nas negociações do dia, o dólar foi pressionado e fechou com queda de 0,83%, cotado a R$ 4,8639 no mercado à vista.
Europa
As bolsas da Europa operam majoritariamente no negativo, após negociações positivas na sessão anterior.
A inflação no Reino Unido desacelerou mais acentuadamente do que o esperado em novembro, para 3,9% ante 4,6% em outubro, mostraram dados oficiais na quarta-feira, aumentando a pressão sobre o Banco da Inglaterra para cortar as taxas em 2024.
FTSE 100 (Reino Unido), +1,21%
DAX (Alemanha), -0,07%
CAC 40 (França), -0,10%
FTSE MIB (Itália), -0,42%
STOXX 600, -0,05%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam com baixa após Dow Jones fechar a nona sessão consecutiva em alta e atingir nova máxima histórica na véspera.
Os dados sobre a confiança do consumidor relativos a dezembro e as vendas de habitações usadas relativas a novembro são os destaque da sessão de hoje, enquanto investidores se preparam para receber dados de inflação PCE amanhã.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,02%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,09%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,21%
Ásia-Pacífico
Por sua vez, as bolsas da Ásia fecharam, em sua maioria, no azul, com as ações do Japão estendendo os ganhos da sessão anterior, depois que o Banco do Japão (BOJ) deixou inalterada a sua política monetária ultra-flexível.
A autoridade monetária japonesa manteve as taxas de juro em -0,1%, ao mesmo tempo que manteve a sua política de controle da curva de rendimentos que mantém o limite superior para o rendimento das obrigações do governo japonês a 10 anos em 1% como referência.
O Banco Popular da China também manteve a taxa preferencial de empréstimo de um ano em 3,45% . A taxa de referência de empréstimo de cinco anos permaneceu inalterada em 4,2%.
Shanghai SE (China), -1,03%
Nikkei (Japão), +1,37%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,66%
Kospi (Coreia do Sul), +1,78%
ASX 200 (Austrália), +0,65%
Petróleo
As cotações do petróleo operam em alta, com traders atentos ao aumento das tensões no Mar Vermelho.
Petróleo WTI, +0,95%, a US$ 74,64 o barril
Petróleo Brent, +0,76%, a US$ 79,83 o barril
Agenda
Nos EUA, serão divulgados os dados do setor imobiliário de novembro e confiança do consumidor de dezembro pelo Conference Board.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o Senado Federal deve votar hoje a Medida Provisória 1.185/2023, conhecida como MP das subvenções, que muda as regras de tributação de incentivos fiscais concedidos por estados para empresas. Durante a sessão deliberativa desta terça-feira (19), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), resolveu acatar uma sugestão proposta pelo líder do governo na Casa, senador Jaques Wagner (PT-BA). O principal ponto em aberto é o pagamento retroativo do imposto devido. Parlamentares de oposição pedem isenção total, enquanto o governo oferece desconto de 80%. A previsão é que o texto seja votado a partir das 16h, no plenário do Senado. Na agenda desta quarta-feira, será divulgado o índice IBC-Br de atividade econômica de outubro, para o qual o mercado projeta alta de 0,10%, e os números semanais de fluxo cambial.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg