Mercados mundiais operam no azul em semana marcada por decisão sobre os juros no Brasil

Por aqui, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central inicia, nesta terça-feira (7), a reunião que definirá a nova taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,75% ao ano.
6 de maio de 2024

Os mercados mundiais mantêm, nesta manhã de segunda-feira (6), o otimismo do fechamento da última sexta-feira (3), quando fecharam positivos no embalo da divulgação do payroll (relatório da folha de pagamentos) menor que o esperado.

Para hoje, os analistas aguardam falas do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) de Richmond, Tom Barkin, e o presidente do Fed de Nova York, John Williams, em busca de sinais dos próximos passos da política monetária estadunidense.

Com o payroll abaixo do esperado, subiram as apostas de que o banco central dos Estados Unidos pode iniciar a trajetória de queda das taxas de juros por lá.

Por aqui, o Banco Central divulgará o relatório Focus nesta segunda-feira e a nota à imprensa sobre política fiscal, de março. Além disso, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC inicia, nesta terça-feira (7), a reunião que definirá a nova taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,75% ao ano.

No campo político, a Medida Provisória 1202, que limita o uso de créditos tributários, deve ser levada para votação na Câmara dos Deputados. Além disso, a regulamentação do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) deve continuar em discussão.

Brasil

O exterior ditou os rumos do Ibovespa na sexta-feira (3). O principal indicador da Bolsa brasileira fechou em alta de 1,09%, aos 128.508 pontos, embalado pela expectativa de corte de juros nos Estados Unidos e, também, no Brasil.

O indicador fecha a primeira semana do mês de maio com ganho acumulado de 1,57%.

Na sexta, foi divulgado o payroll (folha de pagamentos do setor não agrícola) nos EUA, que trouxe uma onda de otimismo. O relatório mostrou sinal de enfraquecimento no mercado de trabalho norte-americano ao apontar a criação de 175 mil vagas de empregos, ante 303 mil em março. Foi bem abaixo da expectativa de analistas, que esperavam a criação de 240 mil vagas.

Já o dólar perdeu força e terminou o dia a R$ 5,0698, com baixa de 0,84% no mercado à vista. Na semana, a moeda norte-americana recuou 0,91%.

Europa

As bolsas europeias operam no positivo, nesta manhã, com os investidores repercutindo os últimos dados da economia norte-americana, que pode levar o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) a baixar os juros por lá.

Os investidores também repercutem o índice final composto de gestores de compras do S&P para a zona euro, que mostrou que a atividade empresarial no bloco expandiu ao ritmo mais rápido em quase um ano. O índice saltou para 51,7 em abril, ante 50,3 em março.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,51%
DAX (Alemanha): +0,57%
CAC 40 (França): +0,46%
FTSE MIB (Itália): +0,90%
STOXX 600: +0,42%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem nesta segunda-feira, repercutindo o fechamento da sexta-feira passada, quando terminaram no azul.

Dados do payroll divulgados na sexta mostraram que a economia norte-americana criou menos empregos do que o esperado em abril, enquanto registrou aumento do desemprego, aliviando os temores de um superaquecimento da economia.

Dow Jones Futuro: +0,21%
S&P 500 Futuro: +0,25%
Nasdaq Futuro: +0,22%

Ásia

Com as bolsas do Japão e da Coreia do Sul fechadas devido a feriados locais, os mercados da Ásia e do Pacífico fecharam em alta hoje, também repercutindo o otimismo das bolsas norte-americanas.

Na China continental, os mercados voltaram em tom positivo após um feriado de três dias, animados também pela reunião do Politburo na semana passada. O Partido Comunista da China disse que convocará uma reunião para definir políticas econômicas em julho.

Shanghai SE (China), +1,16%
Nikkei (Japão): fechado por feriado
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,55%
Kospi (Coreia do Sul): fechado por feriado
ASX 200 (Austrália): +0,70%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com alta, depois que a Arábia Saudita aumentou os preços do petróleo para a maioria das regiões para junho e com a perspectiva de que um acordo de cessar-fogo entre Israel/Hamas está longe do horizonte.

Petróleo WTI, +0,90%, a US$ 78,81 o barril
Petróleo Brent, +0,71%, a US$ 83,55 o barril

Agenda

Agenda internacional de indicadores esvaziada nesta segunda-feira (6).

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central sobre a taxa básica de juros (Selic) é o destaque da semana no Brasil. O mercado já precificava, há algumas semanas, uma redução de 0,5 ponto percentual para a taxa. Mas, depois das recentes falas de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, agora apostam em uma redução de 0,25 p.p. em maio. As projeções de uma Selic terminal a menos de 10% ao fim de 2024 ainda aguardam confirmação no comunicado que acompanhará a decisão. Na seara de indicadores, saem hoje o Boletim Focus, Nota à imprensa sobre a Política Fiscal de março e o índice PMI composto de abril.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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