Com o Orçamento deste ano mais apertado, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai buscar recursos em fundos no exterior para financiar obras dentro de Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A partir deste semestre, técnicos do Executivo farão viagem à Europa para tentar atrair recursos de fundos soberanos e, também, de parceiros privados.
Segundo informações da CNN, a primeira viagem dos técnicos será para a Espanha, em março. Em abril eles vão para a França.
Na agenda de viagens também estão previstas paradas nos Estados Unidos (maio) e, no segundo semestre, os destinos incluem China, Arábia Saudita e a Singapura.
O Novo PAC traz um portfólio de projetos avaliados em R$ 1,7 trilhão, e o desafio do governo é viabilizar estes recursos ao mesmo tempo em que tenta zerar o déficit primário.
Além disso, os investimentos perderam espaço para emendas parlamentares na composição orçamentária deste ano. Ou seja, o desafio do governo é grande, uma vez que o Novo PAC é uma das principais bandeiras do governo Lula 3.
Ao site, o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, disse que o ano de 2023 foi voltado a ouvir investidores e melhorar os processos internos para os projetos. Houve também um road show teste, em Portugal, “para entender o que funciona ou não”.
“A gente concorre com pipeline de projetos de outros países do mundo. Então não basta ter um bom projeto, uma boa taxa, uma segurança jurídica adequada, se não tivermos a clareza de mostrar que o governo brasileiro está junto do projeto e que o país do operador também apoia esta relação”, disse Santoro.
Novo PAC: fundos soberanos no exterior concentram R$ 11,3 trilhões
Conforme a reportagem da CNN, dados da consultoria Global SWF mostram que os fundos soberanos ao redor do mundo concentram R$ 11,3 trilhões em recursos e os países que os técnicos do governo visitarão reúnem boa parte desses maiores fundos.
No entanto, o governo Lula também quer atrair investimento privado. “Num primeiro momento a gente faz um evento no país, para 50 ou 100 pessoas, e depois uma série de reuniões bilaterais, com bancos e fundos de investimento, quando há a aproximação entre o Brasil e os operadores”, disse o secretário-executivo dos Transportes.
Dados da ABDIB (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base) mostram que, de 2010 a 2023, a participação do público em investimentos em infraestrutura caíram de 43,6% a 32,7% no Brasil. Por isso, técnicos avaliam para a necessidade de se buscar recursos de outras fontes.
Para saber mais informações sobre os projetos de investimentos do governo Lula para este ano, confira neste link o artigo do economista André Paiva Ramos, publicado no site ICL Economia.
Redação ICL Economia
Com informações da CNN