Índices futuros dos EUA no negativo com os investidores à espera da última leitura do PIB do 4º tri

Na véspera do feriado de Sexta-Feira Santa, saem vários dados macroeconômicos importantes no Brasil, com destaque para a Pnad Contínua de fevereiro, o Relatório Trimestral de Inflação do 1º trimestre e a dívida pública de fevereiro.
28 de março de 2024

Os índices futuros dos Estados Unidos amanheceram no campo negativo, nesta quinta-feira (28), invertendo o movimento da véspera, enquanto as bolsas da Europa operam no positivo. Os investidores aguardam hoje a divulgação da leitura final do PIB (Produto Interno) no 4º trimestre de 2023 dos EUA, além de pedidos de auxílio-desemprego e sentimento do consumidor.

Para amanhã (29), apesar do feriado de Sexta-Feira Santa que manterá os mercados fechados, será divulgada a inflação das despesas com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), um dos principais balizadores da política monetária conduzida pelo Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano).

Hoje, as ações atingem novos recordes, enquanto as bolsas globais caminham para um segundo ganho trimestral. Já os Treasuries recuam.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA subiram após os comentários de Christopher Waller, membro do Federal Reserve, de que não há pressa para baixar as taxas de juros. Ele disse que quer ver “pelo menos alguns meses de dados de inflação melhores” antes de cortar.

Apesar da baixa dos índices futuros hoje, os três principais indicadores de Nova York caminham para o segundo trimestre consecutivo de ganhos e o quinto mês consecutivo de altas.

No Brasil, hoje a agenda está recheada de dados macroeconômicos importantes, com destaque para a Pnad Contínua de fevereiro, com novos dados de emprego e expectativa do mercado de taxa de desemprego de 7,5%.

O Banco Central apresentará o Relatório Trimestral de Inflação do 1º trimestre. O documento apresenta as diretrizes das políticas adotadas pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do BC e traz considerações sobre a evolução do cenário econômico. Também sai a dívida pública de fevereiro.

Brasil

No embalo de Wall Street, o Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (27) com alta de 0,65%, aos 127.690 pontos.

Nova York terminou o dia no positivo com os investidores à espera da divulgação final do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano de 2023, nesta quinta-feira (28), e o índice de inflação de consumo pessoal, o PCE, na sexta-feira (29), feriado de Sexta-Feira Santa no Brasil.

No Brasil, foi divulgado o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de fevereiro, que apontou a criação de 306 mil vagas, acima do esperado por analistas (245 mil vagas).

O dólar fechou a R$ 4,9793, com baixa de 0,07% no mercado à vista.

Europa

As bolsas da Europa operam em alta no último pregão do mês de março, com investidores repercutindo o PIB do Reino Unido, que confirmou que a economia do bloco entrou em recessão em 2023, com uma contração de 0,3% no último trimestre.

Na Alemanha, a agência de estatísticas disse que o emprego subiu ligeiramente em fevereiro.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,47%

DAX (Alemanha): +0,11%

CAC 40 (França): +0,49%

FTSE MIB (Itália): +0,08%

STOXX 600: +0,28%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York caminham para o segundo trimestre consecutivo de ganhos e o quinto mês consecutivo de altas. No trimestre, o S&P 500 subiu cerca de 10% e caminha para o seu melhor ganho no período desde 2019, quando subiu 13,1%. O Dow Jones, que subiu 5,5% durante o período, está buscando seu desempenho mais forte no primeiro trimestre desde 2021, quando avançou 7,4%. O Nasdaq subiu 9,3% no trimestre até agora.

Dow Jones Futuro: -0,03%

S&P 500 Futuro: -0,11%

Nasdaq Futuro: -0,17%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única, com destaque para os mercados chineses, que foram beneficiados pela melhora do sentimento, depois que o presidente chinês, Xi Jinping, defendeu laços comerciais mais estreitos com os EUA, durante reunião ontem com os principais líderes empresariais norte-americanos em Pequim.

Na ocasião, ele assegurou que a segunda maior economia do mundo ainda não atingiu o pico.

Shanghai SE (China), +0,59%

Nikkei (Japão): -1,46%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,91%

Kospi (Coreia do Sul): -0,34%

ASX 200 (Austrália): +0,99%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem, recuperando de duas sessões consecutivas de queda, à medida que os investidores reavaliavam os dados mais recentes sobre os estoques de petróleo bruto e gasolina dos EUA.

Petróleo WTI, +0,49%, a US$ 81,75 o barril

Petróleo Brent, +0,44%, a US$ 86,47 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, sai a leitura final do PIB do quarto trimestre, com projeção de alta de 3,2% na variação trimestral, de acordo com o consenso LSEG. Também serão divulgados os pedidos semanais de auxílio-desemprego e o índice de confiança da Universidade de Michigan, com expectativa de 76.5, segundo o LSEG.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), criticou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por ignorar o governo na articulação para a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da autonomia financeira do BC no Congresso Nacional. Ele admitiu que a movimentação política de Campos Neto desagradou o governo Lula e disse que, mesmo sendo uma questão protocolar, “não é menos importante”. Na seara de indicadores, sai hoje a Pnad Contínua de fevereiro, com novos dados de emprego e expectativa do mercado de taxa de desemprego de 7,5%. Já o Banco Central apresentará o Relatório Trimestral de Inflação do 1º trimestre. O documento apresenta as diretrizes das políticas adotadas pelo Copom e traz considerações sobre a evolução do cenário econômico. Também sai a dívida pública de fevereiro.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.