Os índices futuros dos EUA operam no campo negativo, nesta manhã de sexta-feira (23), apagando partes dos ganhos da sessão anterior, quando a divulgação do balanço da empresa de inteligência artificial (IA) Nvidia deixou as bolsas em euforia.
Na véspera, o S&P 500 adicionou 2,11% para seu melhor dia desde janeiro de 2023, enquanto o Nasdaq Composite subiu 2,96% em sua melhor sessão desde fevereiro do ano passado.
A Nvidia disparou em seu valor de mercado, para US$ 277 bilhões, e o desempenho da empresa espraiou-se por outras companhias de tecnologia. Foi o maior valor já registrado em uma única sessão — superando um recente ganho de US$ 197 bilhões pela Meta.
O que se questiona, agora, é se o rali de tecnologia pode ser sustentado e ampliado para outros setores, mesmo com as apostas em cortes nas taxas do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) diminuindo, em meio a dados que mostram que a maior economia do mundo ainda está resiliente.
Funcionários de alto escalão do Fed reforçaram a mensagem ontem (22) de que o banco central dos EUA ainda está planejando reduzir os juros este ano — apenas não em breve. Philip Jefferson e Lisa Cook disseram que estão otimistas de que a inflação ainda está se acalmando, apesar de um soluço em janeiro, mas deixaram claro que desejam mais provas de que está voltando à meta de 2% antes de reduzir as taxas.
No Brasil, a Vale divulgou seu balanço do quarto trimestre na noite de ontem, e anunciou o pagamento, em março de 2024, de dividendos no valor de US$ 2,4 bilhões, equivalente a R$ 2,73 por ação.
Brasil
O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira (22) com alta de 0,16%, aos 130.240 pontos, embalada pelo otimismo que tomou conta do mercado externo e, também, apoiado na Vale (VALE3), que ajudou a puxar os ganhos.
O ambiente positivo no mercado financeiro internacional ocorreu após o balanço divulgado pela fabricante de chips Nvidia anteontem (21). A empresa do setor de inteligência artificial (IA) reportou números acima da expectativa de analistas, e disparou mais de 16% em Wall Street.
Já as ações da Vale subiram 1,07% antes da divulgação do balanço da empresa, ajudando a ampliar os ganhos do Ibovespa.
Nas negociações do dia, o dólar subiu 0,30%, negociado a R$ 4,9530 no mercado à vista.
Europa
As bolsas da Europa operam no campo positivo hoje, ampliando o impulso positivo após o índice de referência pan-europeu ter fechado no recorde máximo na sessão anterior.
O índice de referência encerrou a sessão 0,82% mais alto, em 495,1 na quinta-feira, superando seu recorde anterior de fechamento de 494,35 em 5 de janeiro de 2022, mostraram dados do LSEG.
No campo macroeconômico, o índice de confiança do consumidor no Reino Unido caiu em fevereiro. Os dados mostram que a inflação mais elevada continua a pesar sobre as esperanças de uma recuperação econômica.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,02%
DAX (Alemanha): -0,01%
CAC 40 (França): +0,09%
FTSE MIB (Itália): +0,64%
STOXX 600: +0,04%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em baixa após o rali de Nvidia, com investidores à espera dos resultados trimestrais da Warner Bros antes da abertura do mercado.
Dow Jones Futuro: -0,06%
S&P 500 Futuro: -0,09%
Nasdaq Futuro: -0,22%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam em alta, em sua maioria, embalados pelo otimismo de Wall Street na véspera, após o balanço robusto da Nvidia, fabricante de chips americana que está no centro da onda de inteligência artificial.
Shanghai SE (China), +0,55%
Nikkei (Japão): +2,19%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,10%
Kospi (Coreia do Sul): +0,13%
ASX 200 (Austrália): +0,43%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em baixa, depois de um integrante do Fed dos EUA ter dito que os cortes nas taxas de juros deveriam ser adiados por pelo menos mais dois meses.
Petróleo WTI, -1,44%, a US$ 77,48 o barril
Petróleo Brent, -1,31%, a US$ 82,57 o barril
Agenda
Agenda internacional esvaziada de indicadores macroeconômicos relevantes.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o governo cedeu à pressão do Congresso Nacional e decidiu prometer o pagamento de R$ 14,5 bilhões em emendas impositivas (obrigatórias) até 30 de junho, antes das eleições municipais. O recuo faz parte de uma estratégia do Palácio do Planalto para que deputados e senadores não derrubem o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao calendário de liberação de emendas parlamentares que havia sido incluído na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2024. A semana termina com a divulgação de dados da confiança do consumidor brasileiro de fevereiro.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg