Se você tem um dinheirinho e não sabe onde aplicá-lo, os economistas do ICL (Instituto Conhecimento Liberta) vão lhe ensinar o caminho das pedras. E, para quem já investe, você terá a chance de obter o conhecimento para conseguir otimizar seus recursos. Tudo isso você pode aprender no “Mapa da Mina”, aula magna dada todo começo de ano pelo economista e fundador do ICL, Eduardo Moreira.
Com mais de duas décadas de experiência no mercado financeiro, Moreira acertou todas as previsões feitas no ano passado para a bolsa de valores, dólar e renda fixa, por exemplo. A aula deste ano ocorreu no dia 28 de janeiro, mas os economistas do ICL Economia, Deborah Magagna e André Campedelli, a esmiuçaram no ICL Mercado e Investimentos da sexta-feira passada (2).
Para quem quer se aprofundar no tema, tem também o Investidor Mestre, um curso on-line sobre o qual você pode obter mais informações clicando aqui.
No programa da sexta-feira passada, Deborah e André abordaram cenário externo e interno e o que se pode esperar de investimentos como a bolsa de valores, o dólar e a renda fixa.
“Muito provavelmente a economia [brasileira] será muito melhor do que prevê o mercado financeiro no Boletim Focus [do Banco Central]. O próprio FMI [Fundo Monetário Internacional] reviu sua projeção para o PIB [Produto Interno Bruto] brasileiro. Pode ser que a gente consiga crescer 1,7% a 1,8%”, disse. “Este ano será um ano de desaceleração com a atividade econômica global. Este ano vai ser meio que um marasmo. Não será tão bom quanto o ano passado”, complementou.
Mapa da Mina: dólar deve ficar na banda dos R$ 4,90 a R$ 5
Segundo Deborah Magagna, o ritmo de corte nas taxas de juros nos Estados Unidos e no Brasil, as eleições presidenciais nos EUA e as municipais no Brasil são aspectos que influenciam a taxa de câmbio. “Se a gente fala em queda na taxa de juros dos EUA, a gente está falando de câmbio, porque se há uma expectativa de queda no rendimento dos títulos de dívida por lá, isso aumenta o apetite pelo risco. O recurso vai sair desse porto seguro, que são os juros dos EUA [Treasuries] e vai começar a fluir para mercados emergentes, como o Brasil”, explicou.
Esse movimento ocorre porque, segundo Deborah, ainda que estejam ocorrendo cortes na taxa básica de juros (Selic), o Brasil ainda tem um dos juros mais altos do mundo.
“Com recursos entrando aqui, isso coloca o dólar em patamares mais baixos (…). Dólar é algo muito difícil de prever, pois é uma variável que depende de muitas outras, e a gente acaba ficando muito suscetível. A produtividade brasileira tem tido anos muito ruins e uma das maneiras de compensar isso em termos de competitividade é por meio de um câmbio depreciado”, pontuou.
Por isso, a previsão é de dólar dentro de uma flutuação entre R$ 4,90 e R$ 5 em 2024, conforme a previsão dos economistas do ICL.
Em relação à bolsa de valores, assim como o dólar, ela também será influenciada pelo cenário macroeconômico mundial e nacional. Além disso, os conflitos geopolíticos, como o que está ocorrendo no Oriente Médio, deve gerar uma pressão no preço das commodities, como o petróleo, assim como a situação econômica da China, que não tem o mesmo vigor de antes.
Mas o anúncio da Nova Política Industrial pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outras iniciativas de fomento ao agronegócio tendem a melhorar o desempenho de empresas na bolsa.
“O Ibovespa pode chegar aos 140 mil pontos este ano. Mas deve flutuar entre 115 mil e 140 mil pontos, em leve melhora em relação ao que aconteceu no ano passado. Porém, a tendência é de estabilidade, que é a palavra que está permeando este ano”, disse André.
Para a renda fixa, o juro real, descontada a inflação, parece ter um piso próximo aos níveis atuais para manter a atração de investimentos de fora, dada a frágil dinâmica estrutural da economia local.
Na avaliação de Deborah, o recente corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, de 11,75% para 11,25% ao ano, pode significar perdas para quem contratou CDB DI e um tesouro Selic. “Ele [o investidor] não vai perder, mas vai passar a render menos, porque os juros caíram”, disse.
Por outro lado, as taxas influenciam a valorização das aplicações anteriores, que foram pré-fixadas numa taxa maior.
“O carrego dos títulos de longo prazo podem voltar a ser mais atrativo do que a expectativa de ganho de capital desses títulos. Quando a gente pré-fixa uma taxa mais alta e carrega ela por um tempo, a gente acaba ganhando com a expectativa de um vencimento que tende a cair”, enfatizou.
“Os juros [taxas de juros das principais economias] devem se acomodar em níveis mais baixos do que os atuais, até porque a gente tem esses cortes já previstos e a possiblidade de cortes de uma forma mais global, mas mudando a estrutura da curva, ficando ao longo do ano mais flat [mais estáveis] nos prazos curtos e médios, e levemente inclinada para os longos, justamente dada a incerteza que a gente tem no longo prazo”, apontou Deborah.
Assista ao programa completo no vídeo abaixo:
Redação ICL Economia
Com informações do ICL Mercado e Investimentos