Índices futuros operam mistos em dia de divulgação da inflação ao produtor dos EUA

Por aqui, será divulgado hoje o IGP-10 de fevereiro.
16 de fevereiro de 2024

Os índices futuros dos EUA operam mistos, nesta manhã de sexta-feira (16), enquanto as bolsas estão em alta, com os investidores à espera da divulgação do Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) norte-americano.

A divulgação ganhou mais relevância após o Índice Preços ao Consumidor (CPI) vir acima do esperado na última terça-feira (13) e levantar dúvidas sobre quando o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) começará a cortar as taxas de juros.

Os dados macroeconômicos desfavoráveis dos EUA ontem, sobretudo a queda nas vendas no varejo, atuaram como um impulso para as bolsas, em mais uma demonstração de que o mal-estar econômico pode ser bem recebido pelos investidores. Neste caso específico, atenuou as preocupações sobre o superaquecimento da demanda, renovando a esperança de flexibilização da política monetária.

Na Europa, as ações de mineração se destacam nas negociações. Glencore e Anglo American chegaram a subir mais de 3% em meio ao otimismo de uma recuperação na demanda chinesa por metais.

Já no continente asiático, a retomada das viagens no feriado do Ano Novo Lunar na China sinaliza um possível aumento no consumo na segunda maior economia global, que luta contra a baixa confiança e a deflação. Mais de 61 milhões de viagens de trem foram feitas nos primeiros seis dias do feriado nacional de ano novo, de acordo com relatórios oficiais.

Por aqui, será divulgado hoje o IGP-10 de fevereiro.

Brasil

Ibovespa avançou 0,62% na quinta-feira (15), aos 127.804 pontos, acompanhando o embalo de Wall Street e a alta dos preços das commodities no exterior.

Grande parte do apoio veio das ações da Petrobras (PETR4), um dos pesos-pesados do principal indicador da bolsa brasileira, que se beneficiou da alta do petróleo. Os papéis da estatal brasileira subiram, respectivamente, 2,84% (PETR3) e 3,20% (PETR4).

As mineradoras também se deram bem no pregão de ontem, puxadas pelo aumento do preço do minério de ferro.

Já o dólar comercial fechou em leve queda de 0,07%, a R$ 4,9686.

Europa

As bolsas da Europa operam em alta e caminham para terceira sessão positiva consecutiva, com investidores repercutindo as vendas no varejo no Reino Unido, que cresceram 3,4% na comparação mensal, acima do 1,5% previsto por analistas.

Esse dado trouxe alento ao mercado, principalmente após os dados de ontem terem mostrado o país entrando numa recessão técnica .

FTSE 100 (Reino Unido): +0,71%

DAX (Alemanha): +0,75%

CAC 40 (França): +0,59%

FTSE MIB (Itália): +0,49%

STOXX 600: +0,53%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam sem direção definida, depois que os três principais índices encerraram o pregão de ontem no azul, com o S&P 500 atingindo mais um recorde, mantendo seu nível acima de 5.000 pontos.

Dow Jones Futuro: -0,11%

S&P 500 Futuro: +0,16%

Nasdaq Futuro: +0,55%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, após Wall Street acumular ganhos pelo segundo dia seguido. Por lá, Hong Kong liderou os ganhos e a do Japão se aproximou de nova máxima histórica.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng saltou 2,48%, a 16.339,96 pontos, impulsionado por ações de tecnologia. Já em Tóquio, o japonês Nikkei subiu 0,86%, a 38.487,24 pontos, atingindo o maior nível em 34 anos, depois de chegar a 38.865,06 pontos durante o pregão, a menos de 100 pontos de estabelecer novo recorde.

Shanghai SE (China), fechado por feriado

Nikkei (Japão): +0,86%

Hang Seng Index (Hong Kong): +2,48%

Kospi (Coreia do Sul): +1,34%

ASX 200 (Austrália): +0,69%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com perdas, enquanto os investidores ponderam a previsão de desaceleração da procura pela commodity e os dados fracos das vendas no varejo dos EUA.

Petróleo WTI, -0,76%, a US$ 77,44 o barril

Petróleo Brent, -0,94%, a US$ 82,08 o barril

Agenda

A semana termina com a divulgação dos preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos.

Por aqui, no Brasil, no campo político, os líderes parlamentares com assento na Comissão Mista de Orçamento (CMO) vão se reunir na próxima terça-feira (20) para discutir o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão no Orçamento de 2024. A informação é do relator da peça orçamentária, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), que alerta para a possibilidade de derrubada do veto. Na seara de indicadores, sai o índice IGP-10 de fevereiro.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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