Os mercados mundiais operam mistos, nesta manhã de quarta-feira (10), em dia de agenda fraca de indicadores, tanto no Brasil quanto no exterior. Lá fora, os agentes estão na expectativa para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos de dezembro.
O dado é importante balizador da política monetária dos Estados Unidos e, a partir das informações, os investidores terão uma ideia sobre o caminho que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) vai seguir na definição da taxa de juros.
Por falar em Fed, o único evento do dia de hoje nos EUA é o discurso do presidente da instituição em Nova York, John Williams.
Em outra frente, os investidores aguardam o início da temporada de balanços, com os grandes bancos americanos puxando a fila.
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em baixa hoje, após um pregão morno em Wall Street, mas o mercado japonês destoou e renovou máxima em quase 34 anos.
Na China, os relatórios de inflação, comércio e crédito do país também devem ser divulgados nos próximos dias e oferecerão um exame da saúde da segunda maior economia do mundo.
No Brasil, em dia de agenda também fraca, serão apresentados os dados de produção de veículo pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (9) em baixa de 0,74%, aos 131.446 pontos, puxada pela Vale e Petrobras, que estão entre as empresas de peso do indicador e foram contaminadas pelo cenário externo.
A Vale (VALE3) registrou a sétima baixa seguida (-1,27%), desta vez sob influência da queda do minério de ferro na China.
Sobre a Petrobras, embora o petróleo tenha subido no mercado internacional com a escalada da tensão no Oriente Médio, a petroleira brasileira (PETR3;PETR4) não conseguiu se beneficiar, e seus papéis fecharam em queda de, respectivamente, -0,55% e -0,86%.
Além disso, as incertezas sobre o futuro da política monetária nos Estados Unidos têm pautado os negócios neste início de ano, com reflexos em todos os mercados mundiais, incluindo o brasileiro.
Para esta quinta-feira (11), é aguardada a divulgação do dado de inflação (CPI, na sigla em inglês) de dezembro e fechamento de 2023, um importante balizador da política monetária estadunidense. Por aqui, também sai o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) no mesmo dia.
Já o dólar terminou o dia a R$ 4,9061, com avanço de 0,74%, no mercado à vista.
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam mistos, enquanto investidores aguardam os números da inflação amanhã e o início da temporada de resultados das empresas.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,10%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,02%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,14%
Europa
As bolsas da Europa também operam mistas, na medida em que os investidores digerem os últimos dados macroeconômicos divulgados.
No campo corporativo, as ações de varejo subiram 0,4%, com a cadeia de pastelaria britânica Greggs subindo para o topo do índice STOXX 600, com uma subida de 9,5%, depois de reportar um forte aumento nas vendas.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,20%
DAX (Alemanha), +0,03%
CAC 40 (França), +0,06%
FTSE MIB (Itália), +0,21%
STOXX 600, -0,15%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em baixa, exceto o Nikkei, do Japão, que estendeu os ganhos da sessão anterior e renovou a máxima desde 1990, enquanto o CSI 300, da China, fechou perto da mínima de 5 anos.
O Nikkei subiu 2,01% para ultrapassar a marca de 34.000 pontos pela primeira vez desde março de 1990, fechando em 34.441,72 pontos. Os ganhos foram impulsionados por ações de tecnologia de saúde e serviços ao consumidor.
Shanghai SE (China), -0,54%
Nikkei (Japão), +2,01%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,57%
Kospi (Coreia do Sul), -0,75%
ASX 200 (Austrália), -0,69%
Petróleo
As cotações do petróleo operam com leves perdas, interrompendo a recuperação do dia anterior, após dados da indústria terem mostrado que os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram mais do que o esperado na semana passada, embora um aumento maior do que o previsto nos estoques de produtos tenha limitado os ganhos.
Petróleo WTI, -0,14%, a US$ 72,14 o barril
Petróleo Brent, -0,15%, a US$ 77,47 o barril
Agenda
Com agenda fraca lá fora, para hoje é aguardado o discurso do presidente do Fed de Nova York, John Williams.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse ontem (9) apostar que a economia brasileira vai crescer mais de 2% em 2024, contra a previsão menos otimista do mercado. “Estão falando que vai crescer 1,5%, então vamos apostar que o Brasil vai crescer acima de 2%”, disse Tebet em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da EBC, relembrando que, no início de 2023, as estimativas para a economia eram mais baixas e foram revisadas ao longo do ano. Para justificar o otimismo, Tebet citou, por exemplo, os investimentos do PAC e o que chamou de “credibilidade” do mercado sobre a condução da economia. Com a agenda fraca de indicadores, saem hoje os dados de produção de veículo pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg