Os mercados mundiais amanhecem em trajetória positiva, nesta manhã de quinta-feira (15). O destaque de hoje vem da Ásia, onde o índice Nikkei, do Japão, fechou acima dos 38 mil pontos pela primeira vez desde 1990, após contração do PIB (Produto Interno Bruto) afastar preocupações com mudanças na política monetária japonesa. O indicador também obteve um impulso das ações de chips.
A economia do Japão entrou inesperadamente em recessão após encolher por dois trimestres seguidos, o que levou a uma reavaliação das previsões sobre o fim de sua política de juros negativos. O PIB do país contraiu-se a uma taxa anualizada de -0,4% nos últimos três meses do ano passado, após um recuo de -3,3% no trimestre anterior. Assim, o Japão perde para a Alemanha o terceiro lugar como maior economia global, assumindo a quarta posição.
Nos Estados Unidos, o relatório de preços desta semana minou o otimismo quanto à iminente flexibilização da política de juros do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano). Agora, os investidores aguardam novos dados sobre a maior economia do mundo.
Para hoje, os investidores estadunidenses aguardam a divulgação de dados do varejo e da indústria, além dos pedidos de seguro-desemprego.
No Brasil, o Banco Central divulga o Relatório Focus, com previsões do mercado financeiro para a economia.
Brasil
O Ibovespa fechou o primeiro pregão pós-Carnaval, na Quarta-Feira de Cinzas (14), em queda de 0,79%, aos 127.018 pontos.
Com o feriado estendido por aqui, a bolsa brasileira repercutiu a divulgação, no dia anterior, do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de janeiro dos Estados Unidos, que veio mais forte do que o esperado.
Apesar de não ser o indicador inflacionário favorito do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), o CPI pressionou a curva de juros longos e derrubou as expectativas de que o BC dos EUA inicie o afrouxamento monetário ainda no primeiro trimestre.
Já o dólar avançou 0,22%, cotada em R$ 4,9723.
Europa
As bolsas da Europa operam em alta, com os investidores avaliando os números do PIB do Reino Unido no quarto trimestre e monitorando o fluxo de lucros corporativos.
A economia do Reino Unido contraiu 0,3% no último trimestre de 2023, empurrando o país para uma recessão técnica depois do crescimento do terceiro trimestre ter sido revisto para -0,1%.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,18%
DAX (Alemanha): +0,61%
CAC 40 (França): +0,84%
FTSE MIB (Itália): +0,87%
STOXX 600: +0,53%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam com leves ganhos, à medida que investidores ponderam se o Fed, o banco central norte-americano, vai conseguir reduzir a inflação.
Nesta quinta-feira, saem os dados as vendas no varejo de janeiro, da indústria e os pedidos semanais de seguro-desemprego.
Dow Jones Futuro: +0,18%
S&P 500 Futuro: +0,15%
Nasdaq Futuro: +0,09%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam no campo positivo, com destaque para o índice Nikkei, do Japão, que fechou com alta de 1,21%, aos 38.157,94 pontos. É a primeira vez desde 1990 que o indicador fechou acima dos 38 mil pontos.
Shanghai SE (China), fechado por feriado
Nikkei (Japão): +1,21%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,41%
Kospi (Coreia do Sul): -0,25%
ASX 200 (Austrália): +0,77%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com leves perdas, depois que dados mostraram que os estoques de petróleo bruto dos EUA aumentaram muito mais do que o esperado, aumentando as preocupações sobre a demanda na maior economia do mundo.
Petróleo WTI, -0,20%, a US$ 76,49 o barril
Petróleo Brent, -0,07%, a US$ 81,54 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem hoje os dados do varejo e da indústria nos Estados Unidos, e os pedidos de seguro-desemprego semanal; consenso LSEG prevê 220 mil solicitações.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o governo do presidente Lula pretende liberar, em março, o uso do “FGTS Futuro” na aquisição de imóveis do Minha Casa, Minha Vida. A modalidade — aprovada pelo Congresso em 2022, mas ainda pendente de regulamentação — permite que tomadores de crédito deem como garantia no financiamento imobiliário os depósitos do fundo que ainda não foram realizados. O foco inicial será na Faixa 1 do programa, que mira famílias com renda de até R$ 2,6 mil. A expectativa, segundo informações do Ministério das Cidades, é beneficiar cerca de 60 mil famílias anualmente. Na seara de indicadores, sai hoje o Boletim Focus do Banco Central.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg