Mercados mundiais operam no azul após dados surpreendentes das big techs e à espera do payroll

Por aqui, sai a produção industrial de dezembro, com consenso LSEG prevendo alta mensal de 0,3% e de 0,1% na base anual.
2 de fevereiro de 2024

Os mercados mundiais estão operando no campo positivo, nesta manhã de sexta-feira (2), com os investidores à espera da divulgação do relatório da folha de pagamentos (payroll) dos EUA, que funciona como um importante termômetro da saúde da economia dos Estados Unidos.

O consenso LSEG prevê criação de 180 mil vagas de empregos e taxa de desemprego em 3,8%.

Além disso, segue no radar dos agentes as divulgações de balanços corporativos. Ontem (1º), a Meta e a Amazon reportaram lucros acima das expectativas, impulsionando o valor de suas ações em US$ 270 bilhões. Esse movimento de compra ressalta as estratégias de redução de custos implementadas ao longo dos últimos 16 meses no setor tecnológico.

A Meta, que demitiu 22% de seus funcionários em 2023, surpreendeu o mercado com o anúncio do primeiro dividendo de sua história e o aumento de seu plano de recompra de ações em US$ 50 bilhões. Esse movimento fez com que as ações da big tech disparassem mais de 16% no pré-mercado.

A Amazon também cortou 35.000 trabalhadores no ano passado, e seus resultados também superaram as previsões dos analistas. Antes da abertura das bolsas, os papéis da empresas avançavam mais de 6,5%.

Por outro lado, os últimos resultados trimestrais da Apple provocaram entre os investidores o receio de que a empresa esteja perdendo influência na China, um mercado que gera cerca de um quinto de suas vendas. A receita da região caiu 13% no período, marcando o pior declínio desde a temporada de férias de 2018.

A queda ofuscou os resultados fortes do balanço, que incluíram o primeiro crescimento geral de vendas da Apple em um ano. As ações seguiam em queda hoje, superior aos -2%.

Por aqui, sai a produção industrial de dezembro, com consenso LSEG prevendo alta mensal de 0,3% e de 0,1% na base anual.

Brasil

No primeiro pregão do mês, na quinta-feira (1º), o Ibovespa fechou com alta de 0,57%, aos 128.481 pontos, na máxima intraday.

O principal indicador da bolsa brasileira subiu apoiado na Petrobras, uma das empresas de peso do Ibovespa. Apesar da volatilidade do petróleo no mercado externo, a petroleira renovou a sua máxima histórica. Os papéis da companhia (PETR4) subiram 2,77%, para R$ 41,57.

Além disso, tanto aqui como no exterior, com a ausência de divulgação de dados importantes, os mercados continuaram repercutindo a decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), anunciada ontem (31), de manter as taxas de juros inalteradas e indicar que a queda deve acontecer este ano, mas não em março, como parte dos analistas esperavam.

Nas negociações do dia, o dólar perdeu força e terminou a R$ 4,9156, com baixa de 0,44% no mercado à vista.

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam no campo positivo, refletindo os resultados da Meta, Apple e Amazon.

Para hoje, além do payroll, os agentes aguardam o índice de confiança da Universidade de Michigan, com projeção do consenso LSEG de 78,8.

Dow Jones Futuro: +0,03%

S&P 500 Futuro: +0,60%

Nasdaq Futuro: +1,04%

Europa

As bolsas europeias também operam majoritariamente no campo positivo hoje, repercutindo uma série de dados corporativos ao longo da semana e a decisão do Banco da Inglaterra, que manteve ontem as taxas de juros inalteradas à medida que a inflação se aproxima da meta. A decisão, no entanto, não foi unânime entre o colegiado.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,52%

DAX (Alemanha): +0,71%

CAC 40 (França): +0,44%

FTSE MIB (Itália): +0,34%

STOXX 600: +0,53%

Ásia

Em sua maioria, as bolsas da Ásia também fecharam em alta hoje. Alguns mercados avançam após a recuperação de Wall Street.

Liderando ganhos na Ásia, o índice sul-coreano Kospi saltou 2,87% em Seul, a 2.615,31 pontos, em meio ao forte desempenho de ações do setor automotivo e de internet, enquanto o japonês Nikkei subiu 0,41% em Tóquio.

Nikkei (Japão): +0,41%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,21%

Kospi (Coreia do Sul): +2,87%

ASX 200 (Austrália): +1,47%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com leve baixa, enquanto traders digerem a decisão da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) de manter a sua política de produção de petróleo.

Petróleo WTI, -0,14%, a US$ 73,72 o barril

Petróleo Brent, -0,03%, a US$ 78,68 o barril

Agenda

O principal dado a ser divulgado hoje nos Estados Unidos é o relatório de emprego payroll de janeiro. O consenso LSEG prevê criação de 180 mil vagas e taxa de desemprego de 3,8%.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciará, nesta sexta-feira (2), a obra do Túnel Santos-Guarujá, que integra o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou presença na solenidade. Ele e Lula chegaram a um acordo nos últimos dias para a obra ser realizada em parceria entre o governo federal e o estadual. A cerimônia está marcada para as 10h, na Presidência da Autoridade Portuária de Santos. Na seara de indicadores, sai hoje o dado da produção industrial de dezembro, com o consenso LSEG prevendo alta mensal de 0,3% e de 0,1% na base anual.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.