Os índices futuros de Nova York operam em baixa, nesta manhã de quarta-feira (28), enquanto as bolsas dos principais mercados mundiais estão majoritariamente em baixa. Hoje, os investidores aguardam a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre dos Estados Unidos e, para amanhã (29), o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), medida de inflação preferida do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano).
Os mercados europeus operam sem direção única hoje, enquanto as bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em baixa, devido às preocupações renovadas com o combalido setor imobiliário chinês.
Por aqui, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou na noite de ontem (27) uma medida provisória (MP) revertendo a reoneração da folha de pagamentos. Em indicadores, serão divulgados os dados da confiança de serviços e do IGP-M, ambos de fevereiro.
Brasil
A bolsa brasileira viveu um dia de muito otimismo na terça-feira (27), bem descolada do que clima de cautela do mercado externo.
O Ibovespa subiu 1,61%, aos 131.689 pontos, apoiado no IPCA-15, considerado a prévia da inflação. O indicador avançou 0,78% em fevereiro ante 0,31% em janeiro, puxado pelo grupo Educação. No ano, o indicador acumula alta de 4,49%.
O consenso LSEG previa alta mensal de 0,82% e de 4,52% na base anual. Portanto, o crescimento menor que o esperado trouxe otimismo ao mercado, que agora vislumbra a manutenção do ritmo de corte na taxa básica de juros, a Selic, pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.
O dólar ampliou as perdas do dia anterior e recuou 0,97%, cotado a R$ 4,9330 no mercado à vista.
Europa
As bolsas da Europa operam no campo negativo, em sua maioria, dando sequência à cautela que imperou no início da semana.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,44%
DAX (Alemanha): +0,15%
CAC 40 (França): -0,05%
FTSE MIB (Itália): -0,37%
STOXX 600: -0,17%
Estados Unidos
Os índices futuros operam no campo negativo, com os investidores à espera da divulgação do PIB do quarto trimestre.
Os investidores americanos também aguardam pelos resultados da varejista TJX Cos e da farmacêutica Viatris antes da abertura dos mercados. A Salesforce, por sua vez, divulgará seus números trimestrais após o fechamento dos mercados.
Dow Jones Futuro: -0,38%
S&P 500 Futuro: -0,47%
Nasdaq Futuro: -0,65%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em baixa hoje, em meio a preocupações renovadas com o mercado imobiliário chinês, a despeito das tentativas do governo de Pequim de buscar medidas para reanimá-lo.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,51%, a 16.536,85 pontos, pressionado por ações de incorporadoras.
Os papéis da Country Garden Holdings caíram 6,5%, após um credor pedir liquidação judicial da companhia pelo não pagamento de um empréstimo superior a US$ 200 milhões. As ações da Longfor Group e da China Resources Land também caíram, respectivamente, 7% e 4,3%.
Por outro lado, empresas do ramo em Hong Kong avançaram após o governo do território semiautônomo aliviar restrições com o objetivo de impulsionar o setor imobiliário.
Shanghai SE (China), -1,91%
Nikkei (Japão): -0,08%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,51%
Kospi (Coreia do Sul): +1,04%
ASX 200 (Austrália): -0,03%
Petróleo
As cotações do petróleo operam em baixa após abertura positiva, em meio à incerteza sobre as perspectivas de um cessar-fogo na guerra Israel-Hamas, enquanto alguns investidores esperam que a OPEP+ estenda seus cortes de produção para além do primeiro trimestre.
Petróleo WTI, -1,12%, a US$ 77,99 o barril
Petróleo Brent, -0,97%, a US$ 82,84 o barril
Agenda
A agenda desta quarta-feira é marcada pelo PIB do quarto trimestre dos Estados Unidos.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou ontem (27) uma medida provisória revertendo a reoneração da folha de pagamentos que havia sido imposta na véspera do Ano Novo, pela MP 1202/2023. A reversão é feita após pressão do Congresso Nacional e atende a acordo político firmado pelo governo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A nova medida torna sem efeitos todo o trecho da anterior que previa a reoneração dos 17 setores da economia atendidos pelo benefício. Na seara econômica, saem os dados da confiança de serviços de fevereiro; o IGP-M de fevereiro, com o consenso LSEG prevendo queda de 0,50%; e o resultado primário do governo central.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg