Bolsas globais avançam com dados corporativos e otimismo renovado em relação aos juros nos EUA

Por aqui, sai hoje o IPCA (Índice Preços ao Consumidor Amplo) de abril. O consenso LSEG prevê alta de 0,35% na base mensal e de 3,66% na base anual.
10 de maio de 2024

As bolsas globais avançam, nesta sexta-feira (10), no embalo dos balanços corporativos positivos e dos recentes dados de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, maiores que os projetados, que elevaram as apostas de corte nos juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).

Para hoje, são aguardadas falas de vários membros do Fed, incluindo os presidentes Lorie Logan, de Dallas, Neel Kashkari, de Minneapolis, e Austan Goolsbee, de Chicago. A governadora do Fed, Michelle Bowman, também está prevista para discursar. Além das falas dos membros do Fed, saem os dados de confiança do consumidor de maio nos EUA.

Por aqui, depois do agito no mercado provocado pela decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central Copom, sai hoje o IPCA (Índice Preços ao Consumidor Amplo) de abril. O consenso LSEG prevê alta de 0,35% na base mensal e de 3,66% na base anual. No final da noite, a China também divulgará dados de inflação.

Já a temporada de resultados trouxe dezenas de resultados na noite da última quinta-feira (9). Entre as companhias que divulgaram seus resultados estão Magazine Luiza, Suzano, B3, CSN, entre outras.

Brasil

O mercado financeiro repercutiu na quinta-feira (9) a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, de baixar a taxa básica de juros em nível menor, de 0,25 ponto percentual, para 10,50% ao ano.

O que pegou mesmo foi o fato de o colegiado ter deixado o futuro “no escuro”. Isso porque o comunicado divulgado com a decisão não sinaliza quais serão os próximos passos, causando estranheza nos agentes sobre o futuro da política monetária.

A reação fez com que o Ibovespa terminasse o pregão do dia com baixa de 1%, aos 128.188 pontos.

O dólar à vista ganhou força e fechou o dia a R$ 5,1428, com alta de 1,01%.

Europa

As bolsas europeias operam no campo positivo, repercutindo dados corporativos e os do PIB (Produto Interno Bruto) do Reino Unido do primeiro trimestre.

O PIB aumentou 0,6% nos três meses anteriores – acima da estimativa de 0,4%. O Reino Unido entrou numa recessão superficial no segundo semestre de 2023.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,75%

DAX (Alemanha): +0,75%

CAC 40 (França): +0,77%

FTSE MIB (Itália): +0,96%

STOXX 600: +0,86%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam com ganhos, depois que o Dow Jones registrou sua mais longa sequência de vitórias desde dezembro, com avanço de 0,85%.

O S&P 500 subiu 0,51%, fechando acima de 5.200 pontos pela primeira vez desde o início de abril, enquanto o Nasdaq avançou 0,27%.

Por lá, os dados corporativos somados ao otimismo renovado com os números recentes do mercado de trabalho, têm contribuído para elevar o otimismo dos agentes.

Dow Jones Futuro: +0,30%

S&P 500 Futuro: +0,39%

Nasdaq Futuro: +0,48%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em alta, acompanhando ganhos em Wall Street que vieram em meio a esperanças renovadas sobre cortes de juros nos EUA.

O índice Hang Seng saltou 2,30% em Hong Kong, a 18.963,68 pontos, atingindo o maior patamar desde agosto do ano passado.

Ajudou no impulso a notícia de que a China considera isentar investidores individuais do pagamento de impostos sobre dividendos obtidos com ações de Hong Kong compradas por meio do esquema de negociação ‘Stock Connect’.

Shanghai SE (China), +0,01%

Nikkei (Japão): +0,41%

Hang Seng Index (Hong Kong): +2,30%

Kospi (Coreia do Sul): +0,57%

ASX 200 (Austrália): +0,35%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem nesta sexta-feira, com sinais de melhoria da economia na China e à medida que as negociações para pôr fim ao conflito entre Israel e o Hamas não produziram resultados.

Petróleo WTI, +0,63%, a US$ 79,76 o barril

Petróleo Brent, +0,52%, a US$ 84,31 o barril

Agenda

A semana termina com a divulgação de dados de confiança do consumidor nos EUA.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, após um acordo entre o governo, o Congresso Nacional e representantes de 17 setores da economia, a folha de pagamento para essas atividades continuará desonerada neste ano, mas haverá alíquotas gradualmente recompostas entre 2025 e 2028. Na seara de indicadores, sai hoje o IPCA de abril, com o consenso LSEG prevendo alta de 0,35% na base mensal e de 3,66% na base anual

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.