Mercados mundiais operam mistos em semana de decisão sobre os juros no Brasil e nos EUA

Na Ásia, os mercados asiáticos fecharam majoritariamente com alta, apesar do tribunal superior de Hong Kong ordenar a liquidação judicial da incorporadora chinesa Evergrande, que acumula dívida de mais de US$ 300 bilhões.
29 de janeiro de 2024

Os mercados mundiais operam mistos, nesta manhã de segunda-feira (29), com os investidores aguardando as decisões sobres os juros nos Estados Unidos, na quarta-feira (31). No mesmo dia, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil também deve anunciar novo corte na taxa básica de juros (Selic).

Nos EUA, a expectativa é de que o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) mantenha a taxa de juros do país estável, conforme indicaram recentemente membros da autoridade monetária. Já por aqui, a expectativa é de corte de 0,50 ponto percentual na Selic, para 11,25% ao ano.

Ainda nos EUA, os investidores também estão montando posições para receberem mais resultados corporativos.

Na Europa, o Banco da Inglaterra (BoE) anunciará sua decisão sobre os juros na quinta-feira (1º). Antes disso, porém, serão anunciados amanhã (30) o PIB do quarto trimestre da Alemanha e o da zona do euro.

Também trazem aos negócios boa dose de prudência as tensões no Oriente Médio e sua consequência não só ao tabuleiro geopolítico, como também aos preços do petróleo.

Na Ásia, os mercados asiáticos fecharam majoritariamente com alta, apesar do tribunal superior de Hong Kong ordenar a liquidação judicial da incorporadora chinesa Evergrande. A empresa acumula mais de US$ 300 bilhões em dívidas.

Nesta semana, também haverá a divulgação de dados do mercado de trabalho tanto no Brasil quanto nos EUA.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (26) em tom positivo, pela segunda vez consecutiva, com alta de 0,62%, aos 128.967 pontos. Na semana, o índice avançou 1,04%.

Os investidores repercutiram o IPCA-15, conhecido como prévia da inflação. O indicador avançou 0,31% em janeiro, com alta menor do que o consenso de mercado. O dado reforçou a perspectiva de continuidade do ciclo de cortes de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic) pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.

Já o dólar terminou o dia a R$ 4,9110, com queda de 0,24% no mercado à vista. A moeda norte-americana recuou 0,32% nos últimos cinco pregões.

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA começaram a semana mistos, com os investidores de olho na decisão do Fed, na quarta-feira; no relatório mensal de empregos, na sexta-feira (2); e na agenda de balanços corporativos como a Alphabet, Microsoft, Apple, Amazon e Meta, que respondem por quase 25% do S&P 500.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,05%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,06%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,32%

Europa

As bolsas da Europa também operam mistas hoje, após encerrar a semana passada no nível mais alto desde janeiro de 2022, segundo dados do LSEG.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,36%
DAX (Alemanha), -0,42%
CAC 40 (França), +0,11%
FTSE MIB (Itália), -0,31%
STOXX 600, +0,10%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta, apesar do pedido de liquidação da gigante do setor imobiliário chinês China Evergrande, pela Justiça de Hong Kong.

A decisão do tribunal de Hong Kong ocorreu após a incorporadora chinesa não conseguir chegar a um acordo com seus credores.

Os negócios que envolvem as ações da Evergrande caíram mais de 20% na sessão da manhã na bolsa de Hong Kong.

Shanghai SE (China), -0,92%
Nikkei (Japão), +0,77%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,78%
Kospi (Coreia do Sul), +0,89%
ASX 200 (Austrália), +0,30%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em baixa após abertura positiva, enquanto as tensões geopolíticas aumentam depois que mísseis lançados por militantes apoiados pelo Irã mataram tropas dos EUA na Jordânia no fim de semana.

Petróleo WTI, -0,46%, a US$ 77,65 o barril
Petróleo Brent, -0,38%, a US$ 83,23 o barril

Agenda

Na agenda de hoje nos EUA, sai o índice de atividade industrial do Fed de Dallas.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse no sábado (27) que tem pressa para retomar a reforma agrária. “O tempo político nosso é o tempo da pressa. A bandeira política nossa é a reforma agrária”, enfatizou ao discursar no encerramento do encontro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Saem hoje o Boletim Focus, do Banco Central, e o resultado primário do governo.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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