O mercado financeiro elevou a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano e, ao mesmo tempo, reduziu a expectativa da inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), para 2024 e 2025. É o que aponta o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, nesta terça-feira (27).
Os mais de cem representantes de instituições financeiras ouvidos para a publicação elevaram a estimativa de crescimento da economia de 1,68% para 1,75%. Para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro ficou estável em 2%.
A estimativa de inflação para este ano foi reduzida de 3,82% para 3,80%, e ainda houve uma correção do relatório divulgado na semana passada, quando o BC havia informado que a projeção estava em 3,81% para 2024.
Nesta terça, o número da última semana foi revisado para 3,82%. Segundo a instituição, foi identificada uma “inconsistência” em uma revisão de rotina dos indicadores, que foi corrigida.
Assim, a estimativa dos analistas para a inflação de 2024 se mantém abaixo do teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano.
Para 2025, a estimativa de inflação caiu de 3,52% para 3,51% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação definida está nos mesmos parâmetros deste ano.
Boletim Focus: mercado mantém estimativa para a taxa Selic em 2024 e no próximo ano
Os agentes do mercado financeiro mantiveram as estimativas para a taxa básica de juros, a Selic, para o final deste ano e do próximo.
Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia ficou estável em 9% ao ano, enquanto que, para 2025, os agentes mantiveram a projeção estável em 8,5% ao ano.
Atualmente, a taxa Selic está em 11,25% ao ano, após cinco reduções seguidas promovidas pelo Banco Central.
Em relação ao dólar, a projeção do mercado para a taxa de câmbio ficou estável para este e para o próximo ano em, respectivamente, R$ 4,93 e R$ 5.
O superávit da balança comercial (exportações menos importações) teve sua projeção elevada de US$ 80 bilhões para US$ 81 bilhões em 2024, e de US$ 70 bilhões para US$ 72 bilhões no próximo ano.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano subiu de US$ 66,5 bilhões para US$ 67 bilhões e, para 2025, a estimativa de ingresso permaneceu em US$ 75 bilhões.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias