‘Temos uma estrutura muito boa de transição energética para incentivar as renováveis’, diz economista Gustavo Andreão

Doutor pela Unicamp e especialista em transição energética, economista foi entrevistado na edição de ontem (18) no ICL Mercado e Investimentos, apresentado por Deborah Magagna e André Campedelli.
19 de abril de 2024

O Brasil é um país com muitas possibilidades dentro do setor de transição energética, especialmente no setor elétrico. “Temos uma estrutura muito boa de transição energética para incentivar as renováveis. Temos uma estrutura de leilão que garante a contratação dessas usinas renováveis, e temos estrutura de financiamento público do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] que financia essas usinas contratadas em leilão, o que ajuda a diminuir os riscos e incertezas”, disse o economista Gustavo Andreão, doutor em economia pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e especialista em transição energética.

Em entrevista à edição de ontem (18) do ICL Mercado e Investimentos, programa diário transmitido pelo canal do ICL (Instituto Conhecimento Liberta) no YouTube, que é apresentado pelos economistas Deborah Magagna e André Campedelli, Andreão disse que o Brasil tem “uma matriz energética bastante limpa”, mas “a grande questão é que ela já foi mais limpa”.

“Ela [a matriz energética] já foi quase toda só de hidrelétrica. A grande questão é que a fronteira hidrológica onde poderíamos construir mais hidrelétricas era na Amazônia e, não só pela questão da biodiversidade como pela questão das comunidades indígenas, essa é uma fronteira hidrológica que é melhor a gente não explorar”, explicou.

Segundo ele, a situação brasileira começou a ficar mais complicada quando, nos anos 2000, o país viveu um apagão. “Desde então, o país tem tentado avançar nas renováveis para evitar a expansão das termelétricas, que emitiriam mais gases de feito estufa, que seriam uma problemática do ponto de vista da mudança climática”, disse.

Há ainda alguns entraves a serem superados, como a relação entre as instituições envolvidas na cadeia, como o MME (Ministério de Minas e Energia), BNDES e Banco do Nordeste, que financia as eólicas do Nordeste.

Assista à entrevista completa de Gustavo Andreão no vídeo abaixo:

 

Redação ICL Economia
Com informações do ICL Mercado e Investimentos

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