Os índices futuros dos EUA e as bolsas da Europa operam no campo positivo, nesta sexta-feira (15), com os investidores ainda digerindo os dados das vendas no varejo abaixo do esperado e a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) acima da expectativa, que azedaram o humor dos investidores na véspera.
Os dados baixaram a confiança nas perspectivas de cortes nas taxas de juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) neste ano.
Hoje, saem os dados do sentimento do consumidor, preços das importações e produção industrial.
Ontem, a queda brusca do preço do minério de ferro derrubou as ações da Vale, respingando também no Ibovespa. Os contratos futuros de minério de ferro caíram abaixo de US$ 100 por tonelada pela primeira vez em sete meses, à medida que os investidores apostam que a crise imobiliária da China se estenderá até o fim de 2024, mantendo um freio na demanda por aço.
Na Ásia, o maior grupo sindical do Japão anunciou acordos salariais anuais mais fortes do que o esperado, um resultado que pode levar o banco central a subir as taxas de juros pela primeira vez desde 2007.
No Brasil, saem hoje os dados do volume de serviços. O consenso LSEG prevê baixa de 0,4% na base mensal e alta de 1,6% na base anual.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (14) com queda de 0,25%, aos 127.689,97 pontos, repercutindo a cautela do mercado externo, a queda da Vale e da Petrobras.
Nos Estados Unidos, os dados das vendas no varejo abaixo do esperado e a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) acima da expectativa azedaram o humor dos investidores.
Os dados reforçam a tese de que o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) deve postergar o início do ciclo de cortes de juros.
Os agentes também repercutiram a forte queda do minério de ferro no mercado de Dalian, na China, que fez as ações da Vale (VALE3) fecharem com queda de 1,27%.
O dólar fechou a R$ 4,9870, com alta de 0,22% no mercado à vista.
Europa
As bolsas da Europa operam no campo positivo, em dia de agenda esvaziada de indicadores na região.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,12%
DAX (Alemanha): +0,14%
CAC 40 (França): +0,10%
FTSE MIB (Itália): +0,36%
STOXX 600: +0,04%
Estados Unidos
Os índices futuros operam no campo positivo, após fecharem em queda na véspera em resposta aos dados macroeconômicos acima das expectativas.
O Dow Jones caiu cerca de 0,4% na quinta-feira, quebrando uma sequência de três dias em alta. O S&P 500 e o Nasdaq perderam cerca de 0,3% cada um.
Dow Jones Futuro: +0,14%
S&P 500 Futuro: +0,13%
Nasdaq Futuro: +0,05%
Ásia
Já na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em baixa, exceto o Shanghai SE, que fechou no positivo sustentado pelas ações de montadores e de tecnologia.
Quando os negócios já haviam se encerrado, o regulador chinês de valores mobiliários prometeu endurecer a supervisão dos mercados de capitais e de processos para o lançamento de ofertas públicas iniciais (IPOs) de ações.
No fim da noite de ontem (pelo horário de Brasília), o banco central chinês (PBoC) decidiu manter a taxa da linha de empréstimo de médio prazo em 2,5%, sinalizando que não deverá alterar seus juros básicos na próxima semana.
Shanghai SE (China), +0,54%
Nikkei (Japão): -0,26%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,42%
Kospi (Coreia do Sul): -1,91%
ASX 200 (Austrália): -0,56%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em queda, mas devem fechar a semana com alta de cerca de 4% na semana, uma vez que quedas acentuadas nos estoques de petróleo e combustível dos EUA, ataques de drones em refinarias russas e um aumento nas previsões de demanda por energia impulsionaram os preços.
Petróleo WTI, -0,71%, a US$ 80,68 o barril
Petróleo Brent, -0,70%, a US$ 84,42 o barril
Agenda
Nos EUA, saem dados da indústria e da confiança do consumidor.
Por aqui, no Brasil, no campo político, os ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e o da Fazenda trabalham para fechar, nas próximas semanas, uma proposta para turbinar os empréstimos consignados para trabalhadores do setor privado, segundo informações do jornal Valor Econômico. A ideia é que parte do saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) seja bloqueado na conta do trabalhador no momento em que empréstimo é contratado. Assim, estaria resolvido um problema da fragilidade da garantia contra inadimplência, um dos fatores que tornam a linha cara. Na seara de indicadores, saem os dados do setor de Serviços de janeiro, com o consenso LSEG prevendo baixa de 0,4% na base mensal e alta de 1,6% na base anual.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg