Na semana em que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central vai definir o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic, a Bolsa brasileira começou levemente no vermelho.
O Ibovespa fechou o pregão, desta segunda-feira (6), em baixa de 0,03%, aos 128.465 pontos, com os investidores com dúvidas se o país vai conseguir deixar a inflação dentro da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) e deixar as contas públicas minimamente no azul.
Tanto a curva de juros como a bolsa refletiram as incertezas em torno dos rumos da política monetária hoje. Na quarta-feira (8), o Copom vai anunciar o novo patamar dos juros.
Na semana passada, começaram a subir as apostas de que o corte não será mais de 0,50 ponto percentual, como o colegiado vinha fazendo desde agosto do ano passado. A aposta agora é de corte de 0,25 p.p., o que ficou mais nítido no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira.
Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano e o mercado financeiro elevou a projeção de que a taxa termine este ano em 9,63% ante os 9,50% da edição anterior do relatório.
Além do ambiente macro, os investidores também estão atentos à temporada de balanços. O Itaú divulga os resultados do primeiro trimestre após o fechamento dos mercados.
Já o dólar terminou a R$ 5,0741, com alta de 0,08% no mercado à vista.
Destaques do Ibovespa
A Petz (PETZ3) e o Pão de Açúcar (PCAR3) lideraram os ganhos do Ibovespa hoje, com alta de 4,11% e 2,65%, respectivamente.
Na ponta negativa, a Braskem (BRKM5) liderou as perdas, com queda de 14,53%, após a companhia informar que a Adnoc desistiu da fatia da Novonor na petroquímica.
Mercado externo
As bolsas de Nova York encerraram o pregão em alta, com os investidores ainda repercutindo o relatório de folha de pagamentos payroll, que veio abaixo do esperado. Com sinais de desaquecimento, subiram as apostas de queda nos juros por lá.
O S&P 500 subiu 1,03%, aos 5.180,74 pontos; o Dow Jones, +0,46%, aos 38.852,27 pontos; e o Nasdaq, +1,19%, aos 16.349,25 pontos.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias