Índices futuros operam no positivo em dia de payroll; no Brasil, fritura de CEO da Petrobras deve permanecer no radar dos investidores

O imbróglio envolvendo a Petrobras, diante de rumores da saída do presidente Jean Paul Prates do cargo e o pagamento de dividendos extraordinários da companhia, devem mexer com a bolsa hoje, a exemplo de ontem.
5 de abril de 2024

Os índices futuros dos EUA operam com alta nesta sexta-feira (05), enquanto as bolsas da Europa estão em trajetória negativa, do mesmo modo como fecharam os mercados asiáticos. Hoje, os investidores aguardam a divulgação da folha de pagamentos não agrícola (payroll) de março, um dos dados balizadores da política monetária conduzida pelo Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA).

O consenso LSEG prevê a criação de 200 mil vagas de emprego e taxa de desemprego de 3,9%.

As ações europeias registram a maior queda em cerca de dois meses hoje, enquanto os preços do petróleo permanecem próximos das máximas em cinco meses.

Na Ásia, o iene atingiu uma máxima de duas semanas após o líder do Banco do Japão, Kazuo Ueda, alimentar expectativas sobre um aumento adicional na taxa de juros mais tarde no ano. Apesar disso, a moeda segue no patamar mais desvalorizado em cerca de 34 anos.

Por aqui, os agentes do mercado financeiro continuarão monitorando hoje o imbróglio envolvendo a Petrobras, diante de rumores sobre a troca do atual presidente Jean Paul Prates e o pagamento de dividendos extraordinários da companhia.

Brasil

A bolsa brasileira viveu um dia de gangorra, ontem (4), devido às notícias em torno da Petrobras (PETR4). Em meio ao sobe e desce do pregão, o Ibovespa acabou subindo apenas 0,09%, aos 127.427 pontos.

Os investidores acabaram repercutindo os rumores de que a queda de braços entre Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, e Jean Paul Prates, presidente da petroleira, colocou em dúvidas a permanência do CEO da estatal no cargo.

No meio disso tudo, os papéis da Petrobras (PETR4) terminaram o dia com queda de 1,41%,

Já o dólar zerou as perdas da véspera e terminou o dia a R$ 5,0507, com avanço de 0,20% no mercado à vista.

Europa

Os mercados europeus operam majoritariamente no campo negativo nesta sexta-feira. Os investidores repercutem novos dados sobre a construção e as vendas no varejo na zona do euro, bem como sobre os preços das casas no Reino Unido.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,90%

DAX (Alemanha): -1,56%

CAC 40 (França): -1,43%

FTSE MIB (Itália): -1,61%

STOXX 600: -1,14%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam no campo positivo, revertendo as fortes perdas da véspera, quando o Dow Jones registrou a sua pior sessão em mais de um ano.

Dow Jones Futuro: +0,14%

S&P 500 Futuro: +0,26%

Nasdaq Futuro: +0,29%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam no negativo, repercutindo o desempenho de Wall Street ontem após as falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) de que as taxas de juros norte-americanas devem demorar mais a cair.

Na região, o índice japonês Nikkei teve queda de 1,96% em Tóquio, pressionado por ações de corretoras e ligadas a semicondutores.

Os mercados da China continental e de Taiwan não operaram pelo segundo dia consecutivo em função de um feriado.

Shanghai SE (China), fechado por feriado

Nikkei (Japão): -1,96%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,01%

Kospi (Coreia do Sul): -1,01%

ASX 200 (Austrália): -0,56%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com baixa, mas caminham para segunda semana consecutiva de ganhos, apoiados, principalmente, pelas tensões geopolíticas na Europa e no Oriente Médio.

Petróleo WTI, -0,25%, a US$ 86,37 o barril

Petróleo Brent, -0,03%, a US$ 90,62 o barril

Agenda

A semana termina com a divulgação da folha de pagamentos não agrícola (payroll) nos Estados Unidos.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse ontem (4) que não houve mudança no pensamento, dentro do comitê dos diretores da autarquia, sobre o ritmo e o orçamento do ciclo de cortes de juros. Em evento promovido pela Necton, Galípolo reforçou a mensagem de que, diante do aumento das incertezas, tanto domésticas quanto internacionais, o Copom (Comitê de Política Monetária) buscou graus de liberdade para tomar suas decisões, retirando a indicação (forward guidance) ao corte da Selic a partir de junho. Apesar disso, ele observou que o cenário base não mudou, de modo que a linha do colegiado segue igual. Na seara de indicadores, hoje saem o IGP-DI e o resultado primário de fevereiro, com o consenso LSEG prevê déficit de US$ 48,048 bilhões.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.